Cidades

CAMPO GRANDE

Marquinhos propõe aumentar salário de professores em 67% nos próximos três anos

Proposta de escalonamento em seis parcelas foi entregue a professores na noite desta quarta-feira

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O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), propôs na noite desta quarta-feira (2), escalonar o reajuste dos professores do município em seis parcelas, a serem cumpridas entre fevereiro deste ano e outubro de 2024. Ao todo, o prefeito da Capital oferece 67,13% de aumento aos profissionais da educação.  

Conforme proposta apresentada neste dia 2, os primeiros 10,06% de reajuste, aprovados no mês passado, serão pagos já neste mês de março. Trata-se de reajuste linear a todo serviço público municipal.  

 

A segunda parcela do reajuste é de 10,39% e será  incorporada ao salário dos professores em novembro deste ano.

O terceiro aumento no salário dos professores ocorrerá em maio de 2023: 11,67%.

O quarto reajuste, também de 11,67%, será pago em outubro de 2023.  

A proposta ainda prevê a quinta parcela (11,64%) em maio de 2024, e a sexta parcela, em outubro de 2024 (11,67%).  

“Somamos todos os esforços possíveis para atender essa importante classe que tanto contribui para o desenvolvimento da nossa cidade”, disse o prefeito ao Correio do Estado, após entregar a proposta.  

“Observa-se que a proposta do Executivo Municipal supera o solicitado pela ACP (Sindicato dos Professores e Trabalhadores na Educação de Campo Grande), quando em assembleia solicita a reposição dos anos de 2020 e 2021 que perfaz 14,58% (4,52% e 10,06%) enquanto somente nesse ano o Executivo propõe 20,45%”, acrescentou Marquinhos.

Em fevereiro, os professores cobraram o reajuste de 36,29% de aumento ainda neste ano, e chegaram, inclusive, a promover protestos em frente à prefeitura.  

Na próxima sexta-feira (4), os professores farão nova assembleia, para analisar e votar a proposta de Marquinhos Trad. 

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interior

'Justiceiros' matam a pauladas homem que batia na mulher com pedaço de pau em MS

Esposa correu em busca de ajuda após voltar da formatura da filha e ser agredida pelo companheiro

14/12/2024 17h01

Mato Grosso do Sul já ultrapassou o índice de feminicídios registrados em 2023

Mato Grosso do Sul já ultrapassou o índice de feminicídios registrados em 2023 Reprodução/Internet

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Longe cerca de 425 quilômetros da Capital sul-mato-grossense, uma sequência de crimes registrados tem ocupado a polícia local após "justiceiros" matarem a pauladas um homem que agredia a própria esposa com pedaço de pau. 

Conforme o boletim de ocorrência, a equipe da Polícia Militar foi acionada até o bairro Boa Esperança, localizado no município de Ladário, que fica distante aproximadamente sete quilômetros do centro da Cidade Branca de Corumbá. 

Ao chegarem no local, a equipe policial se deparou com o corpo de Antônio Brito da Silva, de 33 anos, lançado ao chão e com vários indicativos de ferimentos graves, como um afundamento na região frontal da cabeça, além de uma hemorragia intensa. 

Acionado, o Corpo de Bombeiros Militar chegou ao local apenas para constatar o óbito, sendo o local isolado até a chegada de agentes da perícia e Polícia Civil, para a tomada das devidas providências. 

Em busca de apurar o que poderia ter acontecido com Antônio, os agentes do Estado começaram a se deparar com uma série de violências que se desdobraram até a morte do homem. 

"Justiceiros"

Ao questionar os moradores da vizinhança, os populares relataram a série de acontecidos que teriam começado após a mulher de Antônio, cerca de dez anos mais velha que seu esposo, chegar da formatura da filha. 

Conforme os vizinhos, o homem foi agredido por "terceiros", que também usaram pauladas para "punir" o agressor. 

Como a mulher havia dado entrada junto ao Pronto-Socorro do município de Corumbá, os policiais foram até a unidade de saúde questionar a esposa de Antônio. 

Sob cuidados médicos, ela, por sua vez, detalhou que tinha presenciado a formatura na escolha de sua filha e posteriormente voltado para casa, momento esse que encontrou Antônio embriago em sua residência. 

Conforme relato da vítima, que apresentava profundo corte localizado na lateral esquerda da cabeça, Antônio usou um pedaço de pau para fazer as agressões. 

Correndo em busca de socorro, a mulher fugiu para o meio da rua e pediu ajuda para alguns "meninos", segundo ela, que estavam próximos do local, indivíduos esses que ela não soube qualificar aos policiais quem seriam. 

