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Mato Grosso do Sul é o 4º melhor estado em infraestrutura; diz pesquisa

Estado também é o 9º colocado geral no ranking que avalia serviços prestados à população

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Com destaque no setor de infraestrutura, Mato Grosso do Sul está entre os dez estados com melhor entrega de serviços à população, segundo ranking nacional desenvolvido a partir do estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE), elaborado pela consultoria Macroplan, especializada em cenários futuros e gestão pública.

A situação dos estados é definida a partir do Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), que abrange um conjunto de 31 indicadores de 10 áreas de resultado: educação, saúde, segurança, juventude, capital humano, infraestrutura, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, condições de vida e institucional.

O índice varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do estado. O Mato Grosso do Sul exibe uma pontuação do IDGE de 0,536 e ocupa a 9ª posição no IDGE geral, na região Centro-Oeste está atrás apenas do Distrito Federal, à frente de Goiás e do Mato Grosso.

 

Posições de Mato Grosso do Sul no ranking.

Segundo os indicadores, os maiores desafios a serem enfrentados pelo governador Eduardo Riedel serão a educação e as condições de vida da população, já que estes foram os piores índices do estado na pesquisa.

Na área de condições de vida da população, que avalia o percentual de domicílios com condições inadequadas, o percentual de domicílios com saneamento adequado e as emissões de CO2 per capita, Mato Grosso do Sul ocupa a 16ª posição.

Apesar da má pontuação, o Estado registrou crescimento de 3 pontos percentuais no saneamento, possuindo 50,8% de domicílios com saneamento adequado atualmente.

Na educação, o estado se encontra em 14º no ranking. Nesta área, são avaliadas a razão entre matrículas em creche e o total de crianças de 0 a 3 anos, a razão entre matrículas em pré-escola e o total de crianças de 4 a 5 anos, e as nota padronizada Saeb do Ensino Fundamental I, do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio (Rede Total).

Mato Grosso do Sul perdeu três posições na cobertura de creche e sete na cobertura da pré-escola, indicador no qual o estado ocupa a sua pior posição, sendo o 26º entre os vinte e sete estados da federação.

O estado se destacou na área de Infraestrutura, garantindo a 4º posição. Neste índice, são consideradas a porcentagem de rodovias pavimentadas com qualidade boa ou ótima, o percentual de moradores que utilizaram internet nos últimos três meses, percentual de domicílios com pelo menos um telefone fixo ou celular, frequência equivalente de interrupção e duração equivalente de interrupção.

Outro destaque é o Desenvolvimento Econômico, índice em que o estado ocupa a 7ª posição. Nele, são avaliados o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, a taxa de desemprego e o percentual de ocupados informais de 15 anos ou mais.

Na última década, o estado avançou três posições neste índice, sendo duas delas no último ano. 

Ranking geral dos Estados.

O diretor da Macroplan e coordenador do estudo, Gustavo Morelli, destaca que nos próximos quatro anos o governo federal terá pouco espaço para ampliar transferências voluntárias de recursos, tanto pelas restrições orçamentárias, quanto pela disputa legislativa crescente pela destinação desses recursos.

“Aos governadores e suas equipes será demandado maior robustez e seletividade na definição de estratégias que contribuam para fazer avançar a capacidade de entrega dos governos”. Ele ressalta que as receitas próprias dos Estados devem iniciar 2023 pressionadas, em decorrência das desonerações promovidas pelo Governo Federal em 2022 como, por exemplo, de combustíveis e energia.

Segundo Adriana Fontes, coordenadora do estudo, as lideranças políticas precisam assumir um forte protagonismo na priorização de estratégias que possam fazer os Estados avançarem, evitando ações fragmentadas e a dispersão dos recursos e esforços que produzem baixo impacto.

“Os desafios que estão postos para os próximos anos demandam um salto de patamar na gestão, inovações na forma de executar as políticas públicas e uma estratégia de desenvolvimento coordenada, especialmente com os municípios, para melhoria dos indicadores socioeconômicos”, conclui.

Confira a pesquisa completa clicando aqui.

Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

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Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

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