Campo Grande melhorou sua posição no Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), criado pelo governo do Estado, em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
De acordo com dados apresentados nesta quinta-feira (24) a cidade saiu do grau de risco médio para o tolerável e isso pode ser determinante para que haja o retorno das aulas presenciais em instituições de ensino públicas.
Nesta sexta-feira (25) a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizará uma audiência pública para avaliar a possibilidade de retomada das aulas presenciais em instituições de ensino públicas de Campo Grande.
Segundo a entidade, o evento contará com a presença do professor doutor Daniel Cara, que é Coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Segundo o secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, a volta das instituições estaduais, quando acontecesse, seguiria as regras do programa, instituído justamente para servir de guia para os gestores municipais.
O retorno, porém, não deve se dar enquanto todas as medidas de biossegurança sejam tomadas, tanto na questão de adequação das escolas, como de compra de equipamento de proteção individual (EPIs) para todos os alunos e profissionais que atuam nas instituições de ensino.
Outro ponto é a necessidade de se ter boa parte do território em condições para essa volta.
Atualmente o Estado apresenta 18 municípios na faixa de risco tolerável (amarela), 46 municípios no grau médio (bandeira laranja) e 15 no grau de risco alto (bandeira vermelha).
Não há nenhuma cidade que tenha indicações de grau extremo para a pandemia.
AUMENTO NA SEMANA
Para a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, é importante lembrar que os dados divulgados pelo Prosseguir levaram em consideração as notificações que ocorreram até a semana passada, portanto a 38ª semana epidemiológica.
Mas a partir desta semana, a 39ª, o cenário apresentou algumas mudanças, de acordo com Maymone.
“O que a gente tem observado é um aumento, então nenhuma análise deve ser feita completamente estática, porque a doença é dinâmica. Essa semana a tendência da taxa de contágio também aumentou e tivemos uma manutenção de uso de leitos e mesma taxa de letalidade. O que temos que observar é a tendência que está ocorrendo nesta semana, decorrente de 14 dias, que é reflexo do feriado de 7 de setembro, então tudo isso tem que ser levado em conta”, explica.
“O Prosseguir faz uma avaliação de risco e recomendações do retorno ou relaxamento das medidas restritivas. Ele é consultivo, o próprio município tem autonomia para saber se é ou não o momento, o programa dá a diretriz que especifica o cenário daquele momento, só que tem outras variáveis que devem ser analisadas também”, completou a secretária-adjunta.
TERCEIRO ANO
Nesta semana a secretária de Educação do Estado, Maria Cecília Amendola da Motta externou sua preocupação com os estudantes do terceiro ano do ensino médio, que são os alunos que farão prova para ingresso em universidades.
No caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a prova deve ocorrer em janeiro.
Segundo a secretária, por causa das avaliações, a secretaria pensa em uma forma de que esse grupo de estudantes voltem às aulas presenciais o mais breve possível, para que se consiga minimizar os danos do estudo remoto durante todos esses meses.
A secretária também informou que todos os equipamentos de proteção já foram adquiridos e o protocolo de biossegurança para o retorno já quase finalizado.
BOLETIM
Nesta quinta-feira (24) Mato Grosso do Sul contabilizou mais 815 novos casos da Covid-19. Ao todo são 66.426 casos confirmados desde o início da pandemia.
Ontem foram acrescidos 13 óbitos, o que fez o Estado alcançar 1.217 mortes.