Cidades

Descaso

Mãe de Chorão diz que mora de favor no apartamento que ganhou

Mãe de Chorão diz que mora de favor no apartamento que ganhou

R7

21/04/2014 - 15h00
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Desde que Chorão morreu, a mãe do cantor tem perdido o sono. Além de sentir a falta do filho, Dona Nilda está com medo de perder o apartamento que o filho deu a ela de presente há quatro anos.

Em conversa com a reportagem do R7, a mãe do cantor do Charlie Brown Jr, diz que o filho estava todo feliz quando quitou o imóvel e a procurou para avisar. No entanto, o presente ficou só na palavra. Não há nada que legalize que Dona Nilda é dona do imóvel. O apartamento em área nobre de Santos é parte dos R$ 25 milhões da herança de Chorão e pertence ao herdeiro, Alexandre Abrão, o filho do cantor.

Dona Nilda resolveu conversar com a reportagem para pedir que o neto passe o imóvel para ela, pois se sente ameaçada. A mãe de Chorão está com medo de que Xandw, o neto, queira tomar o apartamento e ela fique sem onde morar.

- Estou morando de favor no meu próprio apartamento. O Alexandre [Chorão] falou que esse apartamento é meu e agora meu neto não quer me dar. Eu não quero nada da herança. Pode ficar com tudo. Eu só achei que ele [o neto] teria um gesto de carinho depois da catástrofe que foi perder o pai dele

Dona Nilda se sente desamparada depois que Chorão morreu. Isso porque o cantor era responsável por todas as despesas da mãe. Além de uma mesada de R$ 6 mil por mês, ele arcava com dinheiro para remédios - cerca de R$ 1 mil por mês -, condomínio, secretária do lar e tratamentos médicos, já que Dona Nilda sofreu dois AVCs e precisa de cuidados frequentes. Com a morte do filho, ela parou de receber essa ajuda .

Ao R7, a mãe de Chorão conta que passou necessidades financeiras nos últimos meses. Com a ajuda de alguns amigos e familiares, como a jornalista Sônia Abrão, que é prima de Chorão, Dona Nilda vem se mantendo, ao lado do filho Ricardo, que mora com ela há quatro anos a pedido de Chorão. Porém, tanto a mãe quanto o irmão de Chorão estão revoltados por Xande, que é o herdeiro do cantor, não ajudar a família.

Procurado pela reportagem, Xande se pronunciou por meio de advogados, já que os assuntos relacionados à herança correm em segredo de Justiça e ele é proibido de falar sobre o assunto. Xande se comprometeu a ajudar a avó, conforme o pai fez ao longo dos últimos anos.

E, quanto ao apartamento, os representantes do herdeiro afirmam que não é possível passar para o nome da avó, pois os imóveis, e todos os demais bens de Chorão, estão bloqueados. Mas que quando for possível ele fará um registro indicando que a avó pode morar no imóvel enquanto viver, sem medo de ser retirada do apartamento.
 

SAÚDE

Mutirão de Saúde Mental atende crianças e adolescentes que aguardavam por serviço psiquiátrico

A ação foi realizada devido a grande demanda por atendimento no Sistema de Regulação (SISREG)

15/03/2025 16h00

A ação tem como objetivo reavaliar e reclassificar mais de mil crianças e adolescentes que aguardam atendimento na fila do Sistema de Regulação (SISREG)

A ação tem como objetivo reavaliar e reclassificar mais de mil crianças e adolescentes que aguardam atendimento na fila do Sistema de Regulação (SISREG) Foto: Divulgação / Sesau

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Para reduzir a longa fila por espera no atendimento psiquiátrico e psicológico, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) realiza neste sábado o Mutirão de Saúde Mental.

Os atendimentos acontecem no CAPS Infantil, no bairro Monte Castelo, em Campo Grande. A ação tem como objetivo reavaliar e reclassificar mais de mil crianças e adolescentes que aguardam atendimento na fila do Sistema de Regulação (SISREG).  

Segundo a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, a realização do mutirão é uma forma de agilizar o serviço para as crianças e adolescentes, tendo em vista o aumento de casos de transtorno mentais para esta faixa etária.

“Estamos qualificando essa fila extensa para identificar aqueles que necessitam de atendimento especializado imediato e os que podem ser encaminhados para a Atenção Primária. Não podemos deixar crianças e adolescentes esperando, principalmente diante do aumento alarmante de casos de transtornos mentais nessa faixa etária”, pontua Rosana. 

De acordo com a Sesau, a ação além de realizar a triagem e a reclassificação dos pacientes também encaminha o  acompanhamento contínuo com o retorno agendado.

Casos mais graves são encaminhados a centros de reabilitação parceiros, como Cotolengo, APAE, Juliano Varela e ISMAC.

A Sesau orienta para aqueles que não puderam comparecer ao mutirão neste sábado, a orientação é procurar a Unidade de Saúde da Família mais próxima ou o próprio CAPS Infantil, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Para dar andamento no acompanhamento médico.

