Cidades

LAVA JATO

MPF pede prisão de Lula e pagamento de
R$ 87 milhões em multas no caso do triplex

MPF pede prisão de Lula e pagamento de
R$ 87 milhões em multas no caso do triplex

G1

03/06/2017 - 08h02
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O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao juiz Sérgio Moro, nesta sexta-feira (3), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros seis réus sejam condenados pelos crimes de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro e que cumpram as respectivas penas em regime fechado.

O pedido consta nas alegações finais do processo que apura um suposto pagamento de propina por parte da OAS, por meio da entrega de um apartamento triplex no Guarujá, litoral paulista.

 MPF diz que o apartamento seria entregue a Lula, como contrapartida por contratos que a OAS fechou com a Petrobras, nos anos em que o político foi presidente da República. Também faz parte da denúncia o pagamento que a OAS fez à transportadora Granero, para que a empresa fizesse a guarda de parte do acervo que o ex-presidente recebeu ao deixar o cargo.

Entre os réus, também estão o ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, e outros executivos da construtora, que foram acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva também era ré, mas teve nome excluído da ação penal após a morte dela, em fevereiro deste ano.

Embora tenha pedido que todos sejam presos, o MPF diz que Léo Pinheiro, Agenor Franklin Medeiros e Paulo Gordilho, devem ter as penas reduzidas pela metade, "considerando que em seus interrogatórios não apenas confessaram ter praticado os graves fatos criminosos objeto da acusação, como também espontaneamente optaram por prestar esclarecimentos relevantes acerca da responsabilidade de coautores e partícipes nos crimes, tendo em vista, ainda, que forneceram provas documentais acerca dos crimes que não estavam na posse e não eram de conhecimento das autoridades públicas".

Os procuradores ainda ressaltaram que nenhum deles fez acordo de delação premiada, embora tenham reconhecido durante os respectivos depoimentos, que todos estavam em tratativas para fechar as colaborações.

No pedido, o MPF também quer que Moro determine a apreensão de R$ 87.624.971,26. O valor é correspondente ao montante de propinas que foram pagas nos contratos que a OAS firmou junto à Petrobras a agentes públicos.

Desse montante, Lula teria recebido um total de pouco mais de R$ 3 milhões, somando o valor do apartamento e do contrato entre a OAS e a Granero. Apesar disso, os procuradores pediram que o ex-presidente seja condenado a pagar outros R$ 87 milhões em multas.

As defesas têm até 20 de junho para contestar os argumentos do MPF, dentro do processo. Esta é a última fase da ação penal. Após todas as partes apresentarem as alegações finais, o processo volta ao juiz Sérgio Moro, que vai definir se condena ou absolve os réus.

Outros processos em Curitiba

Esse processo do triplex foi o primeiro apresentado pela força-tarefa do MPF responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba. Além dessa ação penal, os procuradores apresentaram outras duas denúncias à Justiça.

Lula foi denunciado pelo MPF por ter recebido propina também da Odebrecht, referente a contratos da empreiteira com a Petrobras. Nesse processo, em que testemunhas já estão sendo ouvidas, o ex-presidente é acusado de ter recebido um terreno em São Paulo, que seria usado para construir uma nova sede para o instituto social que leva o nome do político e também o apartamento vizinho ao que ele mora, em São Bernardo do Campo.

A defesa tem negado irregularidades nos dois casos, pois o Instituto Lula jamais transferiu a sede para o terreno apontado pelo MPF no processo. Em relação ao apartamento, o imóvel é usado pelos seguranças de Lula, mas o ex-presidente diz que pagou aluguel durante todo o tempo que ocupou o local.

Na terceira denúncia, que ainda não foi aceita pelo juiz Sérgio Moro, o MPF volta a acusar Lula de receber propina das construtoras OAS e Odebrecht. Segundo a denúncia, a primeira empreiteira pagou a instalação de uma cozinha em sítio, em Atibaia, no interior de São Paulo. Já a Odebrecht teria realizado reformas no imóvel, a pedido de Lula.

