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INTERIOR

Motorista sem antecedentes é preso com R$ 5 milhões em cocaína

Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico prendeu homem de 22 anos em carreta que tinha 215 kg de entorpecentes com destino à Maringá, onde valor da droga poderia duplicar

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Em um fundo falso de uma carreta, policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) localizaram uma carga de cocaína - avaliada em R$ 5 milhões em MS - camuflada em fundo falso do veículo que estava sob posse de um motorista de 22 anos, que sequer tinha antecedentes criminais e ia de carreta rumo à Maringá, onde o valor comercial da droga poderia duplicar.

Titular de Denar, o delegado Hoffman D’Ávila Cândido e Sousa aponta que, justamente pela localização geográfica de Mato Grosso do Sul e suas diversas fronteiras nacionais e internacionais, as forças policiais estão focadas em combater não só o tráfico doméstico como também o interestadual e transnacional. 

"Esse motorista foi abordado em Dourados, se contradisse e ficou bastante nervoso em relação à origem, ao destino, razão pela qual nós fizemos uma vistoria minuciosa na carreta com apoio da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e no momento que foi retirado o assoalho onde a droga estava acomodada, aí realmente ele confessou que estaria transportando, esse entorpecente", diz o delegado em coletiva desta sexta-feira (30). 

Como bem aponta o titular da Denar, nesse caso também foi observada uma estratégia antiga do crime organizado, que é camuflar o transporte de entorpecentes junto de uma carga lícita. 

"Ele estava entrando em uma empresa de grãos para descarregar uma carga de milho, novamente efetuar uma carga na carreta e seguir o destino que seria Maringá. Colocam a droga em fundo falso e carregam com uma lícita com nota fiscal, para fugir da força polícia", expõe Hoffman. 

Essa droga, segundo o delegado, estava acomodada junto ao eixo da carreta, o que gerou trabalho para as forças policiais, que precisaram retirar todo o assoalho do veículo, momento no qual o motorista confessou que estava sendo pago para transporte ilícito de substâncias, ou seja, servia de "mula" para o tráfico de drogas. 

Apreensões e tipos de drogas

CocaínaDroga em MS foi avaliada em R$ 5 milhões. Foto: Marcelo Victor/C.E

Sendo que as forças policiais contabilizam tanto a apreensão; prisão, bem como a própria retenção do veículo como prejuízo para o tráfico de drogas, Hoffman detalha que em Mato Grosso do Sul a carga de 215 kg poderia atingir valores que beira R$ 5 milhões. 

Entretanto, o delegado Hoffman D'ávila faz questão de ressaltar que, como o destino desse carregamento era Maringá, ao sair de Mato Grosso do Sul esse valor de comércio da substância poderia até mesmo duplicar. 

"Temos um olhar preocupante em relação a sufocar financeiramente as organizações criminosas, tentando descapitalizar com sequestro de bens, bloqueio de contas, além do prejuízo de imediato que a polícia, nessa apreensão, causa à organização, porque Aqui tem 5 milhões, ali tem uma carreta que não é roubada nem furtada, tá no nome do motorista, é outro prejuízo", cita Hoffman.

Aqui, o delegado detalha o tipo de substância encontrada, sendo que tanto pela pureza, quanto pelo condicionamento da droga, esse carregamento não se trata de uma quantidade que seria destinada à exportação, mas sim voltada para o comércio interno nacional. 

"A gente tem conhecimento, até pela textura; aparência e claro pelo teste reagente, que é uma droga comercial misturada, não é um cloridrato bem aguçado", cita. 

Ainda, sobre o visível aumento das apreensões, ele atribui ao trabalho das forças policiais sul-mato-grossenses - principalmente na região de fronteira -, que monitoram e investigam as mudanças comportamentais das quadrilhas em Mato Grosso do Sul. 

Isso porque, como bem explica Hoffman, o tráfico de drogas, como da cocaína nesse caso, depende da oferta e da procura, mas também fica a reboque de toda uma logística dos criminosos. 

"De quem vai comprar; quem faz o transporte; batedor, se tem fiscalização na estrada... então [os criminosos] ficam atentos à questão da segurança, envolve vários pormenores", complementa ele.

Nessa cadeia criminosa, Mato Grosso do Sul, pelas suas divisas com cinco Estados e outros dois países, ainda não perdeu o "status" de corredor do tráfico de drogas, com a própria capital de MS, Campo Grande, sendo hoje um entreposta de maconha e cocaína, segundo investigações da Denar. 

