Cidades

TRÂNSITO

Mortes em acidentes na BR-163 em MS aumentaram 17% no início deste ano

Ontem, nesta rodovia, seis pessoas morreram em uma batida entre duas carretas e um caminhão e um carro, em Anhanduí

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Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que em Mato Grosso do Sul, a BR-163 teve aumento em 17% no número de mortos em acidentes neste ano, em comparativo com o mesmo periodo do ano pasado. Reflexo dessa violência é o acidente de ontem, que matou seis pessoas.

Levantamento dos primeiros dois meses deste ano (janeiro e fevereiro) mostra que apenas nos trechos sul-mato-grossenses da rodovia já ocorreram 38 acidentes, entre este quantitativo, 29 pessoas foram vítimas das batidas (com lesões leves ou graves) e 40 foram a óbito após os acidentes no Estado.

Em comparativo com o mesmo período do ano anterior, segundo os dados abertos da Polícia Rodoviária Federal, ocorrem 36 acidentes na rodovia, com 23 vítimas e 34 óbitos durante um período de dois meses.

Os motivos de acidentes na BR-163, nos trechos que são dentro do Mato Grosso do Sul, são diversos, mas no levantamento feito pela PRF é possível perceber que os registros mais frequentes nas ocorrências são ligados a desatenção do motorista durante a condução do veículo na rodovia, falhas técnicas ou mecânicas do veículo, ausência de reação do condutor no volante (possivelmente causada por sono ou embriagues) e acessar outra via sem observar a presença de outros veículos.

Outro dado que chama a atenção, é que estes acidentes acontecem normalmente durante o período noturno, em horários que variam das 18h da noite as 3h da manhã, quando não há tanto fluxo de veículos, porém a falta de visibilidade da pista é maior.

Um dos casos que demonstram que vem aumentando o número de mortes na BR-163, é o acidente entre duas carretas, um caminhão pequeno e um carro que aconteceu ontem na rodovia, onde seis pessoas vieram a óbito depois da batida.

ACIDENTE

A colisão ocorreu no trecho da BR-163 entre Campo Grande e Anhanduí, logo no início da manhã, envolvendo duas carretas, um caminhão e um Onix. Os carregamentos dos caminhões ficaram espalhados pela pista e deixaram o trânsito em “pare-siga”, o que causou um enorme congestionamento. 

A colisão resultou, além das mortes, em uma imensa quantidade de milho ficou espalhada pela pista, assim como vários porcos ficaram empilhados sobre as ferragens e também na rodovia. Isso porque  uma das carretas havia saído de uma fazenda criadora onde havia carregado os animais, em Glória de Dourados, e estava rumo à São Gabriel do Oeste. 

Em nota, a Polícia Civil disse que a principal suspeita é de que a carreta de porcos tenha invadido a pista contrária e causado o acidente.

“De acordo com avaliação preliminar, a carreta de porcos trafegava sentido Anhanduí x Campo Grande, podendo ter invadido a pista contrária, atingindo os demais veículos envolvidos”, diz nota. 

As equipes passaram o dia fazendo o trabalho de tentar primeiro estabilizar a carreta (já que pelo choque da batida os veículos acabaram ficando “encavalados”), para depois poderem retirar os corpos e os animais. 

No acidente, segundo a polícia, foi constatado que não houveram sobreviventes. As vítimas fatais estavam em quatro veículos: duas em um Chevrolet Onix, duas em uma carreta que transportava porcos, uma em uma carreta que transportava milho e uma em um caminhão baú. 

Apesar de alguns familiares das vítimas comparecerem ao local e realizarem reconhecimento prévio, a Polícia Civil informou que os nomes das vítimas só serão divulgados oficialmente “após a confirmação, através de exame necropapiloscópico”.

A ocorrência foi atendida pela Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (Cepol), que esteve no local, juntamente com a perícia e a PRF. (Colobararam, Maria Eduarda Fernandes, Leo Ribeiro e Alanis Netto).

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Cidades

Justiça decide que militar não pode acumular adicionais e União espera economizar R$ 3 bilhões

Com isso, a União espera economizar cerca de R$ 3 bilhões ao ano

18/04/2025 19h00

Paulo Pinto / Agência Brasil

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A Justiça Federal decidiu que militares não podem receber, simultaneamente, os adicionais de tempo de serviço (ATS) e de compensação por disponibilidade militar (ACDM). Com isso, a União espera economizar cerca de R$ 3 bilhões ao ano. A decisão foi das Turma Nacional de Uniformização (TNU) do Conselho da Justiça Federal (CJF), e seguiu argumentados defendidos pela Advocacia-Geral da União (AGU).

A decisão determina que Juizados Especiais Federais e Turmas Recursais em todo o País barrem o recebimento acumulado por parte de integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Decreto de agosto de 2020 já proibia a acumulação dos dois adicionais, apontando que seria assegurado ao militar ou ao pensionista do militar falecido o recebimento do adicional mais vantajoso.

Contudo, integrantes das Forças questionavam essa decisão. O argumento é o de que limitar a remuneração acumulada feriria o princípio da irredutibilidade de vencimentos e o direito adquirido.

