Cidades

EDUCAÇÃO

Melhora no Programa Prosseguir pode abrir caminho para a volta às aulas

Campo Grande entrou na classificação tolerável para a Covid-19, assim como outras 17 cidades do Estado

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Campo Grande melhorou sua posição no Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), criado pelo governo do Estado, em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS). 

De acordo com dados apresentados nesta quinta-feira (24) a cidade saiu do grau de risco médio para o tolerável e isso pode ser determinante para que haja o retorno das aulas presenciais em instituições de ensino públicas.

Nesta sexta-feira (25) a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizará uma audiência pública para avaliar a possibilidade de retomada das aulas presenciais em instituições de ensino públicas de Campo Grande. 

Segundo a entidade, o evento contará com a presença do professor doutor Daniel Cara, que é Coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Segundo o secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, a volta das instituições estaduais, quando acontecesse, seguiria as regras do programa, instituído justamente para servir de guia para os gestores municipais.

O retorno, porém, não deve se dar enquanto todas as medidas de biossegurança sejam tomadas, tanto na questão de adequação das escolas, como de compra de equipamento de proteção individual (EPIs) para todos os alunos e profissionais que atuam nas instituições de ensino.

Outro ponto é a necessidade de se ter boa parte do território em condições para essa volta. 

Atualmente o Estado apresenta 18 municípios na faixa de risco tolerável (amarela), 46 municípios no grau médio (bandeira laranja) e 15 no grau de risco alto (bandeira vermelha).  

Não há nenhuma cidade que tenha indicações de grau extremo para a pandemia.

AUMENTO NA SEMANA

Para a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, é importante lembrar que os dados divulgados pelo Prosseguir levaram em consideração as notificações que ocorreram até a semana passada, portanto a 38ª semana epidemiológica.  

Mas a partir desta semana, a 39ª, o cenário apresentou algumas mudanças, de acordo com Maymone. 

“O que a gente tem observado é um aumento, então nenhuma análise deve ser feita completamente estática, porque a doença é dinâmica. Essa semana a tendência da taxa de contágio também aumentou e tivemos uma manutenção de uso de leitos e mesma taxa de letalidade. O que temos que observar é a tendência que está ocorrendo nesta semana, decorrente de 14 dias, que é reflexo do feriado de 7 de setembro, então tudo isso tem que ser levado em conta”, explica.

“O Prosseguir faz uma avaliação de risco e recomendações do retorno ou relaxamento das medidas restritivas. Ele é consultivo, o próprio município tem autonomia para saber se é ou não o momento, o programa dá a diretriz que especifica o cenário daquele momento, só que tem outras variáveis que devem ser analisadas também”, completou a secretária-adjunta.

TERCEIRO ANO

Nesta semana a secretária de Educação do Estado, Maria Cecília Amendola da Motta externou sua preocupação com os estudantes do terceiro ano do ensino médio, que são os alunos que farão prova para ingresso em universidades. 

No caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a prova deve ocorrer em janeiro.

Segundo a secretária, por causa das avaliações, a secretaria pensa em uma forma de que esse grupo de estudantes voltem às aulas presenciais o mais breve possível, para que se consiga minimizar os danos do estudo remoto durante todos esses meses.

A secretária também informou que todos os equipamentos de proteção já foram adquiridos e o protocolo de biossegurança para o retorno já quase finalizado.

BOLETIM

Nesta  quinta-feira (24) Mato Grosso do Sul contabilizou mais 815 novos casos da Covid-19. Ao todo são 66.426 casos confirmados desde o início da pandemia.

Ontem foram acrescidos 13 óbitos, o que fez o Estado alcançar 1.217 mortes.

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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