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Mato Grosso do Sul precisa de R$ 400 milhões para melhorar o ensino público

Estudo mostra que, para ter uma educação de qualidade, o governo federal deveria aumentar o repasse a todos os estados

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Levantamento realizado pela Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca) e pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação mostra que, neste ano, Mato Grosso do Sul precisa de quase R$ 400 milhões em repasses da União para melhorar a qualidade de sua Educação Básica.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo publicada ontem, em todo o Brasil, seriam necessários mais R$ 61,3 bilhões em investimento na Educação Násica para torná-la de qualidade. O cálculo foi feito com base no indicador chamado Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi).

Essa ferramenta traduz, em valores por aluno, o investimento necessário para o mínimo de qualidade a partir da realidade de cada escola. Parte da pesquisa, inclusive, foi financiada pelo próprio Ministério da Educação (MEC).

No caso de MS, o Estado é o quinto que menos necessita de recursos adicionais no País. Entretanto, segundo o titular da Secretaria de Estado de Educação (SED), Helio Daher, esse dinheiro, caso fosse empregado, ajudaria em muitos pontos a melhorar a estrutura da Educação Básica sul-mato-grossense.

“A gente entende que seria muito importante um aporte maior, haja vista que a implementação da educação pública não tem um sistema organizado, como é o SUS [Sistema Único de Saúde], que define com clareza o que é a participação do município e do Estado. Então, a gente fica muito refém de proposição de política pública, de programas preestabelecidos pelo governo federal, que tiram a autonomia de municípios e estados de propor programas dentro da sua regionalidade”, explicou Daher.

“É muito claro para nós que um maior investimento do governo federal potencializaria a qualidade, principalmente de estados diversos como o nosso, em que você tem escolas indígenas, quilombolas, e nós temos fronteiras que precisam de um olhar especial. Então, seria muito importante que o governo federal pudesse investir mais na Educação Básica, que é o grande foco, é a base da educação brasileira”, complementou o secretário.

A situação sobre os repasses para a educação ganhou força pela possibilidade de que recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) fossem reduzidos para o próximo ano ou tivessem o porcentual de repasse congelados, medida que pode constar entre as alternativas para compensar o recuo no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do governo federal.

Apesar de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter negado que, neste momento, os repasses para a educação possam ser atingidos, Daher afirmou que uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) deve ocorrer nesta semana para tratar do assunto.

Neste ano, Mato Grosso do Sul deve receber um repasse de R$ 5,1 bilhões do Fundeb, recursos que são utilizados pelos municípios e pelo Estado para diversos fins, como o pagamento de pessoal.

“Atualmente, a gente está com 21% de repasse da União, com a previsão de em 2026 chegar em 23%. Ocorre que, nessa discussão, o Ministério da Fazenda colocou à mesa a possibilidade de reduzir ou de, pelo menos, congelar esse crescimento gradual do Fundeb, o que obviamente preocupou estados e municípios, porque boa parte desses recursos é utilizado para cobrir a folha de pagamento. A princípio, o Fundeb não entrou na pauta para agora, mas até o fim desta semana a gente tem uma reunião [marcada] com secretários [de Educação]. E entre as pautas está a possibilidade de o Fundeb ser afetado por essas mudanças, o que naturalmente não é o que os secretários estaduais e municipais querem”, continuou Daher.

A mudança citada por ele ocorreu em 2020, quando o Fundeb sofreu alterações por meio da Emenda Constitucional nº 108, que teve como objetivo tornar o fundo permanente e também aumentar a complementação da União em até 23% no ano que vem.

Caso o fundo fosse realmente afetado, segundo Daher, isso poderia causar um prejuízo ao pagamento do piso dos professores e também a novos investimentos.

Saiba 

A emenda constitucional que alterou o Fundeb aumentou de 10% para 23% os repasses da União no fundo. Essa participação foi elevada de forma gradual, iniciando em 2021 com 12% e terminando em 2026 com 23%.

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30 DIAS DE OPERAÇÃO

Polícia Ambiental conclui operação preventiva contra a prática ilegal de ceva no Pantanal

Segundo a PMA, 687 pessoas foram abordadas na ação que conscientizou sobre os impactos causados por práticas ilícitas da ceva

19/06/2025 17h30

As ações contaram com o empenho de equipes da PMA concentradas em regiões estratégicas como Corumbá, Coxim, Miranda, Bonito, Aquidauana e Campo Grande

As ações contaram com o empenho de equipes da PMA concentradas em regiões estratégicas como Corumbá, Coxim, Miranda, Bonito, Aquidauana e Campo Grande Foto: Divulgação / PMA

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Com foco na proteção da fauna e da ictiofauna da Bacia do Paraguai, a Polícia Militar Ambiental (PMA) encerrou nesta quinta-feira (19) a Operação Meio Ambiente Seguro.

