Um forte esquema de segurança foi montado na parte interna e externa do fórum de Campo Grande para o julgamento de Jamil Name Filho e outros três acusado de envolvimento no assassinato de Marcel Hernandes Colombo, ocorrido em 18 de outubro de 2018.
Na parte externa do prédio, que está parcialmente isolado, estão uma viatura e duas vans da Polícia Civil, uma viatura do Batalhão de choque, duas da Polícia Penal Federal e seguranças privados. Na parte interna do prédio há policiais, a maior parte com armas longas, tanto no auditório quanto no local onde estão os ex-guardas municipais Marcelo Rios e Rafael Antunes Vieira. Além disso, bombeiros também estão na parte interna do fórum para atender eventuais casos de problemas de saúde ou outros tipos de ocorrência.
O primeiro foi transferido de Mossoró (RN) somente para o júri que começa nesta segunda-feira e deve se estender até quinta-feira. E o esquema de segurança só não é maior porque a “estrela” maio do julgamento, Jamil Name Filho, vai participar por vídeo.
Além dele e dos dois guardas municipais, que atuavam como seguranças da família Name, será julgado também o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, que teria coletado informações tanto sobre Marcel Colombo como sobre outros alvos da milícia que era comandada pela família Name.
Cinco promotores de Justiça vão se revesar no trabalho de acusação dos quatro réus. Eles já participaram em julho do ano passado do primeiro júri de Jamil Name Filho, quando ele foi condenado a 23,5 anos de prisão.
Todos também participaram das investigações da Operação Omertà. Foi esta operação que desengavetou a investigação sobre o assassinato de Marcel Colombo. Onze meses depois do crime a polícia não havia apontado um único suspeito pelo crime.
Com a descoberta de um arsenal de armas em uma casa no Jardim São Bento, em Campo Grande, em setembro de 2019, quase um ano depois da morte do chamado Playboy da Mansão, os investigadores começaram a coletar provas para acusar Jamil Name Filho, que já soma pouco mais de 54 anos de condenação.
Mas, desde o começo da investigação os policiais suspeitavam do envolvimento de Jamilzinho no crime. Prova disso é um depoimento do pai de Marcel Colombo, em 26 de outubro de 2018, no qual os policiais perguntam se ele tinha conhecimento de uma briga entre Jamil e Colombro cerca de dois anos antes da briga.
Meses depois, em janeiro de 2019, o depoimento de uma tia de Marcel reforçou esta tese. Mesmo assim, a investigação não evoluiu e somente depois da “morte acidental” do estudante de Matheus Xavier, em abril de 2019, é que as investigações relativas ao envolvimento de Jamilzinho ganharam corpo.