Campo Grande amanheceu a segunda-feira (19) com o trânsito gerando diversos acidentes - inclusive com morte -, o que resultou diretamente em uma piora na superlotação do setor de fraturas que atende pacientes na Santa Casa da Capital.
A colisão entre uma moto e ciclomotor no primeiro horário da manhã, que vitimou o motociclista Emerson de Jesus Antunes Braga, abriu a série de acidentes de hoje (19), seguidos por pelo menos outros dois choques entre veículos na região central de Campo Grande.
Depois desse, um acidente entre um carro e um ônibus, na rua Rui Barbosa, chamou atenção pela conversão incorreta que resultou no choque, registrado inclusive pelas câmeras de videomonitoramento da região central.
Importante frisar que nenhum passageiro desse ônibus saiu ferido e apenas a passageira do veículo foi encaminhada até uma unidade hospitalar devido ao susto, porém sem nenhum ferimento.
Apesar da pouca gravidade, a imagem impactante mostra que a motorista invade repentinamente a faixa de ônibus enquanto tentava uma conversão à esquerda.
O vídeo captado mostra que a condutora não estava em alta velocidade, porém a força do impacto fez com que seu carro fosse deslocado alguns metros para frente do cruzamento com a rua Ceciliano Vilares, onde ocorreu a batida.
Cresce a superlotação
Antes mesmo das 10h, um terceiro acidente já havia sido registrado, dessa vez no cruzamento da rua Barão do Rio Branco com a Joaquim Nabuco, na esquina da popularmente conhecida como "antiga rodoviária".
Nessa ocasião, um carro fox preto desobedeceu à sinalização horizontal de pare e acabou atingindo uma moto Honda Titan cinza, que era pilotada por uma mulher de aproximadamente 25 anos.
Segundo apurado pela equipe no local, enquanto o motorista não se machucou e inclusive prestou socorro à motociclista, essa mulher foi encaminhada para a Santa Casa com dores na coluna e ferimentos pelo corpo.
Como bem evidenciou o hospital na manhã de hoje (19), principalmente a ala de ortopedia segue superlotada "com demanda muito superior à sua capacidade de atendimento". Segundo a Santa Casa, 51 pacientes aguardam uma cirurgia de urgência.
Além desses na fila da chamada "pré-ortopedia", a unidade cita que outras dezenas já passaram por um atendimento ortopédico, mas esperam por procedimento complementar com ortopedista mais especializado.
Segundo a unidade de saúde, referência em atendimentos de alta complexidade, devido ao volume de acidentes, já que pacientes em situações mais simples acabam também levados para a Santa Casa, as filas de espera chegam a ser semanais.
A Santa Casa explica que essas esperas de mais de uma semana acontecem devio à constante reclassificação de prioridade, uma vez que novos pacientes com riscos mais elevados acabam "passando na frente" em alguns casos.
Com capacidade para 25 cirurgias ortopédicas diárias, em completamento, a unidade descreve que boa parte dos pacientes são vítimas de acidentes que envolvem colisões; atropelamentos e quedas, entre outros.




