Cidades

MARCO REGULATÓRIO

MS deve implementar marco regulatório para quitar dívidas da Santa Casa e outros hospitais do Estado

A proposta é de autoria do deputado Pedrossian Neto (PSD) e foi discutida durante reunião com diretores e representantes das unidades hospitalares

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A Santa Casa de Campo Grande e outros hospitais filantrópicos do Estado enfrentam um problema antigo com dívidas. Para solucionar isso, Mato Grosso do Sul deve implementar o marco regulatório para que esses e outros hospitais possam ser beneficiados. O projeto que ainda será discutido, foi elaborado durante reunião entre os diretores e representantes dos hospitais.

O encontro aconteceu nessa segunda-feira (13) na Assembleia Legislativa e contou com a presença do deputado Pedrossian Neto (PSD), da deputada Mara Caseiro (PSDB), do presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso do Sul (FEHBESUL), Ivandro Fonseca, e representantes de outros hospitais da Capital e do interior.

Para o deputado Pedrossian Neto, autor do requerimento que já tramita na Casa de Leis, a pauta é urgente pois “não é possível fazer saúde se os hospitais não tiverem saúde financeira”.

A criação de um marco regulatório tem como objetivo modificar o relacionamento entre os hospitais e o poder público e ajudar a resolver os problemas relacionados às finanças. 

Além disso, o marco regulatório visa estabelecer para o poder público critérios de reajustes dos contratados e normas de transparência na gestão e aplicação de recursos nos  hospitais.

“Nós precisamos criar uma forma de relacionamento que, de um lado, assegure o poder de compra desses contratos, para que os hospitais não tenham dificuldade e, de outro, que nós possamos exigir deles um compromisso absoluto de transparência, de governança, de compliance, para que todos os recursos públicos ali depositados possam ser bem empregados”.

O parlamentar também afirma que a criação do marco regulatório é uma forma de estabelecer regras, algo que não existe atualmente, e reduzir os déficits operacionais. 

“Os incentivos de contratualização não têm regras de reajustes. Então, é natural que fiquem defasados. É preciso fixar um indexador, para que os hospitais possam ter poder de compra”.

Para a deputada Mara Caseiro, integrante do grupo que assina o pedido, o marco regulatório pode ser solucionar uma carência antiga enfrentada pelos principais hospitais, em especial a Santa Casa de Campo Grande.

“Acho que o marco regulatório pode dar uma solução que há tanto tempo a gente vem buscando. Deve ser algo construído em conjunto. Temos que construir uma solução conjunta e eu me coloco à disposição para isso”.

Encaminhamentos

Além da proposta, será feito um levantamento da situação financeira dos hospitais. Será considerado a receita, despesa, os resultados, e também, a dívida como os fornecedores e funcionários. 

O documento será encaminhado para o governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB) e para o secretário de Saúde, Maurício Simões Corrêa.

Outro encaminhamento diz respeito ao não recebimento do incentivo financeiro pelos hospitais que atendem pacientes do Sistema único de Saúde (SUS). 

De acordo com a Portaria 929/2012, do Ministério da Saúde, é estabelecido um adicional de 20% no valor anual contratualizado, entretanto algumas unidades de Mato Grosso do Sul não estão recebendo o benefício. 

Dívidas

Segundo o levantamento, não é possível ter uma ideia exata sobre a dimensão das dívidas enfrentadas pela Santa Casa de Campo Grande, assim como de outros hospitais filantrópicos. No entanto, estima-se que a dívida acumulada é próxima de R$ 50 milhões.

De acordo com o coordenador administrativo do hospital do Câncer Alfredo Abrão (HCAA), Amilton Fernandes, o hospital tem um débito total de R$ 10 milhões. 

“O hospital vive um déficit crônico, vem administrando dívidas, ficando para trás algo como R$ 770 mil por mês. Temos uma receita média de R$ 3,25 milhões por mês e temos uma despesa em torno de R$ 4 milhões por mês“.

Só no ano passado, a Santa Casa de Campo Grande emitiu um alerta para o desabastecimento de medicamentos causado por um desequilíbrio econômico financeiro, e suspendeu os procedimentos não caracterizados como urgência e emergência, impedindo o tratamento e acompanhamento adequado aos pacientes.

Na época, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirmou, em nota, que o acúmulo de dívidas calculadas em mais de R$ 500 milhões do hospital é um resultado de décadas.

"A Sesau informa que o desequilíbrio financeiro da Santa Casa é decorrente de dívidas de mais de R$ 500 milhões de reais, resultados de inadimplências recorrentes há décadas, não sendo de responsabilidade do município de Campo Grande arcar com estes valores.

O município não possui nenhuma pendência financeira com o hospital. Todos os repasses estão sendo feitos em dia, inclusive com valores a maior do que está previsto em convênio através de emendas e incentivos. Todos os repasses foram feitos dentro do que estava pactuado. De janeiro a julho deste ano, o hospital já recebeu R$173,3 milhões. Desde 2017 foram mais de R $1,6 bilhão destinados à Santa Casa. Cabe ao hospital esclarecer sobre eventuais problemas gerenciais que culminaram no alegado déficit".