A Turma de Uniformização, porém, acolheu por unanimidade o argumento da AGU.

Segundo o advogado da União, Luís Felipe Cabral Pacheco, em comunicado divulgado pelo órgão, a decisão "pacifica a questão, reduz a judicialização e representa significativa economia de recursos públicos para as Forças Armadas, contribuindo para viabilizar, do ponto de vista orçamentário, a continuidade de suas relevantes missões institucionais".

O adicional de compensação por disponibilidade militar é uma parcela remuneratória mensal devida ao militar em razão de estar disponível de modo permanente e com dedicação exclusiva ao longo da carreira.

Esse benefício incide com porcentuais diversos sobre o soldo, a depender do posto ou graduação, podendo chegar a 41% em caso de almirantes de esquadra, generais do Exército ou tenentes-brigadeiros.

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Estragos

Chuva causa alagamentos e estragos em municípios de MS

Com alerta na Defesa Civil, autoridades trabalham para acolher desabrigados e limpar casas que ficaram inundadas

18/04/2025 18h00

Residência inundada em Jardim

Residência inundada em Jardim Divulgação Prefeitura Municipal de Jardim

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Com alerta laranja, que indica chuvas intensas, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta sexta-feira (18), os municípios de Guia Lopes da Laguna, Jardim e Nioaque enfrentaram alagamentos e queda de energia.

Em Campo Grande, a rua Ernesto Geisel, na região do bairro Jardim Ouro Preto, também teve problemas com alagamentos devido à chuva durante a tarde.

 

 

Jardim

Em conversa, o prefeito de Jardim, Guga (PSDB), informou ao Correio do Estado que o município está sofrendo com alagamento de residências em quase todos os bairros, além de prédios públicos, em decorrência da forte chuva que caiu em pouco tempo.

“Acionamos a Defesa Civil, reunimos todos os secretários e estamos unindo esforços para acolher as pessoas desabrigadas e as que se encontram em estado de vulnerabilidade. A Secretaria de Infraestrutura Urbana está trabalhando em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a Energisa; a Secretaria de Assistência Social presta auxílio às pessoas necessitadas. Seguimos atentos e trabalhando muito para que, em breve, a normalidade retorne”, afirmou Guga.

Guia Lopes da Laguna

Em Guia Lopes da Laguna, o cenário não foi diferente, a ponto de a Prefeitura cogitar a possibilidade de decretar situação de calamidade. A chuva que atingiu a região durante a madrugada aumentou o nível do Rio Miranda, colocando todos em alerta.

O secretário de Governo, Clademar José Sovernigo, em entrevista ao Jardim MS News, informou que o Corpo de Bombeiros, equipes da Prefeitura e da concessionária de energia estão mobilizados para auxiliar a população e restabelecer os serviços básicos.

“Essa é a essência de um trabalho em equipe. É importante que todas as pessoas ajudem. Estamos trabalhando com nossa equipe da Secretaria de Obras, descendo com as máquinas e os caminhões que são necessários”, explicou Sovernigo.

 

 

O maquinário está sendo utilizado para retirar os móveis que ficaram estragados devido ao alagamento. Conforme o secretário, durante a tarde, aproximadamente 50 imóveis ainda estavam embaixo d'água. A mobilização, a princípio, é para socorrer a população na área urbana e, à medida que forem avançando, deve seguir para atender os moradores da zona rural.

O temporal foi tão intenso que, durante a manhã, trechos da BR-267, entre Guia Lopes da Laguna e Maracaju, ficaram completamente alagados.

Nioaque

Em Nioaque, a Prefeitura emitiu uma nota afirmando que está monitorando o Rio Nioaque e o Onumbeva.

A Defesa Civil está em alerta. A recomendação é para que a população evite áreas de risco e, em situações de emergência, ligue para o número 159.

A MS-357, que dá acesso ao Assentamento Uirapuru, segundo informações do portal Nioaque News, ficou totalmente intransitável em um trecho sem pavimentação, após ter sido tomado pela lama.

Alguns bairros estão sem energia elétrica, como o Centro, Baía, São Miguel, Jardim, Monte Alto, Jockey Club, Santa Amélia e Santa Terezinha.

Restabelecimento da luz

A reportagem entrou em contato com a Energisa para saber como está a situação dos municípios. Com relação a Nioaque e Jardim, a empresa respondeu que há algumas demandas pontuais, nas quais as equipes estão trabalhando.

Em relação a Guia Lopes da Laguna, a Energisa informou que já restabeleceu a energia para 100% dos clientes afetados, após a retirada de um bambu que caiu sobre a rede.

“A Energisa informa que já restabeleceu a energia para 100% dos clientes afetados, após a retirada de um bambu sobre a rede. O investimento em tecnologia, realizado pela Energisa, permitiu fazer manobras, reduzindo a quantidade de clientes afetados com a interrupção do fornecimento.

É importante alertar que, diante dessas situações de temporais, pode haver curto-circuito e rompimento de cabos que, ao caírem ao solo, podem estar energizados. A orientação é: mantenha distância”, diz a nota da Energisa.

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