Cidades

"Ultima Ratio"

Mais de 24h após operação, investigados seguem sem tornozeleira

O Superior Tribunal de Justiça determinou monitoramento eletrônico e afastamento de 180 dias aos cinco desembargadores alvos da Polícia Federal

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Na manhã da última quinta-feira (24) a Polícia Federal deflagrou a "Operação Ultima Ratio", para investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

Aliado à investigação, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pediu o afastamento de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), e pediu que os magistrados façam o uso de tornozeleira eletrônica.

No entanto, mais de 24 horas após o início do cumprimento das determinações judiciais, o dispositivo eletrônico de monitoramento ainda não foi instalado.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) o pedido de uso das tornozeleiras ainda não foi formalizado pelo STJ, e por isso a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) ainda não instalou os aparelhos.

Além da tornozeleira, o STJ também determinou que os magistrados fiquem afastados de suas funções pelos próximos 180 dias, e os proibiu de acessar as dependências do órgão público e de manter contato com os demais alvos da operação.

Qual a utilidade?

A tornozeleira eletrônica é um equipamento utilizado para monitorar uma pessoa, nas seguintes situações:

Como medida cautelar, quando alguém estiver sendo processado criminalmente;

  • Para monitorar presos que estejam em prisão domiciliar;
  • Para monitorar presos que estejam gozando do benefício da saída temporária;
  • Em alguns casos, para presos que estejam cumprindo pena;
  • E até mesmo como medida protetiva, em processos e denúncias de violência domestica, evitando que agressores se aproximem de suas vítimas.

Como funciona?

A tornozeleira eletrônica utiliza um sistema de GPS para calcular em tempo real a localização geográfica da pessoa. Essa localização é enviada para uma Central de Monitoramento.

O monitoramento é feito 24 horas por dia, durante os sete dias da semana.

Se o indivíduo sair do perímetro permitido, o sistema de monitoramento sinaliza e o setor encarregado pela monitoração é acionado imediatamente

Relembre

Na última quinta-feira (24), a Polícia Federal deflagou a "Operação Ultima Ratio", que tem como objetivo investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

Foram afastados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) cinco desembargadores, um juiz de primeira instância, um procurador do Ministério Público Estadual (MPE) e um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE).

Os magistrados da alta cúpula estão suspensos de exercer suas atividades pelos próximos 180 dias, e terão que usar tornozeleira eletrônica. Além disso, estão proibidos de acessar as dependências dos órgãos públicos e de manter contato com outras pessoas investigadas.

Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, em diversos locais, como residências de investigados e seus familiares, o prédio do TJMS, a sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o fórum e escritórios de advocacia. Além de Campo Grande, alvos são investigados em Brasília, São Paulo e Cuiabá.

Três anos de investigação

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

Saiba: A operação foi batizada de "Ultima Ratio", uma referência ao fato de a Justiça ser  o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.

Com informações de Jusbrasil.

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Eleições 2024

MPMS divulga canal para denúncias de irregularidades no 2º turno das eleições

De acordo com o órgão, os cidadãos que presenciarem irregularidades poderão entrar em contato pelo número 127, garantindo que a denúncia será investigada e que as deliberações serão aplicadas com rigor

25/10/2024 15h30

Votação no 2º turno das eleições também terá horário unificado em todo país

Votação no 2º turno das eleições também terá horário unificado em todo país Agência Brasil

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Buscando uma aproximação com a população, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) divulgou nesta sexta-feira (25), um canal para denúncias de irregularidades no 2º turno das eleições que acontecem neste domingo (27), em Campo Grande. 

A atuação do MPMS neste momento decisivo nas eleições em que os campo-grandenses devem decidir o gestor nos próximos 4 anos, o MPMS assume um papel crucial na fiscalização do cumprimento das regras eleitorais. 

Em caso de cidadãos presenciarem irregularidades, podem entrar em contato no meio 127, garantindo que a denúncia será investigada e punida com rigor. 

"Com um olhar atento sobre todas as fases do processo, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul reforça seu compromisso em proteger a democracia, assegurando que os direitos dos eleitores sejam respeitados e que o pleito ocorra de forma justa e livre de interferências indevidas", informa o órgão.

