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Mês mais chuvoso deste ano deixa diversos estragos por Campo Grande

Segundo dados do Cemtec-MS, a Capital registrou entre quinta e sexta-feira precipitação acumulada de 88,6 milímetros

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Fora do período comum de chuvas em Campo Grande, abril é o mês com os maiores registros de precipitação do ano até o momento. E nesta semana, esse tempo atípico causou estragos nas ruas da Capital.

Até esta sexta-feira, os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que 184,6 milímetros de chuva foram registrados neste mês em Campo Grande. Antes mesmo de chegar ao fim, abril já é o período mais chuvoso do ano, ao lado de março, quando o acumulado foi de 191,4 mm. 

Como este mês ainda não terminou e há a previsão de chuva para os próximos dias, é muito provável que ele seja isoladamente o mais chuvoso neste ano.

A chuva ao longo dos últimos dias ultrapassou a média esperada para o mês, que era de 101,6 mm, conforme os dados do Inmet. No ano passado, abril também foi o mês com o maior acumulado de chuvas (138,6 mm). Os acumulados de 2024 foram 24% menores que os registros para o mês neste ano.

Segundo o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) Vinicius Sperling, as chuvas fora de época estão atreladas a escalas meteorológicas de tempo.

“As chuvas de abril estão associadas à passagem de sistemas meteorológicos que estão muito ativos, e isso é uma condição atípica. As configurações de vento ao norte está trazendo muita umidade para Campo Grande, situação que é fora do comum para esta época do ano”, declarou.

Questionado se essas chuvas fora de época podem estar atreladas à mudança climáticas, o meteorologista não descartou essa possibilidade.

“A mudança climática pode sim influenciar que esses sistemas meteorológicos fiquem mais ativos em uma época que não deveria [ocorrer]. Mas não temos certeza se esse será o novo normal daqui para a frente”, analisou.

Nesta semana, as chuvas em Campo Grande causaram diversos estragos em vias da cidade. Na Rua da Divisão, uma erosão foi aberta com a força da chuva e comprometeu a tubulação da via.

A situação mais crítica foi registrada na região da Chácara dos Poderes, onde a Estrada SE-1 precisou ser interditada em função da abertura de uma cratera na via de terra.

O local foi sinalizado por equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos de Campo Grande (Sisep), que trabalham no local para garantir a trafegabilidade nas vias alternativas que conectam o anel rodoviário (BR-163) à Chácara dos Poderes.

Outro estrago foi o desabamento de parte do concreto que reveste a parede do córrego na Avenida Ernesto Geisel, sendo um desses pontos em frente ao Hospital de Câncer Alfredo Abrão e outro em frente ao Centro Municipal de Belas Artes.

De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, durante as chuvas de quinta-feira, 328 notificações de quedas de galhos ou árvores foram registradas na cidade.

Nesta sexta-feira, a sala de situação foi reativada pela prefeitura, a fim de liderar as ações contra os impactos das chuvas na cidade.

Além disso, a Câmara Municipal de Campo Grande estuda abrir o debate para um possível decreto de Estado de emergência na Capital, o que garantiria a possibilidade de o Executivo realizar compras para a recuperação estrutural sem a necessidade de realizar licitação.

RECUPERAÇÃO

Na manhã desta sexta, o titular da Sisep, Marcelo Miglioli, afirmou que a chuva de quinta gerou problemas que têm complexidades diferentes, citando o desabamento das placas de concreto no córrego da Ernesto Geisel.

“O [problema ocorrido] no [Centro Municipal de] Belas Artes é mais simples, e nós já vamos começar imediatamente a intervenção por lá e [também] providenciar os materiais necessários para que a gente possa fazer a intervenção nesse ponto en frente do Hospital Alfredo Abrão, que é uma recuperação mais complexa”, detalhou.

Miglioli também apontou para os estragos registrados na Chácara dos Poderes, os quais ele classificou como “mais crítico”, uma vez que a chuva da semana passada já havia causado uma erosão no Córrego Pedregulho.

“Houve uma interrupção da pista, e nós temos que fazer uma intervenção mais pesada ali. Porém, para fazer isso, dependemos de São Pedro colaborar um pouco com a gente”, disse.

De acordo com a Sisep e a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, há crateras nos mais variados pontos de Campo Grande, mas alguns dos reparos só devem começar após uma trégua das precipitações.

PREVISÃO

Conforme os técnicos do Cemtec-MS, a previsão para os próximos dias indica tempo instável, com muitas nuvens e poucas aberturas de sol.

Há a probabilidade para ocorrências de chuvas intensas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento, com destaque à metade sul do Estado.

Os acumulados podem superar os 50 mm em 24 horas, principalmente entre este domingo e a segunda-feira, como consequência do avanço de uma frente fria.

Na terça-feira e na quarta-feira, com o avanço do ar mais frio, espera-se a queda das temperaturas, principalmente na metade sul de MS. Os termômetros podem chegar a 12°C em algumas localidades.

SAIBA

Trechos na Avenida Ernesto Geisel (próximos ao Hospital de Câncer, ao Guanandizão ao Centro Municipal de Belas Artes), além da Av. Rachid Neder, do Bosque das Araras, do Los Angeles, do Noroeste e da Av. Mascarenhas de Moraes, também estão sob a atenção especial da prefeitura após os danos causados pelas chuvas.

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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