Cidades

BALANÇO

Maior hospital de Mato Grosso do Sul realizou 1,5 milhão de atendimentos em 2022

Hospital tem mais de 100 anos de história e atende pacientes da rede pública e privada

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O Hospital Santa Casa de Campo Grande, considerado o maior de Mato Grosso do Sul, realizou, no ano de 2022, 1.569.054 atendimentos e procedimentos, entre internações, exames, maternidade e entradas na urgência/emergência.

Mais de 70 mil pessoas foram atendidas no local. O pronto-socorro adulto/pediátrico recebeu 38.981 pessoas, que deram entrada na urgência e emergência.

A parte privada do hospital, Prontomed, atendeu 21.656 pacientes, acrescido de 662 atendimentos na maternidade e 1.270 na linha especializada em Sistema Respiratório.

As cinco especialidades mais requisitadas no ano passado foram Traumatologia (23.453), Neurocirurgia (6.011), Cirurgia Geral (2.712), Cirurgia Vascular (2.616) e Oftalmologia (2.203).

Ao todo, 7.829 grávidas foram atendidas e 2.914 bebês nasceram no hospital, sendo 1.751 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 1.163 por convênios particulares.

Foram realizados 1.452.920 exames, sendo 1.208.159 laboratoriais e 244.761 de imagem. A média foi de 120.912 exames por mês.

O maior hospital de Mato Grosso do Sul também atende pacientes de outros municípios e até mesmo países. Ao todo, foram 11.831 pessoas ‘de fora’ atendidas na urgência/emergência, oriundas dos municípios de Sidrolândia (854), Terenos (605), São Gabriel do Oeste (581) e Ribas do Rio Pardo (526).

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o superintendente da Gestão Médico-hospitalar da Santa Casa, dr. Luiz Alberto Kanamura, que os números são positivos graças aos investimentos feitos em estrutura, assistência e logística.

"Os números representam um aumento significativo na produção da Instituição e no cuidado assistencial à saúde dos pacientes em 2022. E isto é devido a alguns fatores que envolvem ajustes nos processos assistenciais em relação a mudanças de protocolos e métodos internos. Um outro fator foi o retorno contratual das cirurgias eletivas e, por fim, o investimento que a Santa Casa fez na área cardiológica", pontuou.

"Enquanto alguns hospitais param de atender a especialidade, por problemas estruturais, nós absorvemos os pacientes da Capital e, de forma terciária, os do Estado. Além disso, abrimos leitos de Unidade Coronariana (UCO) e Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI), que são setores que possuem uma grande demanda em Mato Grosso do Sul. Toda essa estruturação assistencial e logística nos levou a esses dados finais que são satisfatório", concluiu.

Santa Casa

A Santa Casa de Campo Grande está localizada no centro da Capital e ocupa todo o quarteirão entre as ruas 13 de maio, Eduardo Santos Pereira, Mato Grosso e Rui Barbosa.

É o maior hospital de Mato Grosso do Sul e tem 106 anos de história. Atende pacientes da rede pública, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede privada, através dos convênios:

  • Cassems

  • Santa Casa Saúde

  • BACG

  • Portal Saúde

  • Fundo de Assistência Médico-Hospitalar do Ministério Público

  • UniSaúdeMS

  • Saúde Caixa

  • Conab

  • Grupo Nippon

  • Imcas – Coxim

  • Proasa

  • MAPFRE

A estrutura do hospital é composta por:

  • 2 pronto-atendimentos (SUS e particular)

  • 18 unidades de internação

  • 612 leitos clínicos (495 SUS e 117 particular)

  • 9 unidades de Terapia Intensiva tipo III com 86 leitos ativos

  • Unidade intermediária neonatal com 11 leitos ativos

  • Banco de tecido ocular humano

  • Centro Cirúrgico Geral contendo 16 salas, um pré e dois pós-operatórios, descanso médico e demais dependências

  • Centro Cirúrgico Obstétrico contendo 2 salas de cirúrgias, 4 leitos de pós-operatório, 5 salas de partos naturais

  • Centro Cirúrgico Day Clinic

  • Unidade de Ginecologia e Obstetrícia com 1 Unidade do Método Canguru e demais dependências;

  • 2 ambulatórios de especialidades médicas, contendo 35 consultórios e atendendo a pacientes SUS, conveniados e particulares

  • Centro de Diagnósticos por imagens

  • Laboratório de análises clínicas

  • Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Nefrologia (hemodiálise)

  • Unidade de Ocologia

  • Agência transfusional

  • Escola de Saúde

  • Centro de apoio administrativo

  • Creche

  • Serviço de arquivo médico e estatística - SAME

  • Auditório com 100 lugares

  • Igreja e uma capela

A direção do hospital é composta pelos seguintes membros:

  • Heitor Rodrigues Freire (Presidente)
  • Alir Terra Lima (Vice-presidente)
  • Heitor Miguel Scheibeler (Diretor-secretário)
  • Ivan Araújo Brandão (Diretor-secretário adjunto

CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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