Cidades

OPERAÇÃO

Militares investigados por tráfico já respondem por contrabando e agressão

Operação da Corregedoria mirou ontem acusados de desvio de cocaína apreendida pela Polícia Militar no Estado

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Alvos da Operação Magna Manu, deflagrada ontem pela Corregedoria da Polícia Militar, o ex-policial da corporação Thiago de Souza Martins e o policial militar Alisson José Carvalho de Almeida já respondem a processos na Justiça Militar e na comum. Entre as acusações estão prática de contrabando, corrupção passiva e agressão física.  

Em busca no sistema E-Saj do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), a reportagem do Correio do Estado encontrou quatro processos contra o agente Alisson José, que já havia sido afastado da PM por envolvimento na Máfia dos Cigarreiros, quadrilha que contrabandeava cigarros pela região de fronteira do Estado com o Paraguai.  

Todas as quatro denúncias foram recebidas pela Auditoria Militar, sendo três de 2019 e uma de 2021. Todas do primeiro ano constam como paradas.

Entre os processos está um que foi recebido pela Auditoria Militar em 30 de janeiro de 2019. Neste, o agente foi acusado de crimes contra a vida por ter agredido a própria mãe.  

Já no recebido pela Justiça no dia 16 de abril do mesmo ano, o policial militar consta como um dos envolvidos no contrabando de cigarros do Paraguai pela região de fronteira com Mato Grosso do Sul.  

A quadrilha integrada por Alisson José foi investigada e desmantelada por operação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).  

Com sua exclusão “ex-offício” das fileiras da PM por seu envolvimento no crime já citado, o agente entrou com um mandado de segurança contra a corporação requisitando sua volta para o grupo. Dessa forma, hoje, ele integra os quadros da polícia por força da decisão judicial.  

Em outro processo, o policial militar figura como acusado de lesão corporal contra um outro policial. Conforme as investigações, o fato aconteceu dentro do Presídio Militar Estadual, quando o policial puxou uma cadeira na qual a vítima estava sentada, fazendo com que ela machucasse de forma grave o ombro.  

A denúncia foi feita pelo Ministério Público e assinada pela promotora de Justiça Thatiana Correa da Silva Façanha, em 30 de novembro de 2018. Alisson José recorreu da decisão e o processo ainda não transitou em julgado.  

CONTRABANDO  

Já por parte do ex-policial Thiago de Souza Martins, existe um processo tramitando na Auditoria Militar em que ele é acusado de transportar aproximadamente R$ 100 mil em produtos contrabandeados vindos do Paraguai.  

De acordo com o processo, Thiago, junto de outro policial militar, passou pelo Batalhão da Polícia Militar Rodoviária de Aquidabã/Ponta Porã e, tirando proveito de seu cargo, não foi devidamente revistado, por se apresentar como agente da PM.  

Ao Correio do Estado, a defesa de Thiago afirmou que o ex-policial continuará preso até passar pela audiência de custódia na manhã de hoje. Após a decisão, o acusado ficará à disposição da Justiça.  

O advogado de Thiago ainda aponta que o ex-policial se declarou inocente das acusações de desvio e tráfico de drogas. Dessa forma, ele ainda alega que apenas foi alvo da operação para prestar esclarecimentos à polícia.  

Martins era 3º sargento e teve seu afastamento divulgado no Diário Oficial do Estado, no dia 16 de agosto. Sua exclusão se deu pela condenação por crime de descaminho.  

À época, o ex-policial foi condenado após investigações que apontaram que ele, juntamente com outro policial militar, foi flagrado ao contrabandear aproximadamente R$ 100 mil em produtos pela fronteira do Estado com o Paraguai.  

OPERAÇÃO MAGNA MANU

A fim de apurar o envolvimento do ex-policial e do policial militar em tráfico de drogas e receptação, a Corregedoria de Polícia Militar deflagrou, na manhã de ontem, a Operação Magna Manu. Dentro das investigações, que começaram em julho, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão preventiva. Os acusados permanecem em cárcere.  

Martins é conhecido por administrar um perfil no Instagram com cerca de 7 mil seguidores, no qual são publicados vídeos sobre a atuação de militares.

Os dois presos foram localizados e encaminhados para a Corregedoria-Geral da Polícia Militar para oitivas e posteriormente deverão ser conduzidos para o Presídio Militar Estadual.

Conforme divulgado em julho, ocorreu a prisão de um cidadão pelos crimes de tráfico de drogas e receptação. Durante a ocorrência, foram localizados nove tabletes de pasta base de cocaína, os quais pesavam aproximadamente nove quilos.

Com a investigação em curso, constatou-se, por meio de outras diligências, já com a participação da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, indícios de participação de policiais militares na prática dos crimes de peculato e tráfico de drogas.

Desse modo, começou a ser investigada a possibilidade de os policiais estarem se apropriando dos entorpecentes, “tomando” a droga para eles próprios realizarem o tráfico, não havendo, portanto, o encaminhamento do material apreendido para as delegacias.

Por isso os enquadramentos “peculato” e “tráfico de drogas”. Os demais fatos são objetos da apuração, que transcorre em segredo de Justiça.  

Por meio da assessoria de comunicação, a Polícia Militar informou que o inquérito policial para a apuração dos fatos foi instaurado ontem (24) e que a operação perdurará até a conclusão das investigações.  

A assessoria ainda informou que outros mandados de buscas e apreensão serão emitidos conforme o andamento do inquérito e a autorização da Justiça, caso se faça necessário.  

Como os acusados estão presos, a Polícia Militar estima que as apurações devem durar aproximadamente mais 20 dias.

SAIBA

A investigação que resultou na operação de ontem começou em julho deste ano, quando ocorreu a prisão de uma pessoa por tráfico de drogas e receptação. A pessoa estava com nove tabletes de pasta base de cocaína, que pesavam aproximadamente nove quilos. 

