Cidades

VIOLÊNCIA NAS RUAS

Mortes de pedestres quase triplicam no trânsito da Capital

O excesso de velocidade é apontado por especialistas como principal causa de multas e fator de risco para as colisões; nos 10 primeiros meses deste ano, 13 transeuntes perderam a vida na cidade

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As mortes de pedestres no trânsito de Campo Grande quase triplicaram de janeiro a outubro deste ano. Até ontem, a Capital contabilizava 13 vítimas fatais, 8 óbitos a mais em relação aos 5 casos registrados no mesmo período do ano passado, segundo dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

O levantamento realizado pelo programa Vida no Trânsito aponta que apenas nos 10 primeiros meses ainda incompletos deste ano, 58 pessoas já perderam a vida no trânsito da Capital. Além dos 13 pedestres, as colisões vitimaram 38 motociclistas, 4 ciclistas e 3 passageiros.

De acordo com o Gabinete de Gestão Integrada (GGIT) e o Grupo de Análise de Sinistros de Trânsito (Gaat), foram registradas seis mortes em outubro, sendo três motociclistas, um ciclista, um pedestre e um condutor.

No mesmo período de 2021, foram duas mortes, um motociclista e um ciclista. 
Em relação ao período de janeiro a setembro de 2021, o levantamento aponta a morte de cinco pedestres, 42 motociclistas, quatro ciclistas, oito condutores e três passageiros, totalizando 62 óbitos no trânsito campo-grandense. 

No âmbito nacional, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 6 mil mortes no trânsito são decorrência de acidentes com atropelamento de pedestres.

Para a chefe de Educação da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, Ivanise Rotta, o comportamento no trânsito de Campo Grande precisa ser analisado.

"Mais de 40% das notificações são de pessoas embriagadas ou sem carteira de motorista. O nosso trânsito é dinâmico e orgânico, e as pessoas usam de artifícios para tirar a sensação de atraso, por exemplo, o uso excessivo de velocidade. Isso é um dos fatores que justificam os acidentes no trânsito", afirmou.

Ivanise destacou que a infraestrutura da Capital corrobora para que haja o excesso de velocidade, em razão das vias amplas e planas. 

"A nossa cidade é um convite à velocidade. É preciso usar a faixa de pedestres, usar a tecnologia disponível para fiscalizar os infratores que insistem em se colocar na frente do perigo e causar uma tragédia. É para se questionar e ficar indignada", afirmou.

Vale ressaltar que o excesso de velocidade foi a principal causa de multas este ano em Mato Grosso do Sul, de acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS). 

De janeiro a setembro deste ano, foram registradas mais de 180 mil notificações por transitar em alta velocidade no Estado. O número é maior do que o de 2021, porém, os órgãos de controle do trânsito alertam que isso se deve à pandemia da Covid-19, quando muitas pessoas ficaram em casa e estabelecimentos não podiam abrir as portas.

VIDA NO TRÂNSITO

Implantado em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o governo federal, o programa Vida no Trânsito abrange capitais e municípios com mais de um milhão de habitantes com registros de infrações graves no trânsito. 

Para Rudel Trindade, diretor-presidente do Detran-MS e membro do projeto, vários órgãos precisam agir de forma estruturada para planejar e criar uma gestão eficaz no trânsito de Campo Grande. 

"Somente com ações em conjunto podemos fiscalizar e visar a redução de acidentes. Isso envolve a Agetran, a gestão pública, o patrulhamento realizado pela polícia e mais ações de educação no trânsito", afirmou. 
Ivanise Rotta assegura que a união das entidades ligadas ao trânsito, denominada GGIT, colabora na criação de ações para a segurança. 

CASOS MAIS RECENTES

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, dois casos recentes de mortes no trânsito marcam o início deste mês. O aposentado Hideo Nishiyaki, de 85 anos, morreu atropelado por uma motocicleta ao atravessar a Avenida Ceará na companhia da filha, na região central da Capital.

O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Michelli Custódio, de 36 anos, foi vítima de atropelamento por um motorista embriagado na madrugada desta quinta-feira, na Vila Carvalho. 

De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista foi preso em flagrante por homicídio após conduzir o veículo sob influência de álcool e atropelar o grupo de amigos que estava na calçada da Avenida Fábio Zahran.

Michelli veio a óbito no local, e dois amigos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e levados para a Santa Casa de Campo Grande. Por ora, não há informações sobre o quadro de saúde das outras duas vítimas. 