"Formam-se consórcios, a droga vem da fronteira e é destinada a outros estados. A gente trabalha dentro do inquérito policial, da investigação dos aparelhos de telefones apreendidos, para chegar em outros membros dessa organização, que são os autores intelectuais, financiadores de toda essa cadeia", conclui o delegado. 

 

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ABASTECIMENTO

Rompimento de tubulação causa lama nas casas do Rita Vieira

Moradores registraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras; Rede de fornecimento de água informou que a tubulação foi danificada por terceiros

24/11/2024 17h30

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água.

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água. Foto: Arquivo

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Um vazamento em uma tubulação de água deixou diversos moradores do bairro Rita Vieira sem água potável neste fim de semana em Campo Grande (MS). Segundo registros, a água no encanamento das casas chegou a sair com coloração marrom devido à presença de terra. 

Conforme Alexandre Cavalcanti, um dos moradores afetados pelo problema na tubulação, a água estava “parecendo a do Rio Aquidauana”, com coloração escura e presença de terra. De acordo com o morador, um filtro de água da casa acabou entupindo com o barro e a caixa d'água da casa ficou suja.

Em outro caso, Aparecida Yamaciro, também moradora do bairro, relatou que percebeu a coloração estranha ainda pela manhã deste domingo (24), enquanto regava as plantas da casa. Apesar do susto, afirmou não ter sofrido grandes danos. 

“Só percebi que algo estava acontecendo quando fui molhar as plantas hoje de manhã. A água saiu da mangueira bem turva. Felizmente, a minha caixa d’água estava cheia e o dano foi bem menor”, explicou. 

De acordo com a Águas Guariroba, concessionária responsável pelo fornecimento de água na cidade, o problema foi causado devido a uma quebra na tubulação, causada por terceiros. A concessionária também informou que o fornecimento será normalizado até o fim da tarde deste domingo. 

Confira:

“Águas Guariroba informa que neste sábado uma tubulação da rede de água da região do Rita Vieira foi danificada por terceiros. Com isso, a água da região apresentou coloração. Ainda na noite de sábado as equipes da concessionária realizaram o reparo da rede de abastecimento.

Neste domingo, a concessionária está na região realizando "descargas" na rede, para que a água com coloração seja descartada.

A Águas Guariroba agradece a compreensão dos moradores da região e reforça que qualquer ocorrência que necessite de intervenção da empresa deve ser registrada nos canais oficiais: 0800 642 0115 (SAC e WhatsApp), site www.aguasguariroba.com.br e aplicativo Águas.”

Abastecimento

Em outro episódio recente, em outubro, moradores de algumas regiões de Campo Grande tiveram lidar com a falta de água. Em alguns locais, moradores relataram  sofrer com o desabastecimento desde o fim de agosto.

Na época, a concessionária Águas Guariroba informou, em nota, que uma oscilação de energia elétrica afetou o abastecimento de água na Capital.

"Diante do tempo que o sistema de abastecimento da concessionária de água leva para retomar a distribuição, pode ocorrer baixa pressão[...]. É recomendado que os moradores pratiquem consumo consciente", explicou a concessionária.

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SEGURANÇA

Policia Penal de MS transfere 29 detentos em operação contra comunicação ilícita

A ação ocorre em todo o âmbito nacional com objetivo de realizar revistas minuciosas nos pavilhões e celas das cadeias

24/11/2024 17h00

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios Foto: Divulgação / Comunicação Agepen

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Durante a Operação Mute, a Policia Penal de Mato Grosso do Sul transferiu 29 detentos com objetivo de desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios impedindo a comunicação ilícita entre os envolvidos.

A ação ocorreu durante a 6ª fase da operação, que está sendo feita em âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Segundo a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 210 policiais penais estiveram envolvidos em MS, vistoriando 32 celas e resultando nesta transferência de 29 internos para outras unidades.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com participação de operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e supervisão de um representante da Senappen.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

OCORRÊNCIA

Tentativa de infiltrar celular em presídio falha, e Policia Militar apreende drone e aparelho celular que seria lançado pelo equipamento para dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), localizado no bairro Noroeste, no mês de setembro.

De acordo com as informações da Policia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), a guarnição do 9º Batalhão da Policia Militar foi acionada para apreender um drone e um celular, na estacão de tratamento de águas, localizado na BR 262.

O equipamento estaria sobrevoando a região em direção ao estabelecimento prisional do Instituto Penal de Campo Grande, quando devido a uma falha técnica, o drone que carregava o celular caiu nas proximidades do presídio.

Depois da Policia Penal interceptar em flagrante, no mês de maio,  um drone com baterias e fone de ouvido para celulares, que sobrevoava o Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) começou a se empenhar no combate ao uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado.

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