Na investigação, então, constatou-se, já com a participação da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, indícios de participação de policiais militares na prática dos crimes de peculato e tráfico de drogas. Assim que se chegou aos envolvidos.

Brasil

Expectativa de vida no Brasil atinge 76,4 anos, superando dados anteriores à pandemia, segundo IBGE

Índice subiu e superou pela primeira vez o patamar de antes da crise da Covid-19. Calculadora mostra expectativa de vida de acordo com a idade segundo os dados do IBGE

29/11/2024 20h00

Expectaiva de vida do brasileiro sobe e supera patamar de antes da pandemia

Expectaiva de vida do brasileiro sobe e supera patamar de antes da pandemia Foto: Reprodução/GloboNews

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A expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou em 2023 para 76,4 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O dado mantém a recuperação após o período marcado pelo aumento de mortes causadas pela Covid-19. Isso significa que uma pessoa nascida no Brasil em 2023 tinha a expectativa de viver 76,4 anos, em média. Para homens, a previsão cai a 73,1 anos e, entre mulheres, alcança 79,7 anos.

Já a taxa de mortalidade infantil, que calcula a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, foi de 12,5 mortes para cada 1.000 nascimentos. Para crianças até 5 anos de idade, a previsão ficou em 14,7 a cada 1.000 nascidos.

O instituto calcula a expectativa a partir de projeções populacionais, que têm como base os dados verificados em cada Censo Demográfico. A projeção para 2023, com dados do último recenseamento, foi de 211,7 milhões de habitantes no país.

As estimativas integram as Tábuas de Mortalidade 2022, que levam em conta dados populacionais do Censo Demográfico relativo ao ano passado e estatísticas do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde.

A recuperação, de acordo com o instituto, reflete uma redução no excesso de mortes registradas durante as fases mais graves da pandemia.

Para além da diferença de seis anos na expectativa de vida ao nascer, segundo o IBGE, a probabilidade de morte de homens com idades entre 20 e 24 anos é quatro vezes a de mulheres. Essa sobremortalidade masculina também foi verificada em dados do recenseamento, segundo os óbitos relatados por moradores dos domicílios visitados pelo IBGE.

Já se sabe, segundo os técnicos, que homens estão mais expostos a mortes violentas, como homicídios e acidentes de trânsito. Além disso, os hábitos de vida também influenciam no excesso de mortes masculinas.

Esses dados fornecem, segundo o IBGE, estimativas da expectativa de vida para idades até os 80 anos. As informações são usadas para, por exemplo, o cálculo de fator previdenciário para aposentadorias.
Em todo o mundo, o crescimento da expectativa de vida, apesar de não ter sido revertido, desacelerou, segundo artigo publicado na revista especializada Nature Aging. O estudo não considera 2020 por causa da pandemia, e analisa o período dos anos 1990 até 2019.

Já um levantamento de pesquisadores com dados globais feito para o Instituto para Medição e Avaliação da Saúde (IHME, na sigla em inglês), com sede nos EUA, apontou que a Covid fez com que a expectativa de vida média das pessoas no planeta caísse 1,6 ano nos primeiros dois anos da pandemia (2020 e 2021).

 

*Informações da Folhapress 
 

Rodovias Federais

BR-163 é trecho com mais atropelamentos de animais em MS

São 22 acidentes deste tipo entre janeiro e junho, além de outros 11 registrados no segundo semestre

29/11/2024 18h15

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A BR-163 é a rodovia federal com o maior número de atropelamentos de animais em Mato Grosso do Sul em 2024. Divulgada no último dia 21, a atualização realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) destaca que 16 dos 33 atropelamentos ocorreram neste trecho que liga sul e norte do Estado.

Os demais incidentes ocorreram na BR-262 (9); BR-158 (2); BR-060 (3); BR 419 (2) e BR-367 (1).

Conforme a polícia, desde janeiro último foram registrados oito acidentes em Campo Grande, além de acidentes em Dourados (2), Três Lagoas (2), Rio Brilhante (2), Caarapó (2), Jaraguari (2), Terenos (2) e Nova Alvorada (2); Anastácio, Aparecida do Taboado, Aquidauna, Chapadão do Sul, Coxim, Itaquiraí, Bela Vista, Miranda, Ribas do Rio Pardo, Selvíria e Vicentina registraram um acidente cada.

Em média, são três atropelamentos por mês em todo o Estado, destaque para os meses de maio e junho, com 15 acidentes registrados. Foram 22 acidentes deste tipo entre janeiro e junho, ao passo que outros 11 foram registrados no segundo semestre. 

Vítimas fatais 

Além do atropelamento de animais, este tipo colisão ocasionou quatro acidentes fatais em todo o estado, sendo três no primeiro semestre e outros dois em julho último. Em janeiro, 

Elaine Zangerolami, proprietária da Pax Brasil, que junto com o motorista de carro funerário da empresa, Reginaldo Carvalho, morreram após o veículo em que estavam colidir contra duas antas na BR-060, próximo a Chapadão do Sul.

Em abril, o empresário Carlos Dias Miranda, 63 anos, morreu após colidir a caminhonete que dirigia em um animal na BR-060, em Jardim, região oeste do Estado.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu no caminho para Bela Vista. Após a colisão a caminhonete saiu da pista e caiu nas margens da rodovia. A equipe de socorro foi acionada e Carlos foi encontrado sem vida. Outras duas mortes foram registradas em Miranda, em junho último, e em Campo Grande, trecho próximo de Terenos, em junho. 

Na BR-262, em Terenos, Evaldo Luis do Nascimento, 21, morreu após o carro em que estava atingir várias árvores ao desviar de um "lobinho". 

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