SAIBA

A Agetran orienta que as pessoas devem sempre usar a faixa de pedestres, evitar fazer travessia em esquinas e curvas, evitar utilizar dispositivos móveis ou fone de ouvido durante a caminhada e ter cuidado redobrado ao cruzar áreas com garagem.

 

ABASTECIMENTO

Rompimento de tubulação leva lama às casas do Rita Vieira, em Campo Grande

Moradores registraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras; Rede de fornecimento de água informou que a tubulação foi danificada por terceiros

24/11/2024 17h30

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água.

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água. Foto: Arquivo

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Um vazamento em uma tubulação de água deixou diversos moradores do bairro Rita Vieira sem água potável neste fim de semana em Campo Grande (MS). Segundo registros, a água no encanamento das casas chegou a sair com coloração marrom devido à presença de terra. 

Conforme Alexandre Cavalcanti, um dos moradores afetados pelo problema na tubulação, a água estava “parecendo a do Rio Aquidauana”, com coloração escura e presença de terra. De acordo com o morador, um filtro de água da casa acabou entupindo com o barro e a caixa d'água da casa ficou suja.

Em outro caso, Aparecida Yamaciro, também moradora do bairro, relatou que percebeu a coloração estranha ainda pela manhã deste domingo (24), enquanto regava as plantas da casa. Apesar do susto, afirmou não ter sofrido grandes danos. 

“Só percebi que algo estava acontecendo quando fui molhar as plantas hoje de manhã. A água saiu da mangueira bem turva. Felizmente, a minha caixa d’água estava cheia e o dano foi bem menor”, explicou. 

De acordo com a Águas Guariroba, concessionária responsável pelo fornecimento de água na cidade, o problema foi causado devido a uma quebra na tubulação, causada por terceiros. A concessionária também informou que o fornecimento será normalizado até o fim da tarde deste domingo. 

Confira:

“Águas Guariroba informa que neste sábado uma tubulação da rede de água da região do Rita Vieira foi danificada por terceiros. Com isso, a água da região apresentou coloração. Ainda na noite de sábado as equipes da concessionária realizaram o reparo da rede de abastecimento.

Neste domingo, a concessionária está na região realizando "descargas" na rede, para que a água com coloração seja descartada.

A Águas Guariroba agradece a compreensão dos moradores da região e reforça que qualquer ocorrência que necessite de intervenção da empresa deve ser registrada nos canais oficiais: 0800 642 0115 (SAC e WhatsApp), site www.aguasguariroba.com.br e aplicativo Águas.”

Abastecimento

Em outro episódio recente, em outubro, moradores de algumas regiões de Campo Grande tiveram lidar com a falta de água. Em alguns locais, moradores relataram  sofrer com o desabastecimento desde o fim de agosto.

Na época, a concessionária Águas Guariroba informou, em nota, que uma oscilação de energia elétrica afetou o abastecimento de água na Capital.

"Diante do tempo que o sistema de abastecimento da concessionária de água leva para retomar a distribuição, pode ocorrer baixa pressão[...]. É recomendado que os moradores pratiquem consumo consciente", explicou a concessionária.

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SEGURANÇA

Policia Penal de MS transfere 29 detentos em operação contra comunicação ilícita

A ação ocorre em todo o âmbito nacional com objetivo de realizar revistas minuciosas nos pavilhões e celas das cadeias

24/11/2024 17h00

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios Foto: Divulgação / Comunicação Agepen

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Durante a Operação Mute, a Policia Penal de Mato Grosso do Sul transferiu 29 detentos com objetivo de desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios impedindo a comunicação ilícita entre os envolvidos.

A ação ocorreu durante a 6ª fase da operação, que está sendo feita em âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Segundo a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 210 policiais penais estiveram envolvidos em MS, vistoriando 32 celas e resultando nesta transferência de 29 internos para outras unidades.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com participação de operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e supervisão de um representante da Senappen.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

OCORRÊNCIA

Tentativa de infiltrar celular em presídio falha, e Policia Militar apreende drone e aparelho celular que seria lançado pelo equipamento para dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), localizado no bairro Noroeste, no mês de setembro.

De acordo com as informações da Policia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), a guarnição do 9º Batalhão da Policia Militar foi acionada para apreender um drone e um celular, na estacão de tratamento de águas, localizado na BR 262.

O equipamento estaria sobrevoando a região em direção ao estabelecimento prisional do Instituto Penal de Campo Grande, quando devido a uma falha técnica, o drone que carregava o celular caiu nas proximidades do presídio.

Depois da Policia Penal interceptar em flagrante, no mês de maio,  um drone com baterias e fone de ouvido para celulares, que sobrevoava o Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) começou a se empenhar no combate ao uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado.

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