 

Cidades

Bairros ficaram sem coleta de lixo por falta de trabalhadores, diz Solurb

Com a ausência de 40% dos funcionários, bairros e até a região central ficaram desassistidos

08/12/2025 17h00

Divulgação Solurb

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Alguns bairros, inclusive parte da região central, ficaram sem o serviço de coleta de lixo em Campo Grande. A Solurb informou que o problema ocorreu devido à falta inesperada de funcionários.

Por meio de nota, a empresa responsável pela coleta dos resíduos explicou que houve ausência de 40% do efetivo, o que afetou bairros na última sexta-feira (5) e no sábado (6).

A empresa negou que esteja ocorrendo qualquer tipo de greve por parte dos funcionários. Os seguintes bairros e regiões ficaram sem o serviço:

  • Na sexta-feira (05/12), ficaram sem coleta, parcial ou total, bairros como Jardim dos Estados, parte da região central e Vila Carvalho. Essas áreas foram regularizadas no sábado (06/12).
  • No sábado (07/12), devido à continuidade das ausências, não foi possível concluir a coleta na Vila Sobrinho, parte do Taveirópolis, Vila Planalto e Amambaí.
  • No São Francisco, a coleta prevista para sexta-feira foi executada no sábado, em turno diurno.

A empresa ressaltou que, para evitar que o problema ocorra novamente, está adotando algumas iniciativas para reforço das equipes. Entre as ações estão:

  • Redistribuição de rotas entre turnos e setores;
  • Contratação emergencial de novos coletores;
  • Retorno de colaboradores que estavam em férias;
  • Monitoramento intensivo das regiões pendentes para priorização da coleta.

Restabelecimento do serviço

A Solurb informou que espera regularizar a coleta nesta segunda-feira (08), quando os bairros que não foram atendidos terão prioridade.

“Para os demais setores atendidos rotineiramente no período noturno, a expectativa é de que a coleta ocorra normalmente, salvo nova ocorrência excepcional de ausências.”

Confira a nota da empresa:

“A Solurb orienta que os moradores mantenham o acondicionamento adequado dos resíduos e respeitem o calendário de coleta do seu setor.

A CG Solurb reforça que está integralmente empenhada em restabelecer a plena normalidade e a excelência na prestação dos serviços, padrão que sempre norteou sua atuação ao longo da concessão. Tão logo a recomposição da mão de obra seja concluída e os índices de ausência retornem à normalidade, a operação deverá seguir sem novos impactos.

A empresa reafirma seu compromisso com a cidade de Campo Grande e com a qualidade dos serviços de limpeza urbana, mantendo todos os esforços concentrados para garantir segurança operacional, regularidade e eficiência à população.”
 

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DROGAS

Cão policial ajuda a prender traficantes em operação da Polícia Civil

Em dois dias, Operação Faro, em Campo Grande, interceptou cerca de 5 quilos de drogas em agência do Correios e quatro ônibus

08/12/2025 16h45

Cão farejador identificou drogas em quatro ônibus que vinham de Corumbá e tinham como destino a cidade de São Paulo

Cão farejador identificou drogas em quatro ônibus que vinham de Corumbá e tinham como destino a cidade de São Paulo Divulgação: Polícia Civil

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A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), realiza, durante este mês de dezembro, a Operação Faro, que conta com a ajuda de cães farejadores para encontrarem drogas em malas dos ônibus e encomendas nos Correios.

Em uma das abordagens, a ação contou com apoio da Subgerência de Segurança Corporativa dos Correios. As embalagens foram enviadas de Paranhos e Ponta Porã. A primeira embalagem tinha como destino a cidade de Montes Claros (MG), com 2,248 quilos de skunk, divididos em sete porções. E a segunda encomenda iria para Aparecida de Goiânia (GO), com 100 gramas de haxixe marroquino.

Durante a triagem de encomendas, o cão Colt-K9 sinalizou positivamente para duas embalagens, indicando possível presença de substâncias ilícitas. Após a conferência, foram localizadas porções de maconha do tipo skunk e haxixe marroquino, totalizando 2,348 quilos de entorpecentes.

Uma outra fiscalização da Polícia Civil, junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Campo Grande, interceptou cerca de 2,860 quilos de cocaína.  

As autoridades receberam informações de que vários ônibus provenientes de Corumbá, rota do tráfico que faz fronteira com a Bolívia, estavam parados a poucos quilômetros do ponto onde eram realizadas fiscalizações. As equipes se deslocaram e encontraram quatro veículos, que foram encaminhados ao posto da PRF para revistarem os veículos. 

Durante a inspeção no ônibus que seguia de Corumbá para São Paulo, o cachorro indicou três mochilas pertencentes aos passageiros com idades de 38, 26 e 23 anos, todos de nacionalidade boliviana. No interior das bagagens foram localizadas embalagens de lenço umedecido e frascos de shampoo contendo cápsulas de cocaína.

Com o de 38, os policiais encontraram 66 cápsulas, totalizando 824 gramas. O de 26 transportava outras 66 cápsulas, pesando 834 gramas. Já com o de 23 foram apreendidas 100 cápsulas, somando 1.202 gramas. Os três informaram que receberiam R$ 2.500,00 pelo transporte da droga e que viajavam juntos desde a Bolívia.

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