Cidades

CATÁSTROFE

"Mais louco do Brasil", prefeito de Ivinhema larga tudo para resgatar vítimas no RS

Com quase 900 mil seguidores nas redes sociais, Juliano Ferro já fez uma série de postagens mostrando sua viagem a Porto Alegre

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Com quase 900 mil seguidores nas redes sociais, o prefeito de Ivinhema, cidade na região sul do Estado, Juliano Ferro, deixou a administração de seu município para o secretariado e se juntou a um grupo de pilotos de jetski e percorreu 1,5 mil quilômetros para ajudar a socorrer vítimas dos alagamentos em Porto Alegre. 

O grupo saiu de Ivinhema no domingo e ao longo da viagem foi recebendo novos voluntários que saíram de outras cidades, como Campo Grande, e até de Goiás. No começo da manhã desta terça-feira finalmente os voluntários conseguiram colocar as “embarcações” na água e fazer os primeiros resgates. 

O comboio era composto por oito caminhonetes (várias delas Dodge RAM) e carros de passeio rebocando as motos aquáticas e até um barco. Segundo o prefeito, antes da partida foi feito contato com as equipes de resgate de Porto Alegre e a chegada do grupo já estava sendo esperada. 

Fazendo uma série de postagens nas redes sociais, antes de pegar a estrada o “prefeito youtuber” também ajudou a coletar donativos para os desabrigados em várias cidades do sul do Estado a até em cidades Paulistas como Rosana e Primavera. Até segunda-feira havia material para lotar dois caminhões com alimentos, roupas e água potável que também já estão na estrada. 

Além disso, gravou vídeos pedindo doações por pix para ajudar a custear o transporte. O dinheiro, segundo ele, cairia na conta bancária de sua esposa, Samara da Silva, que ficou em Ivinhema.

 

Com seus 605 mil seguidores no Instagran e outros 287 mil no Facebook o prefeito fez uma série de postagens nas redes sociais ao longo da viagem e assim que colocou a moto aquática na água, por volta das 9 horas da manhã desta terça-feira. 

Logo na sequência voltou a postar um vídeo fazendo o primeiro resgate. Ao mesmo tempo em que pilotava a “moto” fazia questão de gravar o vídeo e interagir com o homem socorrido. Em poucos minutos a postagem estava com quase 300 comentários. A grande maioria apoiando a atitude. Mas também teve gente dizendo que “te respeito muito, porém para um pouco com esse sensacionalismo”. 

Entre as motivações que levaram alguns dos voluntários a percorrerem os mais de mil quilômetros até Porto Alegre foi a informação de que um dos voluntários teria visto pelo menos 20 corpos boiando em meio à enchente e faltava gente para resgatá-los. A informação aparece em um vídeo postado por Juliano Ferro momentos antes do início da viagem. 

Porém, as autoridades locais informaram que trata-se de um fakenews. Até agora, as autoridades gaúchas confirmaram 90 mortes em todo o Estado e cerca de 1,2 milhão de pessoas afetadas pelas cheias, principalmente na região metropolitana de Porto Alegre. 

Em suas postagens o prefeito não deixa claro durante quantos dias ele e os demais voluntários pretendem ficar na região. A previsão é de que o Guaíba demore de duas a três semanas para retornar ao leito. 

INVESTIGADO

Autodenominado o prefeito “mais louco do Brasil” e justamente por conta de sua constante presença nas redes sociais, o prefeito de Ivinhema está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual por conta de shows organizados com dinheiro público e nos quais aproveita para fazer publicações consideradas pelo MPE como promoção pessoal. 

Cidades

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

Cidades

Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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