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Quadro de seca piora e maio fecha com chuva abaixo da média em todo MS

As regiões do Pantanal, norte e nordeste ficaram praticamente sem chuva durante todo o mês passado. Estiagem ocorre desde outubro do ano passado

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Levantamento feito no site do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) neste sábado (01) mostra que a chuva ficou abaixo da média histórica em todas as 26 estações automáticas com dados disponíveis ao longo de maio em Mato Grosso do Sul. E essa escassez de água traz reflexos, principalmente, sobre as lavouras de milho safrinha e sobre os riscos de queimadas o Pantanal. 

Em Campo Grande, onde a média histórica para maio é de 96,6 milímetros, segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), foram apenas 21 milímetros, concentrados em menos de 24 horas. 

Em Dourados, a segunda maior cidade do Estado, a precipitação foi um pouco maior, chegando a 51,6 milímetros. Mas, também ficou muito abaixo da média histórica, que é de 117 milímetros para este mês do ano. 

A diferença é que em Dourados já havia chovido pouco em abril (65mm), enquanto que Campo Grande havia sido contemplado com 138 milímetros na reigão oeste da cidade e mais de 220 nas regiões central e sul. Em ambas as cidades, contudo, a precipitação havia ocorrido nas duas primeiras semanas de abril. 

Após mais de um mês de estiagem e altas temperaturas, superando os 35 graus, o que é anormal para esta época do ano, a frente fria que chegou ao Estado na semana passada trouxe chuva para boa parte das regiões sul e sudoeste. 

Em Ponta Porã foram 56,6 milímetros em maio, sendo que a média histórica é de 132 milímetros. Ivinhema fechou o mês com 66,8 milímetros, mas o normal seriam 110. Em Amambai o Inmet registrou 38,4. 

Jardim, com 70,8 milímetros, foi a estação que registrou o maior volume de chuva em maio em todo o Estado. Mesmo assim, o volume foi um pouco acima da metade daquilo que normalmente é registrado em maio, que é de 113 milímetros.  

NORTE E NORDESTE

Se a situação foi crítica mais ao sul, no norte e nordeste foi bem pior. Em Três Lagoas, onde a média histórica é de 60 milímetros, o Inmet não registrou chuva nenhuma. O mesmo ocorreu em Cassilândia.

Em Chapadão do Sul, um dos principais municípios na produção agrícola do Estado, foram apenas 2,6 milímetros na estação do Inmet. A média histórica do município é de 63 milímetros em maio. A vizinha Costa Rica foi um pouco melhor, com 11,4 milímetros. Porém, muito abaixo dos 64 milímetros que normalmente são registrados no mês. 

As regiões de Coxim e Sonora também amargam situação nada favorável. Na primeira foram apenas 1,6 milímetro, o que é insignificante diante dos 88,5% que historicamente ocorrem no município. Na seguda, por sua vez, foram 4 milímetros, sendo que o normal seriam 55.

PANTANAL

Na região pantaneira, onde os bombeiros já instalaram seis bases avançadas para chegar com mais rapidez aos possíveis focos de incêndios, o cenário foi parecido ao da região norte. Em Corumbá, na região de fronteira com a Bolívia, o Inmet registrou 1,6 milímetro. A média histórica é de 43,5 milímetros. 

Na estação de Nhumirim, no Pantanal da Nhecolância, não houve registro de chuva em maio, sendo que em anos anteriores são registrados, em média, 58,5 milímetros. 

Em Miranda a situação foi um pouco menos ruim, com registro de 15,6 milímetros. Mas, o normal seriam 81.  Mais ao centro do Estado, em Aquidauana o Inmet aponta 19 milímetros, o que também é bem abaixo dos 98 milímetros registrados historicamente.

Em Porto Murtinho, no extremo sul do Pantanal, a estiagem também é marcante, com apenas 9 milímetros no mês passado. Isso equivale  10% dos 90 milímetros da precipitação histórica para aquela região do Estado em maio. 

SEIS MESES DE SECA

Maio está longe de ser um período isolado de estiagem. Dados do Cemtec mostram que ela se arrasta desde outubro do ano passado, fazendo uma pequena interrupção somente em abril, quando choveu acima da média em 30 locais de medição e abaixo da média, em 15 em todo o Estado. 

Antes disso, porém, foram seis meses de escassez. Em outubro, foram 29 municípios com chuva abaixo da média e 16 com precipitação maior que o previsto, beneficiando principalmente o sul do Estado. 

Depois, nos cinco meses seguintes, foram 35, 39, 41, 34 e 33 das 46 estações que tiveram chuvas inferiores às esperadas, segundo dados do Cemtec E, para piorar, foram pelo menos quatro ondas de calor com temperaturas de pelo menos cinco graus acima da média histórica. 

E por conta da falta de chuvas, pelo menos meio milhão de hectares de milho safrinha já estão comprometidos, conforme a Famasul. Isso significa quase um quarto das lavouras de milho da segunda safra do Estado. E, sem previsão de chuva para as próximas duas semanas, a situação só tende a piorar. 

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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