Cidades

TRABALHO ESCRAVO

"Lista Suja" da Escravidão tem três novos nomes e chega a 21 em MS

Atualização da Secretaria de Inspeção do Trabalho somou à relação de empregadores, fazendas de Porto Murtinho, Iguatemi e Corumbá e 50 trabalhadores envolvidos

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Com a inclusão de fazendas localizadas em Porto Murtinho, Iguatemi e Corumbá, Mato Grosso do Sul já soma 21 locais listados na chamada "Lista Suja" que relaciona empregadores que submeteram seus funcionários a trabalhos com condições análogas à escravidão.  

Publicada pela Secretaria de Inspeção (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e atualmente com 473 nomes no total, a atualização de outubro trouxe 204 novos empregadores para a lista, marca essa que é a maior já registrada na história da publicação.  

Entre as unidades da Federação, segundo atualização de outubro, os seguintes Estados tiveram decisões irrecorríveis de casos identificados pela Inspeção do Trabalho, entre 2018 e 2023: 

  • Alagoas (3),
  • Amazonas (1),
  • Bahia (14),
  • Ceará (5),
  • Distrito Federal (3),
  • Espírito Santo (5),
  • Goiás (11),
  • Maranhão (13),
  • Minas Gerais (37),
  • Mato Grosso do Sul (3),
  • Mato Grosso (5),
  • Pará (17),
  • Paraíba (2),
  • Pernambuco (4),
  • Piauí (14),
  • Paraná (3),
  • Rio de Janeiro (6),
  • Rio Grande do Norte (3),
  • Rondônia (2),
  • Roraima (3),
  • Rio Grande do Sul (8),
  • Santa Catarina (6),
  • Sergipe (2),
  • São Paulo (32) e
  • Tocantins (2). 

Nacionalmente, as principais atividades presentes na atualização fora: Produção de carvão vegetal (23); Criação de bovinos para corte (22); Serviços domésticos (19); Cultivo de café (12) e Extração e britamento de pedras (11).  

Em Mato Grosso do Sul, Segundo o Ministério do Trabalho, as fazendas de Corumbá (02), Porto Murtinho (04) e Iguatemi (44) envolveram 50 trabalhadores em condições análogas à escravidão. 

Atuando no resgate a pessoas em condições análogas à escravidão, desde 1995, a Inspeção do Trabalho já defendeu os direitos de 61 mil trabalhadores, segundo o MTE, sendo que as atualizações da lista ocorrem a cada seis meses. 

Dados do Radar do SIT apontam que, nos últimos 12 meses, a Inspeção alcançou 297.188 trabalhadores e identificou quase quatro mil irregularidades. 

Mato Grosso do Sul apresentava, em 2011, 20 empresas na chamada "Lista Suja do trabalho escravo no Brasil". 

Das condições de trabalho listadas como "análogas à escravidão", estão as incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais e que coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador, sendo:

  • jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho que acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida); 
  • trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas); 
  • servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele).
     

 

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Bataguassu

Trabalhador morre após ser atingido por madeira na cabeça em fazenda de MS

O acidente ocorreu na tarde de ontem (27), quando a vítima estava esticando uma cerca com o patrão e foi atingida por um pedaço de madeira na cabeça. A Polícia Civil esteve no local para investigar o caso.

28/11/2024 16h00

Delegacia de Polícia Civil de Bataguassu

Delegacia de Polícia Civil de Bataguassu Imagens/ Da Hora Bataguassu

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Um trabalhador rural de 67 anos morreu na tarde de ontem (27) após ser atingido por um pedaço de madeira na cabeça enquanto esticava uma cerca em uma fazenda em Bataguassu, a 310 quilômetros de Campo Grande.

Conforme informações da Polícia Civil, o idoso estava esticando os arames de uma cerca com o proprietário da fazenda quando um dos palanques de madeira quebrou e atingiu sua cabeça. O impacto fez com que o idoso caísse no chão desacordado.

Assustado com o ocorrido, o fazendeiro pediu à esposa que acionasse o Corpo de Bombeiros, mas também decidiu, junto com o filho, tentar socorrer a vítima. No caminho, o fazendeiro encontrou as equipes de socorro, que encaminharam o idoso até o hospital da cidade. No entanto, ele não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.

Equipes da Perícia Civil foram acionadas e se deslocaram até a fazenda para realizar os levantamentos necessários e iniciar uma investigação para determinar as causas da morte.


Mortes sob investigação em MS 

Conforme dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), até o momento, 978 vítimas de mortes a esclarecer, sem indícios de crime, estão sob investigação em Mato Grosso do Sul.

Ainda de acordo com os mesmos dados da Sejusp, 700 vítimas são homens e 245 são mulheres.

Os homens, na faixa etária de 25 a 40 anos, são as maiores vítimas, com 402 casos registrados. Os idosos ocupam a segunda posição, com 324 vítimas.

 

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Entrelinhas

"Sexo grátis", comércio ousa em estratégia com oferta inusitada

A publicidade curiosa conseguiu atrair clientes para a loja de comércio de bairro em Campo Grande

28/11/2024 15h45

Pagu / Correio do Estado

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Uma loja de produtos para piscina tem chamado atenção com uma propaganda curiosa que, em caixa alta, oferece “Sexo grátis” no estabelecimento. A publicidade tem atraído clientes e até pessoas que deixam de ler o conteúdo completo. 

O estabelecimento, localizado na Avenida Café Filho, uma das mais movimentadas no bairro Coophatrabalho que compreende a região do grande Santo Amaro.

Com os dizeres em caixa alta “Sexo Grátis” e arrematando com “Aqui”, a placa atrai olhares tanto de quem passa de carro pela via quanto a pé.

Sem contar que a estratégia publicitária gerou confusão em pessoas que chegaram a entrar na loja sem ler as entrelinhas, querendo saber como funciona a questão do “sexo grátis”.

Crédito: Pagu / Correio do Estado

Reação do consumidor

O funcionário Kaique Martinez Mathias, de 23 anos, explicou que a ideia da publicidade nasceu com a ideia de despertar curiosidade.

“A ideia foi realmente chamar atenção. A pessoa lê ‘sexo grátis’ em caixa alta e o que acontece é que não lê as entrelinhas. Quando você lê, há um brinde a mais que você ganha”, explicou o funcionário, completando:

“Com isso, a pessoa olha a placa, volta e lê o que está escrito nas entrelinhas. Às vezes, entra e compra o produto.”

Segundo o funcionário, a placa faz com que muitas pessoas interrompam o percurso e parem por alguns minutos para entender o contexto.

O problema, na verdade, ocorre quando o desavisado não faz a leitura do que está escrito em fontes menores e entra na loja procurando outras coisas.

“Já [teve gente que leu e perguntou] como é o sexo grátis? Quem que é? Geralmente, é o pessoal em situação de rua”, disse o funcionário.

Crédito: Pagu / Correio do Estado

Estabelecimento comercial

A loja vende materiais de limpeza em geral e itens para piscina. Na Avenida Café Filho, o comércio está aberto há dois anos e ainda tem mais duas filiais, na Avenida Julio de Castilho e na Avenida Tamandaré.

A ideia da placa publicitária partiu do filho do proprietário da loja, que trabalha na área de marketing.

Afinal de contas, o que diz a placa?

"Não importa seu sexo, receba grátis uma fibra de limpeza pesada aqui na compra do seu suporte LT".

Importante ressaltar que na questão da publicidade a palavra sexo em questão faz referência a gênero, mesmo que inicialmente chegue até o receptor da mensagem de maneira dúbia.

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