Cidades

Mato grosso do sul

Mortes por intervenção policial atingem maior número em 10 anos

Apenas entre os dias 1º de janeiro e 17 de fevereiro de 2023, 19 mortes por intervenção de agentes do Estado foram registradas em MS; titular da Sejusp aponta que em todos os casos as pessoas tinham passagem

Continue lendo...

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que, no início deste ano, Mato Grosso do Sul registrou o maior número de mortes por intervenção policial nos últimos 10 anos, levando em consideração os meses de janeiro e fevereiro.

Em um recorte mais preciso, de 1º de janeiro a 17 de fevereiro de 2023, 19 pessoas morreram ao entrarem em conflito com os agentes do Estado.

Os dados começaram a ser catalogados em 2013, e, desde então, 2019 havia sido o ano com mais óbitos por agentes do Estado, com 17 mortes entre os meses de janeiro e fevereiro.

Em seguida, 2021, que teve 16 notificações de óbitos, e 2017, que teve 10 falecimentos nos dois primeiros meses do ano.

Dos mortos em ações policiais este ano, 17 pessoas são do sexo masculino, uma do sexo feminino e um não informado. Entre os mortos, há o registro de oito jovens até os 19 anos, nove adultos, um adolescente e um idoso.

Ao todo, de 2013 até 17 de fevereiro deste ano, 375 pessoas morreram em ocorrências por intervenção de agentes do Estado. Dessas, 291 são homens, quatro são mulheres e 80 pessoas não têm o sexo informado de acordo com os dados da Sejusp.

A maioria dos óbitos são de jovens, seguido de adultos e 23 adolescentes. Outras 80 pessoas também não tiveram a faixa etária notificada.

PERFIL

Ao Correio do Estado, o titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, relatou que muitos jovens de pouca idade estão entre os óbitos.

“São maiores de idade, mas jovens, de 19 a 20 anos. Então não significa que eles não têm antecedentes, eles têm antecedentes e muitos crimes foram praticados quando eles ainda eram inimputáveis, ou seja, menores de idade”, destacou o secretário.

Segundo o tenente-coronel da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Augusto Regalo, dos casos que envolvem policiais militares em serviço, todos são registrados como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

“Em todos os casos de intervenção policial, em que há o uso de arma de fogo e provoca lesão no autor do delito, é aberto procedimento para apurar as circunstâncias da ocorrência”, informou o tenente-coronel.

De acordo com Videira, todas as mortes foram em confronto e todas as 19 pessoas que foram a óbito possuem ficha criminal. “Se você observar, a grande maioria dessas pessoas está ligada a alguma facção criminosa ou estavam em alguma missão”, comenta o secretário. 

Ainda segundo Augusto Regalo, todos os policiais nos cursos de formação são submetidos a uma disciplina chamada “uso progressivo da força”, que orienta os agentes em casos de reação de algum indivíduo que está em atividade ilícita. “A reação é sempre proporcional à ameaça”, disse. 

CÂMERA NA FARDA 

Por enquanto, não há previsão para a implantação de body cam em Mato Grosso do Sul, que são as câmeras acopladas nos uniformes dos policiais militares. O recurso é usado em alguns estados do País, para filmar as ações policiais.

Em São Paulo, por exemplo, um levantamento feito entre dezembro de 2020 e novembro de 2021 mensurou o impacto da implementação das Câmeras Opcionais Portáteis (COPs) sobre as ocorrências de mortes por intervenções policiais, comparando 15 batalhões que adotaram as COP e 15 unidades que não implementaram as body cam.

Foi constatado uma redução de 87% no número de óbitos decorrentes de ações policiais nas unidades em que foram implantadas as COP. O estudo, porém, também indica que as câmeras podem reduzir o número de apreensões de armas e prisões.

O secretário da Sejusp informou que o Estado fez a opção de ter o equipamento quando o governo federal destinar esse tipo de tecnologia para as polícias federais e os estados, para que tudo seja feito de uma forma padronizada e ligada a todo o País. 


 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Bairros ficaram sem coleta de lixo por falta de trabalhadores, diz Solurb

Com a ausência de 40% dos funcionários, bairros e até a região central ficaram desassistidos

08/12/2025 17h00

Divulgação Solurb

Continue Lendo...

Alguns bairros, inclusive parte da região central, ficaram sem o serviço de coleta de lixo em Campo Grande. A Solurb informou que o problema ocorreu devido à falta inesperada de funcionários.

Por meio de nota, a empresa responsável pela coleta dos resíduos explicou que houve ausência de 40% do efetivo, o que afetou bairros na última sexta-feira (5) e no sábado (6).

