Cidades

CENTRO POP

Mesmo com ação a Justiça, moradores de rua seguem tomando banho frio

Na unidade da prefeitura feita para ajudar a população em situação de rua, banheiros não têm torneiras e chuveiro é um cano na parede; administração diz que vai solucionar problemas do local

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Mesmo após a cobrança do Ministério Publico de Mato Grosso do Sul (MPMS) e do Ministério Público Federal (MPF) para o município de Campo Grande adotasse providências de cuidados a pessoas em situação de rua, o Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP) segue com estrutura precária para atender essa população, sem sequer um chuveiro quente que funcione.

O Correio do Estado apurou e presenciou a situação no qual se encontram os banheiros feminino e masculino na unidade.

Um dos banheiros, que fica próximo ao pátio onde pessoas em situação de rua aguardam atendimento no Centro POP, estava com indicações de interdição para manutenção. 

Dentro deste banheiro interditado foi possível perceber que não havia torneira na pia, porém o vazo sanitário e o chuveiro aparentavam ser novos, mostrando um início de mudanças na unidade.

Porém, o segundo banheiro disponível no Centro POP, que fica localizado em um corredor de acesso à lavanderia, mostrava falta total de manutenção.

O local seria utilizado pelos homens e não tinha chuveiro, apenas um cano na parede, bem semelhante ao encontrado durante a fiscalização feita pelo MPMS. O único vazo sanitário do local não tinha assento, a porta do banheiro estava quebrada e também havia falta de torneira e papel higiênico.

O cano no qual cai a água para banho dos moradores de rua também deixa o banheiro encharcado. 
A lavanderia, que fica próximo ao banheiro masculino, só tem duas torneiras e um sabonete.

Além destes banheiros existem, outros dois banheiros químicos próximos estavam na entrada do estabelecimento do Centro POP.

Questionados sobre a falta de manutenção do local, a Prefeitura de Campo Grande declarou, em nota, que “durante reunião com Ministério Público, Procuradoria-Geral do Município e Promotoria de Justiça, foi tratado um planejamento para que as melhorias no prédio recomendadas pelo MP sejam realizadas”.

“Atualmente estão disponíveis dois banheiros comuns, um para cada gênero e dois químicos para homens, devido à demanda muito superior do sexo masculino, os banheiros químicos são utilizados apenas pelos usuários em situação de rua”, declarou a prefeitura em nota.

Foi possível perceber que algumas das pessoas em situação de rua que são atendidos na unidade utilizam o espaço do pátio para dormirem, no chão, sem a disponibilidade de um conforto maior. 

O Centro POP que têm o objetivo prestar apoio e caminhos para os moradores de rua saírem desta situação.
 Em resposta a isto, a prefeitura informou que o Centro POP funciona como um ponto de apoio para as pessoas em situação de rua e não como unidade de acolhimento. 

“O local é um espaço de convivência diário, onde são ofertados a higienização pessoal; três refeições diárias; ligações telefônicas; além do atendimento psicossocial com oferta do Serviço Especializado Para Pessoas em Situação de Rua, que prevê o incentivo de novas perspectivas de futuro e elabora junto aos assistidos, projetos de vida capazes de superar a saída das ruas”, informou.

Segundo a Prefeitura de Campo Grande, o quadro de funcionários do Centro POP conta com educadores sociais em turno completo, que realizam a função de recepção, triagem  e direcionamento de serviços.

Além dos educadores sociais, a unidade conta com quatro profissionais de serviços gerais, que cuidam da conservação da unidade; quatro cozinheiras que preparam a alimentação dos usuários; auxiliares administrativos e a guarda civil metropolitana, que atua em regime de plantão 24 horas, para garantir a segurança do local. 

O Centro POP também é administrado por uma coordenadora, além de quatro psicólogas e três assistentes sociais, que realizam o trabalho técnico.

A prefeitura disse que o serviço de manutenção na unidade, localizada na rua Joel Dibo, é dificultado devido a atos de vandalismo e depredação, apesar de a reportagem não ter encontrado esta situação.

“A Secretaria Municipal de Assistência Social [SAS] ressalta ainda que a manutenção e ajustes no prédio, são realizados semanalmente e/ou quando necessário. A instalação de novos chuveiros, desentupimento de vasos sanitários e pias ocorrem periodicamente, visto que os usuários depredam as estruturas e furtam acessórios do banheiro”, diz a nota.

MUDANÇAS PREVISTAS

Como já noticiado pelo Correio do Estado, a Prefeitura de Campo Grande firmou acordo extrajudicial e com o MPMS, no qual firmou compromisso de realizar uma séria de mudanças no Centro POP, para melhorar o atendimento dos moradores de rua.

Entre as ações estabelecidas estão: atividades de reparo e manutenção das instalações sanitárias, da rede de esgoto e da rede de drenagem; regularizar o funcionamento dos banheiros masculino e feminino com reparos na manutenção de chuveiro; e também da área da lavanderia, para eliminar todos os entupimentos, transbordamentos e acúmulos de águas e dejetos.

Mudanças estruturais no Centro POP também foram prometidas pela prefeitura, acrescentando seis novos vasos sanitários, chuveiros com espaço individual e seis unidades de pias para o uso dos cidadãos que vivem em situação de rua.

A acessibilidade do Centro POP também deverá ser revisada para assegurar a todos os usuários do serviço que haverá rotas acessíveis até as salas destinadas ao atendimento do publico.

No banheiro feminino, não há pia nem torneira para lavar as mãos

Saiba

A Prefeitura de Campo Grande também informou que procura um novo espaço para realocar o Centro POP. O prazo estabelecido para realizar esta mudança de imóvel será de 30 meses (2 anos e 6 meses).

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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