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Marinha proíbe uso de celular em suas instalações

Marinha proíbe uso de celular em suas instalações

ESTADÃO CONTEÚDO

22/07/2019 - 10h19
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A Marinha brasileira decidiu proibir o uso de telefones celulares em suas instalações. Em nota, o comando da Força informou que "o motivo da restrição é a preservação da segurança da informação, do pessoal, dos navios e instalações". De acordo ainda com a Marinha, no dia a dia das unidades militares, o uso de dispositivos móveis estava se tornando cada vez mais frequente, "sendo considerado, atualmente, um dos principais problemas de segurança da informação enfrentado".

"Apesar de tais dispositivos possibilitarem uma maior flexibilidade e mobilidade, otimizando as tarefas diárias, os riscos relacionados às ameaças e vulnerabilidades a eles relacionados não podem ser desprezados."

Entre as fragilidades identificadas pela Marinha em razão do uso de telefones celulares está o fato de aplicativos baixados no equipamento permitir a agentes inimigos visualizar as rotas mais usadas por militares dentro de instalações militares, monitorando o percurso de quem trabalha em áreas de acesso restrito.

Um ex-chefe da contrainteligência da Força Aérea ouvido pela reportagem considerou a medida necessária, mas disse que ela deve ser aplicada com parcimônia. "Não são todas as instalações que precisam desse tipo de proteção", afirmou. 

Questionada se havia relação da decisão da Marinha com o fenômeno de manifestações de caráter político-partidário de militares da ativa do Exército e da Força Aérea em redes sociais, a Marinha respondeu que não. No domingo, dia 21, o jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagem mostrando que o comando do Exército decidiu enquadrar o uso de redes sociais pelos seus militares.

Levantamento feito pelo jornal encontrou 220 manifestações políticas em 20 perfis de oficiais e suboficiais da ativa das Forças Armadas entre 2018 e 2019 - nenhum deles era de integrantes da Marinha.

De acordo com a Marinha, as novas regras de uso de celulares são uma revisão das que foram feitas em 2009. Desde então, diz a nota do comando, "os componentes da Força cumprem as diretrizes dispostas em publicação específica sobre o assunto, que versa sobre as diretrizes gerais relacionadas às três principais áreas de tecnologia e informação da Marinha do Brasil: Infraestrutura de Redes e Serviços da Marinha do Brasil, Segurança da Informação e Comunicação e Desenvolvimento de Sistemas Digitais"

Ainda de acordo com o comando, até a publicação da revisão da norma, a regra geral permitia o uso, "sendo estabelecidos os locais e circunstâncias restritas". O comando informou ainda que, a partir da revisão, "o conceito alterou a regra geral para a restrição do uso".

Cabe ao comandante de cada unidade avaliar as circunstâncias em que os aparelhos podem ser usados "definindo o local, período ou situação que justifique sua permissão". A Marinha informou, por fim, que nas unidades que lidam com atendimento ao público, como hospitais, indústrias, capitanias dos portos e organizações de ensino o uso do celular será permitido.

Campo Grande

Manifestantes deixam sede do Incra após alinharem encontro com Lula

Integrantes do Movimento Popular de Luta "desmontaram acampamento" por promessa de reunião com o presidente da República

24/03/2025 18h15

Crédito: Marcelo Victor

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Manifestantes do Movimento Popular de Luta (MPL), que ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), deixaram o local depois de alinharem uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O protesto ocorreu em trechos rodoviários de Mato Grosso do Sul durante a manhã desta segunda-feira (24). Em Campo Grande, manifestantes seguiram pela Rui Barbosa em uma caminhada até a sede do Incra, o que causou lentidão no trânsito.

Uma das reivindicações é que o Governo Federal realize o assentamento. Conforme adiantou o Correio do Estado, as famílias do movimento estão "cansadas de tantas promessas".

Durante a tarde, as lideranças se reuniram com o superintendente do Incra, Paulo Roberto, a diretora de Desenvolvimento do Incra, Rose Rodrigues e a deputada federal Camila Jara (PT-MS).

A deputada garantiu que o governo Lula está empenhado em ouvir as demandas dos movimentos sociais e entende que a reforma agrária é essencial para que o país enfrente a “crise de alimentos”.

No encontro, foram discutidas alternativas para garantir o direito à terra e fomentar a produção de alimentos.

“Fomos até o Incra para acolher todas as demandas, aperfeiçoar nosso trabalho e, mais do que isso, levar todas as informações para a Presidência da República. Em conjunto com a bancada federal, estamos destinando mais emendas para o Incra, para que possamos avançar na regularização fundiária, pois sabemos o quanto isso é importante para Mato Grosso do Sul. Vamos trabalhar junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário para trazer mais recursos para o Incra daqui”, disse Camila Jara e completou:

“O presidente Lula está empenhado em ouvir os movimentos sociais e em atuar junto a eles, porque sabe que a agricultura familiar e a reforma agrária serão fundamentais para enfrentar a crise dos alimentos”.

