Cidades

TRÁFICO

MS apreende mais de 10% de toda cocaína barrada nos 27 estados

São 4 toneladas em apenas cinco meses, diante das 39 toneladas apreendidas no País

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Mato Grosso do Sul já apreendeu mais de 10% de toda a cocaína interceptada pela Polícia Federal nos 27 estados brasileiros, apesar de ser apenas um corredor desse tipo de entorpecente e ter a fronteira com o Paraguai como uma de suas principais portas de entrada para o tráfico de drogas e armas.

Dados da Federal indicam que nos primeiros cinco meses deste ano foram retidas, pela própria PF, cerca de 39,3 toneladas de cocaína em todo o País, contra 23,2 toneladas no mesmo período do ano passado. O volume indica um aumento de 69,4% nas interceptações, de um intervalo para o outro. 

DESEMPENHO

Somente em Mato Grosso do Sul, nos mesmos cinco meses deste ano, foram apreendidas pela PF 4,04 toneladas de cocaína, diante de apenas 1,9 tonelada no mesmo período de 2018. De modo geral, o volume recolhido até maio já supera a cocaína apreendida no Estado durante todo o ano passado, quando chegou a 3,97 toneladas.

Nos levantamentos de cinco meses da Federal não estão computadas apreensões realizadas a partir de junho. No dia 27 do mês passado, por exemplo, o organismo policial apreendeu 253 quilos do entorpecente na região de Maracaju. As embalagens de cocaína estavam acondicionadas no tanque de combustível de uma carreta que transportava milho. O motorista do veículo relatou que seguiria com a carga até o Porto de Santos (SP), uma das portas de saída da droga enviada em direção à Europa. 

Conforme a polícia, grande parte da cocaína que passa pelo Brasil vem da Bolívia e Colômbia, via Paraguai. Na prática, de grande produtor de maconha, o país vizinho transformou-se em corredor de cocaína.

Por essa rota, significativos carregamentos do entorpecente são levados de avião da Bolívia, ao Paraguai e depois entram no Brasil por terra, inclusive pelo Mato Grosso Sul, usando Ponta Porã e outros municípios fronteiriços. Para isso, são empregados caminhões de combustíveis ou de óleo vegetal, tanques de combustível de grandes veículos e cargas de minérios, produtos agrícolas e outros, rumo a portos como os de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Itajaí (SC). 

Duas toneladas são apreendidas em portos

Somente nesta quinta-feira, mais de duas toneladas de cocaína foram apreendidas nos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP). Durante a madrugada, a Alfândega da Receita Federal interceptou 662 quilos da droga no Porto de Paranaguá. A carga, que seria levada para o Porto da Antuérpia, na Bélgica, estava distribuída em tabletes, dentro de um contêiner com madeiras.

O entorpecente foi localizado por meio do escâner em uma operação de rotina, junto da Polícia Federal, no Terminal de Contêineres do porto. 

Essa é a 13ª apreensão realizada pela Receita em 2019, em Paranaguá, totalizando 8,2 toneladas de cocaína.

Ontem, ainda pela manhã, pelo menos 1.425 quilos de cocaína foram encontrados em meio a fígado de frango congelado, no Porto de Santos. O carregamento foi interceptado no cais, antes de ser embarcado no navio Maersk Labrea para ser transportado até o Porto de Valência, na Espanha, por onde seria distribuído na Europa. A Receita Federal identificou três contêineres refrigerados suspeitos em um terminal da margem direita, na região da Alemoa. As caixas metálicas armazenavam oficialmente 70 toneladas de miúdos, mas imagens de escâneres e cães farejadores identificaram a cocaína. (TG)

Cidades

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

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Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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