Três universidades de Mato Grosso do Sul estão entre as 80 melhores do País no "Ranking Universitário Folha", uma avaliação do ensino superior feita pela Folha desde 2012.
Todas as 203 universidades brasileiras, públicas e privadas, são avaliadas em cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado.
A Universidade do estado melhor avaliada pela pesquisa foi a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que ocupa o 40º lugar no ranking, com nota final 72,20. Considerando apenas universidades públicas, a UFMS ocupa a 35º posição.
A segunda melhor universidade de Mato Grosso do Sul é a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), que aparece em 73º lugar no ranking geral e em 16º no ranking que considera apenas as instituições privadas, com nota 56,78.
Na sequência, em 74º lugar, está a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que recebeu nota 56,60. Na relação de instituições públicas, a UFGD figura na 58º posição.
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) ocupa a 112º posição no ranking, com nota 44,25; e a Universidade Anhanguera-Uniderp ficou em 170º lugar, com nota 28,27.
Universidades de MS subiram no ranking
Todas as universidades sul-mato-grossenses apresentaram melhoria nas notas frente à última avaliação, realizada em 2019. a UFMS avançou uma posição, indo de 41º para 40º. A UCDB ultrapassou a UFGD, já que em 2019 as universidades ocupavam a 87º e a 76º posição, respectivamente. Agora, a UCDB está em 73º no ranking, e a UFGD em 74º.
A UEMS subiu sete posições, indo do 119º lugar para o 112º.
Dentre as universidades de Mato Grosso do Sul, a única que caiu no ranking foi a Uniderp, que saíu da 159º para a 170º posição. No entanto, a nota apresentou aumento: em 2019, foi 25,75, em 2023, de 28,27.
Ranking Universitário Folha
O RUF é uma avaliação anual do ensino superior do Brasil feita pela Folha desde 2012, com foco em dois produtos principais: o ranking de universidades e os rankings de cursos. A avaliação foi paralisada em 2020, em decorrência da pandemia da Covid-19, e retorna neste ano em sua nona edição.
A edição de 2023 traz uma avaliação inédita de todas as 203 universidades ativas (públicas e privadas) e dos mais de 18 mil cursos presenciais oferecidos nas 40 carreiras de maior demanda no país, como medicina, psicologia e direito.
São avaliadas mais de 2.200 instituições de ensino, entre universidades, centros universitários e faculdades. A metodologia atual, desenvolvida em 2012, avalia as universidades a partir de cinco indicadores: pesquisa científica, internacionalização, inovação, qualidade do ensino e avaliação do mercado de trabalho.
Ao todo, são 18 componentes, que, juntos, somam cem pontos. A mais bem classificada é a que recebe maior pontuação. A USP, por exemplo, primeira colocada na lista geral, atingiu 98,85; a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a segunda, ficou com 98,20 pontos.
Os dados que compõem os indicadores são levantados diretamente pela Folha em bases nacionais e internacionais de periódicos científicos, de patentes (INPI), do Inep-MEC (Censo da Educação Superior e Enade, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e disponibilizados por agências estaduais e federais de fomento à ciência.
Dentre os componentes há duas pesquisas nacionais de opinião realizadas pelo Datafolha com empregadores e com professores. A partir desta edição, a iniciativa passa a ter uma base própria de professores especialistas, construída pela Folha, composta por avaliadores e ex-avaliadores do MEC e membros da Academia Brasileira de Ciências.
Os cursos de graduação são avaliados a partir de componentes de mercado e de ensino. Nos cursos de direito, são computados também os percentuais de aprovados em relação aos que fizeram o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Na nona edição, a metodologia foi aprimorada
Uma das novidades é a mudança nos indicadores de mercado e de ensino. Agora, passam a pontuar nas pesquisas de opinião as instituições que receberam ao menos uma menção nos questionários com empregadores e professores feitos pelo Datafolha nas últimas três avaliações.
Anteriormente, a pontuação era calculada para instituições que tivessem ao menos três menções. Com isso, dobrou o número de cursos que pontuaram em relação às edições anteriores.
Outra mudança metodológica diz respeito à nota do Enade nos cursos avaliados. Para aqueles que não realizaram o exame, a nota foi estimada pelo valor mínimo entre as médias de instituições similares que ofertam as mesmas graduações.
O RUF traz também uma novidade na versão online. Agora, além da lista geral, há um ranking apenas das instituições públicas e outro das particulares.
Assim, torna-se possível, por exemplo, comparar o desempenho de uma instituição privada com outras do mesmo tipo —e o mesmo para as públicas. Essa ferramenta permite uma análise comparativa mais detalhada.