Além disso, a deputada pontuou que conversou com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, que informou que uma agenda será organizada com os movimentos sociais de luta pela terra.

A estimativa é que, no dia 10 de abril, conforme informou o ministro, seja confirmada a data da reunião com os representantes dos movimentos em Brasília (DF). Posteriormente, ocorrerá uma audiência com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Reflexos

As manifestações que reivindicam reforma agrária se intensificaram nas rodovias de Mato Grosso do Sul. Sob a justificativa de uma agenda junto ao presidente Lula, os manifestantes mantêm os bloqueios no km 171 e km 117 da BR-163, respectivamente entre Iguatemi e Mundo Novo, e Naviraí, trecho totalmente interditado. 

Em contrapartida,  a Polícia Rodoviária Federal (PRF) destacou que o km 224 da BR-267, antes interditado, segue com trânsito livre no início desta tarde. 

Com o alinhamento da reunião em Brasília (DF), as rodovias foram liberadas gradualmente. 

MPL


O Movimento Popular de Luta foi inaugurado em 2017, sendo que em junho de 2023 cerca de 400 famílias já se acomodavam à beira da BR-262, no anel viário de Campo Grande, classificado pelos internos como uma "insatisfação dos vários movimentos existentes", surgindo com o papel de denunciar e reivindicar terras improdutivas. 

Aproximadamente seis anos após sua fundação, o MPL já contava com cerca de oito acampamentos e em torno de duas mil famílias acampadas à época, com o acampamento de Campo Grande dividido em seis grupos com coordenadores e sistema de organização próprio, como acompanhado pelo Correio do Estado. 

"Sabemos que o capitalista diz não ser preciso ter reforma agrária, seu projeto traz misericórdia milhões de sem terra jogados na estrada, com medo de ir para cidade enfrentar favela, fome e desemprego sair dessa situação e segurar na de outro companheiro", cita hoje o Movimento em publicação nas redes sociais.

** Colaborou Leo Ribeiro e Alison Silva

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Campo Grande

Alerta por doenças respiratórias faz prefeitura montar plano para reduzir fila de hospitais

Município conta com 328 casos e 29 mortes deste tipo desde o início do ano

24/03/2025 18h00

UPA do Leblon, em Campo Grande

UPA do Leblon, em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com 378 casos e 29 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) desde o início do ano (segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde), a prefeitura de Campo Grande montou um plano para reduzir a superlotação dos hospitais da capital.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (24), a administração municipal destacou que além dos casos de doença respiratória, o aumento expressivo de casos de baixa complexidade e o agravamento de quadros crônicos nas unidades de saúde, fizeram com que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) esboçasse um plano sanitário de contingência.

“A secretaria está reorganizando fluxos, ampliando pontos de cuidado e orientando a população sobre a busca por atendimento adequado, a fim de garantir a assistência segura e minimizar os impactos sobre o sistema de saúde”, diz parte da nota.

A Secretaria reforça que os atendimentos continuam sendo priorizados conforme a gravidade dos casos, seguindo os protocolos de classificação de risco.

Casos leves (azul) devem buscar preferencialmente as unidades de atenção primária, para evitar sobrecarga dos serviços de emergência.

“As medidas seguirão em constante avaliação e novas ações poderão ser adotadas conforme a evolução da situação.”, destaca outro ponto do comunicado.

De acordo com o último boletim estadual de Srag, já são 934 casos da doença em 2025, além de 67 mortes desde o início do ano. Ponta Porã, Dourados, Corumbá, Ivinhema, Chapadão do Sul, Guia Lopes, Aquidauana, Camapuã, Bela Vista, Mundo Novo também estão entre as cidades que registraram mortes pela doença respiratória.

 
Medidas imediatas adotadas pela prefeitura

  • Redefinição do uso de espaços físicos e ampliação de pontos de cuidado (como áreas para hidratação, observação rápida e inalação);
  • Reorganização da equipe médica e envio da EMAC e escritório de monitoramento clínico, conforme necessidade das unidades com maior demanda;
  • Mapeamento de áreas para possível expansão temporária de leitos nas unidades de urgência;
  • Atendimento por demanda espontânea nas unidades básicas;
  • Remanejamento de pacientes entre as unidades de urgência para atendimento seguro, principalmente crianças para unidades com escala infantil 24h;
  • Avaliação de possibilidade de alta para antibioticoterapia em casa com o auxílio do Serviço de Atendimento Domiciliar aos pacientes que possuírem critérios para o serviço; 
  • Avaliação contínua e reuniões do COE (Centro de Operações de Emergência) para monitoramento da situação e decisões rápidas;
  • Orientação à população para buscar as unidades básicas de saúde em casos leves, evitando a sobrecarga das UPAS e hospitais.

*Saiba

Nesta manhã, o diretor técnico da Santa Casa de Campo Grande, Dr. William Lemos, indicou que o hospital não deve admitir mais pacientes em virtude de superlotação

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