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Covid-19: Mortes de crianças têm relação com quantidade de infectados em MS

Para especialistas, volume de casos no Estado e relaxamento das medidas aplicadas na quarentena colocam os mais novos em maior contato com a doença

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Em menos de um mês, três crianças morreram por causa do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. De acordo com a médica infectologista do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) Priscila Alexandrino, os óbitos podem estar relacionados ao aumento no número de infectados pela doença, que resulta em um maior contato de crianças com o vírus.  A infectologista explica que atualmente há um maior número de pessoas contaminadas ou que já tenham sido infectadas, o que coloca as crianças em maior contato com a doença. Segundo Alexandrino, isso também tem relação com o relaxamento dos indivíduos em relação às regras de biossegurança, depois de sete meses do início da pandemia.

“Atualmente, tem-se visto muito na literatura mundial que as crianças têm tido algumas síndromes inflamatórias e também a doença de Kawasaki. Isso vem sendo relacionado na literatura com o novo coronavírus”, afirma.

De acordo com a infectologista pediátrica Yvone Brustoloni, os casos de morte de crianças têm sido mais notificados em função de os médicos estarem mais conscientes da presença da síndroma inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), relacionada à Covid-19. “O alerta sobre os primeiros casos foi feito pelo Reino Unido, em abril, e, em maio, pelas Sociedades Brasileiras de Pediatria e de Reumatologia. Desde então, os casos têm sido mais notificados. O médico está mais atento ao diagnóstico”.  

Brustoloni explica que a infecção por coronavírus em crianças é menos comum e que os casos pediátricos ocorrem em uma proporção de 2% a 7% do total. Quando o paciente recebe tratamento adequado para síndrome inflamatória, a recuperação é completa e tem baixa taxa mortalidade, apenas 2% a 4% dos casos evoluem para morte.

As três mortes ocorreram entre os dias 20 de outubro e 5 de novembro e são as únicas registradas por complicações da Covid-19 no Estado. Os casos foram encaminhados para investigação do Ministério da Saúde por possível relação com a SIM-P.  

Alexandrino detalha que a síndrome é provocada por um vírus ou bactérias, como o coronavírus. É um processo inflamatório agudo em que o organismo tenta combater a bactéria ou o vírus em diversos órgãos e que pode levar à morte do paciente. “Isso acontece muito em crianças, e, às vezes, o processo inflamatório pode levar a um desfecho fatal”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o critério para morte ter relação com a síndrome é que o paciente tenha tido Covid-19. Os sintomas mais frequentes da doença são: febre persistente, conjuntivite, pressão baixa, manchas no corpo, diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos, falta de ar, entre outros.

INVESTIGAÇÕES

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), dois casos que estavam em investigação de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica com relação com a Covid-19 foram descartados em Mato Grosso do Sul.

O primeiro foi de um menino de 5 anos, que morreu no dia 27 de outubro, por complicações causadas pela Covid-19, no município de Dourados. Ele apresentava como comorbidades asma, obesidade e autismo. A criança é considerada a mais jovem a morrer por causa da doença no Estado. De acordo com a SES, o resultado foi divulgado no dia 6 e foi constatado que, apesar de a criança ter coronavírus, a causa da morte não tinha relação com a síndrome.  

O último caso de morte por Covid-19 de crianças ocorreu no dia 5, no Hospital Universitário. Uma menina de 8 anos foi internada no dia 24 de outubro, em decorrência de complicações cirúrgicas.  

De acordo com a diretora da Secretaria Municipal de Saúde de Sidrolândia, Tatiane Nantes, a criança possuía insuficiência renal crônica e estava em Campo Grande para realizar procedimento de troca de cateter para hemodiálise. No dia 2, a menina foi internada como caso confirmado de coronavírus. As complicações sistêmicas, em razão da Covid-19, e as complicações cirúrgicas resultaram na morte da menina.  

Segundo Nantes, no dia 6, o caso foi encaminhado para a SES para ser investigado para SIM-P em relação com o coronavírus. No entanto, nesta quinta-feira, a Secretaria afirmou que a morte da menina não será investigada, pois não se encaixa na definição da síndrome divulgada em nota técnica do Ministério da Saúde.

De acordo com a SES, o único caso ainda sob investigação é da adolescente de 15 anos que morreu no dia 20 de outubro, em Campo Grande. A jovem foi diagnosticada com o novo coronavírus após a morte e chegou a ser tratada anteriormente para dengue. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirma que está aguardando laudo necroscópico para finalizar as investigações do caso.  