A empresa negou que esteja ocorrendo qualquer tipo de greve por parte dos funcionários. Os seguintes bairros e regiões ficaram sem o serviço:

  • Na sexta-feira (05/12), ficaram sem coleta, parcial ou total, bairros como Jardim dos Estados, parte da região central e Vila Carvalho. Essas áreas foram regularizadas no sábado (06/12).
  • No sábado (07/12), devido à continuidade das ausências, não foi possível concluir a coleta na Vila Sobrinho, parte do Taveirópolis, Vila Planalto e Amambaí.
  • No São Francisco, a coleta prevista para sexta-feira foi executada no sábado, em turno diurno.

A empresa ressaltou que, para evitar que o problema ocorra novamente, está adotando algumas iniciativas para reforço das equipes. Entre as ações estão:

  • Redistribuição de rotas entre turnos e setores;
  • Contratação emergencial de novos coletores;
  • Retorno de colaboradores que estavam em férias;
  • Monitoramento intensivo das regiões pendentes para priorização da coleta.

Restabelecimento do serviço

A Solurb informou que espera regularizar a coleta nesta segunda-feira (08), quando os bairros que não foram atendidos terão prioridade.

“Para os demais setores atendidos rotineiramente no período noturno, a expectativa é de que a coleta ocorra normalmente, salvo nova ocorrência excepcional de ausências.”

Confira a nota da empresa:

“A Solurb orienta que os moradores mantenham o acondicionamento adequado dos resíduos e respeitem o calendário de coleta do seu setor.

A CG Solurb reforça que está integralmente empenhada em restabelecer a plena normalidade e a excelência na prestação dos serviços, padrão que sempre norteou sua atuação ao longo da concessão. Tão logo a recomposição da mão de obra seja concluída e os índices de ausência retornem à normalidade, a operação deverá seguir sem novos impactos.

A empresa reafirma seu compromisso com a cidade de Campo Grande e com a qualidade dos serviços de limpeza urbana, mantendo todos os esforços concentrados para garantir segurança operacional, regularidade e eficiência à população.”
 

Assine o Correio do Estado

DROGAS

Cão policial ajuda a prender traficantes em operação da Polícia Civil

Em dois dias, Operação Faro, em Campo Grande, interceptou cerca de 5 quilos de drogas em agência do Correios e quatro ônibus

08/12/2025 16h45

Cão farejador identificou drogas em quatro ônibus que vinham de Corumbá e tinham como destino a cidade de São Paulo

Cão farejador identificou drogas em quatro ônibus que vinham de Corumbá e tinham como destino a cidade de São Paulo Divulgação: Polícia Civil

Continue Lendo...

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), realiza, durante este mês de dezembro, a Operação Faro, que conta com a ajuda de cães farejadores para encontrarem drogas em malas dos ônibus e encomendas nos Correios.

Em uma das abordagens, a ação contou com apoio da Subgerência de Segurança Corporativa dos Correios. As embalagens foram enviadas de Paranhos e Ponta Porã. A primeira embalagem tinha como destino a cidade de Montes Claros (MG), com 2,248 quilos de skunk, divididos em sete porções. E a segunda encomenda iria para Aparecida de Goiânia (GO), com 100 gramas de haxixe marroquino.

Durante a triagem de encomendas, o cão Colt-K9 sinalizou positivamente para duas embalagens, indicando possível presença de substâncias ilícitas. Após a conferência, foram localizadas porções de maconha do tipo skunk e haxixe marroquino, totalizando 2,348 quilos de entorpecentes.

Uma outra fiscalização da Polícia Civil, junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Campo Grande, interceptou cerca de 2,860 quilos de cocaína.  

As autoridades receberam informações de que vários ônibus provenientes de Corumbá, rota do tráfico que faz fronteira com a Bolívia, estavam parados a poucos quilômetros do ponto onde eram realizadas fiscalizações. As equipes se deslocaram e encontraram quatro veículos, que foram encaminhados ao posto da PRF para revistarem os veículos. 

Durante a inspeção no ônibus que seguia de Corumbá para São Paulo, o cachorro indicou três mochilas pertencentes aos passageiros com idades de 38, 26 e 23 anos, todos de nacionalidade boliviana. No interior das bagagens foram localizadas embalagens de lenço umedecido e frascos de shampoo contendo cápsulas de cocaína.

Com o de 38, os policiais encontraram 66 cápsulas, totalizando 824 gramas. O de 26 transportava outras 66 cápsulas, pesando 834 gramas. Já com o de 23 foram apreendidas 100 cápsulas, somando 1.202 gramas. Os três informaram que receberiam R$ 2.500,00 pelo transporte da droga e que viajavam juntos desde a Bolívia.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).