O Boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgado hoje (17), com dados dos dias 67 a 12 de julho, apontou que Mato Grosso do Sul apresenta incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em limiares de alto risco, apontando que os casos estão em patamares muito elevados. Campo Grande apresenta níveis de SRAG em níveis de Risco, com incidência elevada de casos.
Apesar disso, na Capital, a tendência é que haja uma estabilidade e até queda nos casos a longo prazo. No Estado, a probabilidade é de queda em 95%, de acordo com a análise de dados anteriores e projeção futura.
O boletim mostra que Mato Grosso do Sul faz parte da lista dos 25 estados que apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco. Apenas Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins apresentam incidência da doença em nível de segurança.
Segundo a Fiocruz, apesar da redução de novos casos de SRAG pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e Influenza A em grande parte do País, os casos nas crianças pequenas, associados ao VSR permanecem em níveis elevados de incidência em boa parte dos estados, com exceção do Piauí, Tocantins e do Distrito Federal.
Já entre os idosos, os casos da Síndrome Respiratória associados ao vírus da Influenza A continuam em índices de incidência de moderado a alto na maioria dos estados da região Centro-Sul (menos GO, DF e RJ), além de alguns estados do Norte e do Nordeste.
Fonte: FiocruzSRAG
Em Mato Grosso do Sul, foram registrados, até agora 6.352 casos de SRAG, sendo 3.933 com agente etiológico identificado, 2.014 não especificados e 405 aguardando a classificação final. Foram registrados 539 óbitos até o último boletim da Secretaria de Saúde de MS, no dia 10 de julho.
A faixa etária com maior incidência de casos continua sendo a de crianças de 0 a 9 anos, correspondendo a 52,13% de todos os casos registrados no Estado.
O maior número de óbitos é registrado em idosos de 80 anos ou mais, que correspondem a 27,8% dos números.
Entre os agentes etiológicos detectados, a maior parte dos casos é causado pelo Vírus Sincicial Respiratório (40,1%), seguido de Rinovírus (25,6%), Influenza A H1N1 (16,6%) E SARS-CoV-2, o vírus da Covid (4,1%).
Vacinação
Em Campo Grande, foram aplicadas 318.657 doses da vacina contra o vírus da Influenza até o dia 15 de julho. Destas, 112.167 foram aplicadas na população alvo. Esse número corresponde a 50,05% de cobertura vacinal para essa categoria, de acordo com o Ministério da Saúde.
A vacina continua disponível nas unidades de saúde da Capital para todas as pessoas acima de 6 meses de idade.