De acordo com a Sesau, a adolescente apresentava dor abdominal, vômito, vertigem e lipotimia, episódios de perda de consciência, que evoluíram para morte encefálica. A jovem, que foi a segunda pessoa mais jovem a morrer no Estado em função da Covid-19, não tinha nenhuma comorbidade.

Abolição do Estado

Saiba quem são os militares de MS indiciados pela PF por tentativa de golpe

De general da reserva a coronel que compôs tropas dos Black Kids e era "braço direito" do ajudante de ordens Mauro Cid

21/11/2024 18h22

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black Kids

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black Kids Reprodução Redes Sociais

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A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21) 37 pessoas envolvidas na tentativa de golpe após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

Entre os indiciados, que irão responder por ebulição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, estão um general da reserva e um coronel que compõe o pelotão conhecido como Black Kids de Goiás.

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black KidsReprodução Redes Sociais

Virgílio

O general da reserva Laércio Virgílio, de 70 anos, conforme a quebra de sigilo telefônico, mantinha contato com uma elite de militares cujo grupo ficou conhecido como “alta patente”.

O relatório da investigação, que foi tornado público, apontou conversas que ele teve com Ailton Gonçalves Moraes Bastos, com quem serviu na Brigada de Paraquedistas no Rio de Janeiro e também no 9º GAC, em Nioaque, no ano de 1999.

Em uma troca de mensagens com Ailton (que também foi indiciado), chegou a dizer abertamente que é “momento de ação”; veja:

"O meu próximo áudio agora, assim, vai te dar o conceito da operação, entendeu? O conceito da operação. Que tem que ser executado. Num... num... num tem mais, assim: não, será, que não será, o que que vai... Foda-se! Agora, entendeu, é ação. Então, esse próximo áudio, também, além do ZERO UNO, aí tem que ser passado pra todo aquele pessoal que você passa sempre, entendeu? Então agora, negão, é... assim... a... Já estamos em guerra, né? Só que agora é a... assim... Temos que executar essas ações. Vou dar o conceito da operação. É... A execução eu não tô mais em condições de fazê-la, senão eu ia até aí pra comandar essa porra aí dessa operação que eu vou falar agora pra você."

  • Entenda: “Zero Uno” é a forma como ambos se referiam ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ailton Gonçalves Moraes Barros, militar reformado com quem o general de Mato Grosso do Sul mantinha um contato estreito, chegou a ser eleito suplente de deputado estadual pelo PL do Rio de Janeiro. Terminou preso pela Polícia Federal, acusado de atuar na inserção no sistema de dados ilegais do cartão de vacina da Covid do ex-presidente. Ele está entre os indiciados.

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black KidsReprodução Redes Sociais

Corrêa Neto

O coronel Bernardo Romão Corrêa Neto comandou também o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (10º R C Mec) em Bela Vista e permaneceu no cargo até 12 de janeiro de 2022, quando passou o comando e seguiu para compor os Black Kids em Goiás.

Corrêa Neto atuou na preparação e seleção de militares formados no curso das Forças Especiais (Black Kids) que agiriam durante a tentativa de golpe de Estado.

Bernardo é apontado pela Polícia Federal como homem de confiança do tenente-coronel Mauro Cid, o ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro.

Saiba: Enquanto o general Laércio Virgílio fazia parte do núcleo considerado como "inteligência" que discutia o engendramento do golpe com militares de alta cúpula, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto conduziria a tropa dos Black Kids, considerada elite do exército com formação pelo Curso de Operações Especiais.

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Coxim

Ex-sargento da PM é preso por estuprar a neta há oito anos

O crime aconteceu em 2016, quando o ex-sargento da PM abusou de sua neta quando tinha 10 anos

21/11/2024 17h30

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60ed556e 45ab 4bd5 8e7d 46b2d04365e4 1536x1152 PCMS/ Divulgação

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Ex-sargento da Polícia Militar, de 69 anos, foi preso nesta quinta-feira (21), condenado por estuprar a própria neta há 8 anos, no município de Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande.

Conforme informações da Polícia Civil, o crime aconteceu em 2016, quando a vítima, sua neta, tinha 10 anos de idade e foi estuprada pelo suspeito, que é um 3º Sargento aposentado da Polícia Militar. 

A ação, que contou com o apoio da guarnição do 5º Batalhão da Polícia Militar, também teve o auxílio da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Coxim.

O ex-sargento da policial militar está à disposição da justiça. Ele deve cumprir pena de abuso sexual, crimes de estupro praticado por menos que deve ultrapassar 18 anos de prisão

Como denunciar 

Polícia Miliar - 190: quando a criança está correndo risco imediato
Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres
Qualquer delegacia de polícia
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa
 

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