O sítio pertence, no cartório, aos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna. No entanto, durante a deflagração da 24ª fase da Operação Lava Jato, em que Lula foi um dos alvos, os investigadores encontraram diversos bens pessoais do ex-presidente no local. O MPF acredita que ele era o dono real do imóvel, o que a defesa também nega.

'Fim da palhaçada'

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (1º), ao discursar na abertura do 6º Congresso Nacional do PT, em Brasília, que já provou a inocência e pediu o fim da "palhaçada" das acusações contra ele.

"Eu não quero que vocês se preocupem com meu problema pessoal. Esse, eu quero decidir com o representante do Ministério Público, da Lava Jato. Quero decidir com eles. Eu já provei minha inocência. Agora vou exigir que eles provem minha culpa, porque cada mentira contada será desmontada", disse o ex-presidente.

"Eu e Dilma temos até conta no exterior. Eu nem sabia que ela tinha e ela não sabe que eu tenho. Um canalha diz que fez uma conta para mim e uma para a Dilma, mas que está no nome dele. E ele mexe com a grana. Então, é o seguinte: chegou o momento de parar com a palhaçada neste país. Este país não comporta mais viver nessa situação de achincalhamento, e o Partido dos Trabalhadores tem de dar uma resposta clara para a sociedade", acrescentou Lula.

Cidades

Corpo de turista que desapareceu no Rio Aquidauana é encontrado

Três pessoas caíram da embarcação na tarde de sábado (07); nenhum dos tripulantes da embarcação estariam usando o equipamento de segurança, sendo o colete salva-vidas

09/12/2024 13h30

Corpo de homem que desapareceu no Rio Aquidauana é encontrado

Corpo de homem que desapareceu no Rio Aquidauana é encontrado Reprodução

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Foi encontrado na manhã desta segunda-feira (9), o corpo do homem que desapareceu no Rio Aquidauana após a embarcação em que ele estava virar, no último sábado (7). 

Identificado como Marcos Rosa Tolentino, de 56 anos, estava junto com o filho e o piloto do barco no momento do acidente. 

Segundo repassado, nenhum dos tripulantes da embarcação estariam usando o equipamento de segurança, sendo o colete salva-vidas. O corpo foi encontrado a 1 quilômetro de distância de onde a embarcação virou.

Informações repassadas pelo Corpo de Bombeiros indicam que, ainda na tarde de sábado (07), a família aproveitava os últimos instantes em território sul-mato-grossense para registrar o passeio. 

Conforme a mídia local, o Corpo de Bombeiros foi acionado por volta de 15h30 para atender à ocorrência de desaparecimento. 

Essa família teria vindo do Estado de São Paulo, hospedando-se em um rancho localizado próximo à rodovia BR-262, entre os municípios de Aquidauana e Anastácio, indica o portal O Pantaneiro. 

O acidente

Visitantes em Mato Grosso do Sul, uma família vinda de São Paulo viveu momentos de tensão, após um barco virar no meio do Rio Aquidauana e o patriarca do grupo desaparecer, levado pela correnteza e força das águas no interior do Estado. 

Próximo a Cachoeira do Campo, eles subiam o rio no momento em que o barco virou, quando pai; filho e piloto caíram no Aquidauana. 

Conforme os populares no local, o homem (branco, alto e vestido de bota e calça jeans) de aproximadamente 60 anos estava em um lugar seguro num primeiro instante, porém, teria ido em busca do filho. 

Ainda, a mídia detalha que piloto e o filho citado teriam conseguido se segurar no barco.  

Sem a mesma sorte, o idoso segue desaparecido, sendo que as buscas foram suspensas no período noturno ontem (07), porém retomadas no primeiro horário da manhã de domingo (08).

Inclusive, ao Corpo de Bombeiros, o filho desse homem relatou Que seu pai entrou em um poço fundo do Rio Aquidauana e, com isso, acabou se afogando. 

