Cidades

DESCASO EDUCACIONAL

Mães destacam que filhos autistas não tem acompanhamento adequado, diferente do que diz a Semed

Em pelo menos três escolas, mulheres apontam que situação não está como a secretaria alega, com "todos" atendidos adequadamente

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Ainda que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) aponte para a Rede Municipal de Ensino (REME), dizendo que "todos os alunos são assistidos", mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) afirmam que seus filhos estão sem acompanhamento adequado. 

Silvanira, Lizete, Regina, são algumas das mães que enfrentam problemas com a falta de assistente educacional inclusivo, respectivamente., nas escolas municipais Profª  Oliva enciso, no Bairro Tiradentes; Wilson Taveira Rosalino, no Aero Rancho e Padre José de Anchieta, na Vila Planalto.

Mães de duas crianças com autismo, Lizete conta que apenas com a pequena Helena Vitória encontra problemas, na E.M Wilson Taveira.  

"Está acontecendo com frequência. Começa, aí um mês depois tira. Quando reclama, eles colocam mais um mês e retira. Meu filho Heitor, só esse ano foi houve troca [de assistente] três vezes", relata ela.  

Lizete lembra que pessoas com autistmo precisam de rotina, para uma melhor adaptação, e justamente essa troca acaba prejudicando o desenvolvimento da criança.  

"Não sabe o que passamos no dia dia com as nossas crianças o que passamos. Na maiorias escola não tem sala de recursos", cita ainda.  

Além da falta de profissionais, outra dificuldade encontrada é justamente a falta de preparação dos profissionais indicados.  

Na E.M. Prof.  Arassuay Gomes de Castro, na Vila Manoel da Costa Lima, conforme o grupo de mães, há crianças que aguardam por professores auxiliares.  

"Mas o problema é que os professores não são treinados, não conhecem as reações e nossos filhos sofrem com isto. Não só por nao aprenderem, mas também quando acontece uma crise eles nao sabem lidar", conta uma das mães. 

Sem solução

Procurada, a Secretaria Municipal de Educação (Semed), mais uma vez, diante da alegação das mães, ressaltou em nota que o "atendimento educacional adequado é ofertado a todos os alunos".  

Com a negativa em reconhecer que certas mães passam pelo problema [da falta de assistente], quando questionada sobre o prazo para a conclusão do processo de contratação, a Semed se limitou à dizer que esse é um procedimento "apenas para suprir profissionais que tenham solicitado afastamento/desligamento".  

Além disso, ainda que o protesto no início do mês em frente ao Paço tenha reunido mais de 20 pessoas, a pasta frisa que, em 2022, "quatro processos seletivos para profissionais de apoio atuarem na Rede Municipal de Ensino (REME)" foram realizados, sendo este que está aberto o 5º.  

Ainda, a Semed lembra que, no último dia 02 de setembro foi feita uma reunião entre pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA); representantes da Rede Municipal de Ensino (Reme) e a prefeita, Adriane Lopes.  

Enquanto a pasta aponta apenas para a solicitação de "capacitação dos profissionais", como "à ser resolvida", os pais apontam que foi um encontro que "não resolveu nada" e que as medidas tomadas tem um teor "paliativo", sem solucionar o problema de fato.  

"Tivemos reunião na semana passada eu pai dele, professora; coordenadora; diretor; a pessoa da semed que trabalha na escola pra ver uma forma melhor de acompanhar ele até a chegada desse auxiliar. Até o momento ele vai nas segundas-feiras na sala de recurso, que, para mim, é uma perca de tempo... o que uma criança aprende em 1 hora?" finaliza Nira.  

 

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CAMPO GRANDE

Fercomércio lamenta prejuízo e culpa Consórcio e Prefeitura por greve de ônibus

Com transporte coletivo servindo mais de 100 mil passageiros por dia, impactos são imediatos e abrangentes, indo além de afetar inclusive milhares de funcionários impedidos de chegar aos seus locais de trabalho

16/12/2025 10h10

greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas,

greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas, Marcelo Victor/Correio do Estado

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Diante de um cenário de greve em Campo Grande, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul emitiu uma nota nesta terça-feira (16) em que lamenta o prejuízo, alegando que a falta de ônibus afeta a população de inúmeras formas, e colocando a culpa dessa paralisação sobre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura da Capital. 