De acordo com a PMA, o objetivo principal da operação era realizar ações preventivas contra a prática ilegal de ceva e atropelamentos de animais silvestres. 

As ações contaram com o empenho de equipes da PMA concentradas em regiões estratégicas como Corumbá, Coxim, Miranda, Bonito, Aquidauana e Campo Grande.

Além do trabalho da concientização, os policiais ambientais também atuaram na prevenção e repressão de diversos ilícitos ambientais, contando com o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, por meio da Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo (CGPA) para realizar o policiamento aéreo nas regiões de mata fechada.

De acordo com a PMA, a operação que durou 30 dias terminou com a aplicação de multas que somam, ao todo, R$ 995 mil. As infrações de maior valor aplicadas foram por poluição, totalizando R$ 847.000,00 em multas.

Um dos destaques da operação foi o número de pessoas abordadas e orientadas: ao todo, 687 cidadãos foram conscientizados sobre a importância da preservação da fauna pantaneira e os impactos causados por práticas ilícitas como a "ceva".

PERIGO DA CEVA

Conforme noticiado em reportagens do Correio do Estado, a ceva, que consiste em uma prática de oferecer alimentos a animais selvagens, é proibida há 10 anos em Mato Grosso do Sul.

Publicada em maio de 2015, a resolução destaca que "é proibida a alimentação ou ceva de mamíferos de médio e grande porte silvestres em vida livre para atrair, aumentar a chance de observação ou garantir sua permanência em determinada localidade."

Segundo o secretário-adjunto da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Educação (Semades), Arthur Falcette, a pratica de ceva foi constatada no pesqueiro onde Jorge Avalo, 62 anos, foi atacado e morto por uma onça, na região conhecida como "Touro Morto", em Aquidauana, entre os dias 20 e 21 de abril.

O corpo do caseiro foi encontrado, com sinais de esquartejamento pelo animal, na terça-feira, 22.

"Uma das poucas certezas que a gente tem sobre o caso era que estava sendo feita a ceva para o animal no local e essa prática, além de ser crime ambiental, pode desequilibrar o comportamento do animal que está sendo alimentado", afirmou o secretário-adjunto em entrevista coletiva no mês de abril.

br-463

Homem morre e dois ficam feridos em acidente entre carro e caminhonete

Acidente aconteceu na BR-463, entre os municípios de Dourados e Ponta Porã

19/06/2025 17h00

Caminhonete e veículo de passeio colidiram na BR-463

Caminhonete e veículo de passeio colidiram na BR-463 Foto: Reprodução

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Um homem morreu e duas pessoas ficaram feridas em um acidente envolvendo dois veículos, nesta quinta-feira (19), na BR-463, entre os municípios de Dourados e Ponta Porã.

De acordo com informações do site Dourados Agora, o acidente aconteceu entre uma caminhonete e um carro de passeio, nas proximidades do trevo de acesso ao distrito de Lagunita.

Informações preliminares da Polícia Rodoviária (PRF) apontam que, por motivos que ainda serão apurados, os veículos colidiram e, com o impacto, o carro de passeio capotou e parou com as rodas para cima, às margens da rodovia. Já a caminhonete continuou na pista.

O passageiro do veículo, que ainda não foi identificado, morreu na hora.

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e socorreram outras duas vítimas, que também não tiveram as identidades divulgadas, sendo uma mulher que estava no carro e o motorista da caminhonete.

Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.

A rodovia foi parcialmente interditada para os trabalhos da Polícia Rodoviária Federal e a Perícia Técnica da Polícia Civil realizavam os trabalhos de perícia e retirada dos veículos.

As circunstâncias do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Acidentes em rodovias

Conforme reportagem do Correio do Estado, de janeiro a maio deste ano, 114 pessoas morreram vítimas de acidentes em rodovias federais de Mato Grosso do Sul. Foram 173 acidentes.

Em todo o ano passado, 182 pessoas morreram e 1.940 ficaram feridas em acidentes registrados nas rodovias federais do Estado.

De acordo com a PRF, a maioria dos acidentes é causado por falhas humanas.

Os principais fatores que contribuem para a ocorrência dos acidentes e óbitos incluem as ultrapassagens perigosas, a não utilização do cinto de segurança, uso do celular ao volante e a condução do veículo sob efeito de álcool ou entorpecentes. 

Rodovias perigosas

Duas rodovias que passam por Mato Grosso do Sul estão entre as 10 mais perigosas do país, segundo estudo baseado nos dados do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). A BR-163 (em 6º lugar no ranking) e a BR-262 (em 9º lugar) registraram, juntas, em 2024, mais de 4,3 mil acidentes e 392 óbitos. 

A mais perigosa é a BR-101, segunda estrada federal mais longa do País, que liga as regiões nordeste e sul, cortando 12 estados. 

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