No dia da votação, os eleitores têm o direito de se manifestar individualmente e de forma silenciosa. É permitido o uso de camisetas, adesivos e bandeiras que indiquem a preferência por um candidato, desde que a manifestação não se transforme em aglomeração ou ato coletivo. Nesse contexto, o MPMS, junto com a Justiça Eleitoral, atua de maneira firme para evitar infrações, como a prática de boca de urna e outras formas de coação ou propaganda irregular.


O que é permitido no segundo turno:

  • Manifestação individual e silenciosa: Eleitores podem utilizar bandeiras, camisetas, broches e adesivos para demonstrar apoio a um candidato, desde que de maneira individual e pacífica.
  • Cola eleitoral: É permitido levar anotados em papel os números dos candidatos para facilitar a votação.
  • O que é proibido:
  • Boca de urna: A prática de abordar eleitores ou distribuir material de campanha no dia da eleição é crime, sujeita a penalidades severas, incluindo detenção de seis meses a um ano e multa.
  • Aglomerações e propaganda coletiva: Não é permitido promover atos coletivos, comícios, carreatas ou o uso de carros de som no dia da eleição. Manifestações ruidosas ou que interfiram no direito do eleitor de votar livremente são terminantemente proibidas.
  • Uso de aparelhos eletrônicos na cabine de votação: Celulares, câmeras e outros dispositivos de comunicação são vetados na cabine de votação, assegurando o sigilo do voto.
     

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Anaurilândia

Motorista é multado em R$ 4,9 mil por amarrar jacaré na carroceria de caminhão

De acordo com os militares da PMA, as imagens recebidas pelos militares mostram que o animal foi submetido a condições de sofrimento, configurando o crime de maus-tratos conforme a Lei Estadual nº 5.673/2021

25/10/2024 14h30

O motorista do veículo amarrou jacaré na carroceria de caminhão

O motorista do veículo amarrou jacaré na carroceria de caminhão Imagens/ PMA- Divulgação

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Um homem, cuja identidade não foi revelada, foi multado em quase R$ 5 mil e autuado por maus-tratos ao amarrar um jacaré na carroceria de um caminhão. O flagrante ocorreu no pátio de uma cooperativa em Anaurilândia, a 376 quilômetros de Campo Grande.

Imagens disponibilizadas pela Polícia Militar Ambiental são impactantes e mostram um jacaré imobilizado com uma corda, pendurado na carroceria do veículo.

 

Sobre o flagrante, a Polícia Militar Ambiental informou, em nota, que foi acionada no dia 15 de outubro por funcionários de uma cooperativa para capturar um jacaré, mas não souberam explicar onde o animal estava. Os militares ambientais foram ao local, mas não encontraram o jacaré.

No dia seguinte, imagens foram enviadas para o telefone funcional do quartel em Anaurilândia, mostrando um jacaré amarrado na carroceria de um Ford F4000, de cor prata. Nas imagens, é visível observar que o caminhão estava saindo do pátio em direção à MS-276, com o animal pendurado.

A partir das imagens recebidas, os agentes realizaram fiscalizações na região para localizar o autor. Em contato com a cooperativa, os policiais descobriram que o motorista esteve no local para adquirir uma carga de milho na mesma data do vídeo.

Os policiais tiveram acesso à ordem de serviço para realizar a entrega da carga adquirida pelo motorista em uma propriedade rural, onde possivelmente o homem estaria.

No local, os policiais conseguiram localizar o autor do crime. Ao ser interrogado, ele admitiu ter capturado o jacaré, afirmando que o soltou em um córrego próximo à fazenda.

Ainda em diligências no local, os policiais pediram autorização ao proprietário para verificar as geladeiras e freezers da fazenda, mas, durante a inspeção, os militares não encontraram nenhum vestígio do animal.

De acordo com a PMA, as imagens deixam claro que o jacaré foi submetido a condições de sofrimento, configurando o crime de maus-tratos conforme a Lei Estadual nº 5.673/2021. Diante disso, foi aplicada uma multa de 100 UFERMS, equivalente a R$ 4.955,00. Além disso, o autor poderá ser condenado à pena de detenção de três meses a um ano.

 

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