Essa greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas, desde que os ônibus ficaram parados por três dias em 1994, sendo que a atual paralisação reivindica: 

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

Em nota, a Fecomércio chama atenção para os reflexos da paralisação em pleno período que antecede as celebrações de fim de ano, bem pontuada como a época anual de maior movimentação econômica, em um cenário classificado como "de grave crise" e com prejuízos que se alastram por toda a comunidade. 

Para a Federação, uma vez que o transporte coletivo de Campo Grande serve um número acima de 100 mil passageiros por dia, os impactos são imediatos e abrangentes, indo além de afetar inclusive milhares de funcionários impedidos de chegar aos seus locais de trabalho. 

"Resultando em faltas, redução da produtividade e perdas salariais. Para muitos, a ausência de ônibus significa a impossibilidade de manter o emprego, afetando o sustento de suas famílias", cita.

Além disso, o texto não deixa de destacar o quanto o período que antecede o Natal é crucial para o comércio de Campo Grande, com a própria dificuldade no deslocamento em si sendo responsável por derrubar o fluxo de possíveis consumidores. 

Para a Fecomércio, a falta de ônibus na Cidade Morena impacta ainda o custo de vida diante do "aumento exorbitante nos preços das corridas por aplicativos e táxis", que aumentam os gastos não somente para quem vai às compras, mas para qualquer família que necessite de deslocamento para atendimento em postos de saúde e hospitais, por exemplo. 

Culpa de quem? 

Em complemento, o texto que mede os impactos da greve lista ainda o que a Fecomércio-MS cita como atores responsáveis por levar ao colapso do sistema por não cumprirem com seus deveres. 

Segundo a Federação, o Consórcio Guaicurus por um lado atribui parte de seus problemas à falta de repasses da Prefeitura de Campo Grande, o que faz a concessionária passar por uma crise financeira e dificuldades em obter crédito 

"No entanto, o atraso sistemático no pagamento dos trabalhadores, em um serviço público essencial, demonstra uma falha grave de gestão e compromisso", diz o texto. 

Para a Fecomercio, o segundo responsável seria justamente o poder concedente, nesse caso quem é responsável pelo município: a Prefeitura, que afirma estar em dia com os repasses e critica a falta de comunicação formal sobre a greve. 

"Contudo, a crise do transporte coletivo não é um evento isolado, e a omissão na fiscalização rigorosa do contrato de concessão, ou na busca por soluções preventivas para problemas administrativos alertados na Câmara Municipal, torna o poder público co-responsável pelo caos instalado". 

Por fim, a Federação lembra o atual momento "sensível para a economia e para a vida social da Capital", dizendo ser inadmissível que a população seja penalizada pela falta de atitude e descumprimento de obrigações básicas por parte do Consórcio e pela falta de ação efetiva do poder Executivo. 

"Exigimos uma solução imediata e definitiva para que o serviço seja restabelecido com urgência, garantindo os direitos dos trabalhadores e a mobilidade da população, a fim de minimizar os danos causados por esta crise de gestão e responsabilidade".
**(Colaborou Naiara Camargo)

 

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TRÁFICO DE DROGAS

PRF prende suspeito em flagrante em Operação Duplicis no interior do Estado

Combate ao tráfico de drogas, Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão, e prende investigado em flagrante

16/12/2025 09h35

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas Divulgação/PRF

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Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a Operação Duplicis, e cumpriu sete mandados de busca e apreensão, por tráfico de cocaína em duas cidades do interior do Estado.

Com objetivo de combater o tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, a ação aconteceu em Corumbá e em Miranda, cidades a 426 quilômetros e a 207 quilômetros de Campo Grande respectivamente.

A ação iniciou quando um investigado foi preso em flagrante na BR-262, que seguia de Corumbá para a Capital sul-mato-grossense. Na ocasião, a droga encontrada com o suspeito seria distribuída em Miranda, que fica entre o trajeto Corumbá-Campo Grande.

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Então, com as investigações e apuração do caso, a PRF pôde identificar outros suspeitos envolvidos no esquema criminoso.

Entre os sete criminosos, um deles estava escondendo tabletes de cocaína em sua casa, e foi preso em flagrante após a polícia bater em sua porta e encontrar os pacotes de droga armazenados.

Os mandados foram expedidos devido às provas coletadas na investigação, que identificou também os eventuais fornecedores dos entorpecentes que estavam vindo do outro município.

A Polícia Federal levou a droga apreendida para ser periciada e analisada. Quanto aos investigados, os sete poderão responder pelo crime de tráfico de drogas, que tem pena base de 5 a 15 anos, além de multa, a depender do agravamento de cada caso.

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