**Colaborou Leo Ribeiro**

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NARCO ESTADO?

Sob domínio do tráfico, Paraguai dispensa ajuda dos EUA

Com cerca de 300 integrantes, a Senad, um grupo de elite especializado no combate ao tráfico, não quer mais ajuda da DEA, o grupo especializado norte-americano

09/12/2024 12h50

Senad e DEA atuaram em conjunto para interceptar carregamento de mais de 4 tonelada de cocaína em um porto próximo a Assunção

Senad e DEA atuaram em conjunto para interceptar carregamento de mais de 4 tonelada de cocaína em um porto próximo a Assunção

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Publicação do jornal norte-americano The Woshington Post, um dos mais renomados dos Estados Unidos, publicou reportagem na última sexta-feira (6) informando que a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) estava abrindo mão da ajuda direta que há anos vinha recebendo da Drug Enforcement Administration (DEA) no combate ao narcotráfico no país vizinho. 

Com cerca de 300 integrantes, o grupo de elite da polícia que integra a Senad tem forte presença na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul e, além de receber informações e treinamento da polícia dos EUA, recebe equipamentos dos norte-americanos. 

A parceria entre a Senad e a DEA foi firmada ainda durante a ditadura do ex-presidente Alfredo Stroessner, que comandou o Paraguai durante quase 35 anos, de agosto de 1954 até fevereiro de 1989. 

E, diante da repercussão negativa que o fim desta parceria estava causando, o ministro do interior do Paraguai, Enrique Riera, convocou coletiva de imprensa negando que o Paraguai estava abrindo mão da ajuda da DEA. Ele garantiu que a partir de agora este apoio dos EUA será redirecionado à Polícia Nacional. 

Polícia Nacional é a chamada “polícia comum” e, segundo o ministro, o grupo de inteligência da DEA vai passar a assessorar esta polícia, embora os agentes da Senad sejam exclusivamente destinados ao combate ao tráfico de drogas. 

Um dos primeiros a reagir foi o ex-presidente Mario Abdo Benitez, que classificou o rompimento como um “grande retrocesso” no combate ao narcotráfico, que, segundo ele, não tem mais fronteiras. O deputado colorado Maurício Espínola é outro que não poupou críticas. 

“Sem cooperação internacional, a luta contra o crime organizado é impossível”, afirmou, segundo reportagens do jornal ABC Color, o principal do país vizinho. Segundo outro deputado, Gerardo Soria, este é mais um passo para transformar o Paraguai em um “Narco Estado”. 

Conforme oposicionistas, o rompimento aconteceu depois de uma operação policial na qual foi morto o deputado Lalo Gomes, em 19 de agosto deste ano, em Pedro Juan Caballero, cidade que faz divisa com Ponta Porã. 

Lalo Gomes era investigado por supostamente ser o responsável pela lavagem de dinheiro de traficantes com Fernandinho Beira-Mar, Cabeça Branca e o sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão. Oficialmente, ele teria reagido a tiros a uma operação policial em sua casa. Para familiares, porém, ele teria sido executado por agentes da Senad. 

Para deputados de oposição ao atual governo, com este rompimento pretende-se impedir que a DEA  interfira nas investigações que poderiam resultar na descoberta que integrantes do Governo fazem integram grupos de narcotraficantes, principalmente de cocaína. 

E é justamente a cocaína que nos últimos três ou quatro anos, segundo estes críticos, tomou conta do Paraguai, que antes enfrentava principalmente o tráfico e plantio de maconha. 

Boa parte desta cocaína acaba passando por Mato Grosso do Sul rumo ao grandes centros consumidores e rumo aos portos de Santos e Paranaguá, de onde as drogas são despachadas para a Europa e a Ásia. 

Só nos primeiros 11 meses deste ano as polícias de Mato Grosso do Sul apreenderam 17 toneladas de entorpecentes. Até 2020, o volume anual variava entre 4 e 5 toneladas. 

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