Além disso, ainda que os vizinhos confirmem que Antônio foi morto por "terceiros", ninguém soube apontar quem seriam os agressores, já que esses disseram que não viram o ocorrido e apenas avistaram o homem já desfalecido. 

Com o caso qualificado como homicídio simples; violência doméstica e tentativa de homicídio, a Polícia Civil ainda busca pelos envolvidos na morte de Antônio. 

Feminicídios em MS

Mato Grosso do Sul já ultrapassou o índice de feminicídios registrados em 2023, quando ainda faltavam dois dias para o fim de novembro deste ano e Vanderli Gonçalves dos Santos foi morta com um tiro na cabeça, tornando-se a a 31.ª mulher morta no Estado em 2024. 

Desde a instituição da "Lei do Feminicídio" (n.º 13.104/2015), os números desse crime em Mato Grosso do Sul apresentam perfil oscilante, com o primeiro ano dessa legislação à época encerrando com 18 mulheres mortas. 

De lá para cá, o índice teve altos e baixos, com o pico de feminicídios observado em 2022, quando 44 mulheres vítimas em território sul-mato-grossense. 

Atrás, o segundo pior índice foi anotado em 2022 (41 feminicídios), seguido pelos anos: 

  • 2016: 37 feminicídios 
  • 2018: 36 feminicídios 
  • 2021: 36 feminicídios
  • 2017: 33 feminicídios. 

 

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BRASIL

Entenda prisão de Braga Netto; da busca pela delação de Cid à posição da PGR

Por ser militar, ele será entregue ao Exército e ficará sob custódia

14/12/2024 15h30

Braga Netto em visita à Campo Grande em 2022

Braga Netto em visita à Campo Grande em 2022 Marcelo Victor/Correio do Estado

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Neste sábado (14), o general da reserva que foi ministro do governo Jair Bolsonaro e candidato a vice na chapa derrotada de 2022, Walter Braga Netto, foi preso, após tentar obter detalhes do da delação de Mauro Cid e ter aval da Procuradoria Geral da República para sua condução feita pela Polícia Federal. 

Ainda na última terça-feira (10), quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, assinou a decisão, a prisão de Braga Netto recebeu também o aval de Paulo Gonet, o procurador-geral da República (PGR).

“O pedido da autoridade policial (PF) convence da imprescindibilidade da providência em prol do avanço das investigações (...)”, disse o procurador.

Gonet explicou no parecer que haveria “clara pertinência lógica”, e que haveria “necessidade”, “adequação” e “proporcionalidade da medida”.

"Interferência em investigações"

Por isso, a prisão preventiva seria uma medida capaz de garantir a ordem pública, segundo Gonet, para evitar a “continuidade do esquema criminoso deflagrado” e também a “interferência nas investigações que seguem em curso.

Ainda de acordo com o PGR, a partir do que se colheu de provas, são necessárias mais diligências para um juízo adicional e mais abrangente sobre a autoria dos crimes.

O procurador-geral também identificou que existem provas o suficiente para as medidas de busca e apreensão nas casas dos investigados.

Isso porque há, na avaliação do PGR, fortes indícios dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima, além de deterioração do patrimônio tombado. 

Ex-ministro de Bolsonaro

Braga Netto, general e ex-ministro na gestão de Jair Bolsonaro, que inclusive foi chefe de Estado-Maior do Comando Militar do Oeste (CMO), sediado em Campo Grande, no ano de 2009, como abordou o Correio do Estado, foi preso na manhã deste sábado (14) pela Polícia federal.

Segundo a Polícia Federal, ele estaria tentando atrapalhar a investigação no inquérito da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Na decisão que autorizou a prisão, Moraes diz que a PF identificou que o general tentou obter detalhes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestada em setembro do ano passado, o que fica caracterizada obstrução de Justiça.

Ele fez contatos com o pai de Mauro Cid, o general Mauro César Lourena Cid.

“[Os contatos] tinham a finalidade de obter dados sigilosos, controlar o que seria repassado à investigação, e, ao que tudo indica, manter informado os demais integrantes da organização criminosa”, aponta a decisão de Moraes.

Mauro Cid confirmou a tentativa do general à Polícia Federal. Outro argumento aponta que a PF, no dia 8 de fevereiro deste ano, data da deflagração da operação “Tempus Veritatis”, encontrou papeis na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto, que orientariam perguntas e respostas sobre delação.

Braga Netto foi preso em sua casa, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e levado para a sede da Polícia Federal na cidade. Ele passará por audiência de custódia ainda hoje, às 14h. 

Por ser militar, ele será entregue ao Exército e ficará sob custódia. 

 

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