TRANSTORNOS

O aumento dos casos de transtorno tem preocupado especialistas. Além da depressão, um dos pontos mais alarmantes é o crescimento de auto lesões  e tentativas de suicídio.

A coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial, médica psiquiatra Gislayne Budib Poleto, explica a importância da realização deste mutirão.  

“O tempo médio de espera na fila era de um ano e meio a dois anos. Todas as crianças e adolescentes atendidos estão passando por uma equipe completa, composta por médicos psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais. Também estamos realizando exames laboratoriais e emitindo a carteirinha do TEA (Transtorno do Espectro Autista)”, destaca Gislayne. 

A médica psiquiatra ressalta que fatores como excesso de tempo de tela, redes sociais e os impactos da pandemia têm agravado problemas como ansiedade e fobia social.  

“Os pais se preocupam com quem os filhos estão saindo, mas muitas vezes não monitoram o que eles assistem ou em quais redes sociais estão. O conteúdo consumido e o tempo de exposição podem influenciar diretamente a saúde mental das crianças e adolescentes”, explica a médica.

guerra bilionária

Indonésio perde em Paris batalha por fábrica de celulose de MS

Donos da Paper alegavam falta de neutralidade da Câmara de Comércio Internacioal de SP e queriam que decisão sobre controle da Eldorado fosse tomada na Europa

15/03/2025 12h05

Instalada em Três Lagoas, a Eldorado Celulose teve lucro da ordem de R$ 1,1 bilhão durante o ano passado

Instalada em Três Lagoas, a Eldorado Celulose teve lucro da ordem de R$ 1,1 bilhão durante o ano passado

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A empresa indonésia  Paper Excellence perdeu mais uma batalha na guerra pelo controle da fábrica de celulose Eldorado, de Três Lagoas. Desta vez, uma decisão da Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional (CCI) negou os pedidos da Paper para tirar do Brasil a disputa arbitral que trava contra a brasileira J&F. 

Em janeiro, a Paper havia pedido à Corte que uma nova arbitragem fosse iniciada em Paris ou em outra sede no exterior, alegando que precisava de uma “jurisdição neutra”. O contrato em disputa, no entanto, definia a CCI  de São Paulo como foro para a resolução de controvérsias, conforme reportagem desta sexta-feira (14) do jornal O Globo.

Agora, com a decisão da Corte, qualquer processo envolvendo o contrato de compra e venda da Eldorado segue sendo decidido no Brasil. Assim, o novo procedimento arbitral terá que ser iniciado em São Paulo, caso a Paper decida ir adiante com uma nova arbitragem na mesma sede onde já correm outras três sobre a mesma disputa.

A decisão da CCI é uma derrota na estratégia da Paper Excellence de tirar o caso Eldorado do Brasil. Segundo informações divulgadas em janeiro, a empresa indonésia exigia que a CCI condenasse a J&F ao pagamento de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 17 bilhões).

Em sua petição à Corte em Paris, a Paper alegava que as derrotas que sofreu nos tribunais brasileiros no ano passado são fruto de assédio judicial da J&F que impede o cumprimento de uma sentença arbitral de 2021, que ordenou que a brasileira transferisse 100% das ações da Eldorado para a estrangeira.

LUCRO BILIONÁRIO

A disputa pelo controle da fábrica, que tem capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, se arrasta desde 2017 e envolve cifras bilionárias. No ano passado, por exemplo, a empresa teve lucro líquido de R$ 1,096 bilhão, ou R$ 3 milhões por dia, inclusive sábados, domingos e feriados. 

Mas, apesar do valor estratosférico, o lucro é 53,3% menor que o obtido ao longo dos doze meses de 2023, quando a empresa comandada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista anunciou lucro líquido de R$ 2,347 bilhões, o que significa R$ 6,3 milhões por dia. 

A queda no lucro, que aparentemente seria motivo de preocupação, porém, pode até ser comemorado pelos irmãos Batista, pois assim são obrigados a repassar valor menor para os indonésios. 

É que no ano anterior tiveram de repassar aos acionistas, a título de dividendos, o equivalente a 25% do lucro líquido, o que ajudou a capitalizar a Paper.

Por conta de uma decisão da Câmara de Comércio Internacional, tiveram repassar ao controlador da Paper, Jackson Wijaya, nada menos de R$ 280 milhões, o que equivale a pouco mais de 49% dos R$ 560,5 milhões que foram divididos entre os acionistas. 

Agora, com a queda no lucro para “apenas” R$ 1,096 bilhão, o montante total dos dividendos que terá de ser distribuído cai para R$ 274 milhões, sendo que pouco menos de R$ 137 milhões caberão ao empresário indonésio. 

Até 2023, o lucro da empresa era depositado em uma conta especial, com o aval da Paper. A partir do ano passado, porém, os acionistas indonésios passaram a exigir o repasse dos dividendos e obtiveram ganho de causa na mesma CCI que agora tentavam desconsiderar. 


 

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