Cidades

EDUCAÇÃO

MS está entre os estados que não têm lei que proíbe uso de celular nas escolas

O Estado tem apenas regras previstas em regimento escolar e outras determinações escolares que visam sobre o assunto

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O Ministério da Educação (MEC), com apoio do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), prepara para este mês um projeto de lei que visa proibir o uso de celular em escolas públicas e particulares de todo o País. No entanto, alguns estados já têm legislação específica sobre o tema, e Mato Grosso do Sul está entre as sete unidades da federação que não contam com uma lei que estabelece regras para o uso do aparelho.

Segundo assessoria da Secretaria Estadual de Educação (SED), o Estado não tem uma lei específica para este fim, mas tem no regimento escolar uma regra que veda o uso dos aparelhos em sala de aula e orienta quanto à utilização, que, de acordo com a SED, pode ser feita a pedido do professor responsável durante a realização de atividade pedagógica.

A SED relata ainda que esse regimento é válido para todas as unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE), mas a Pasta só vai se posicionar a respeito dessa iniciativa do governo federal quando houver uma resolução concreta por parte do MEC.

Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Campo Grande informou que a proibição do uso de aparelho celular em sala de aula nas escolas municipais é proibido desde 2019, mas também seguindo o regimento escolar.

“Segundo a norma, é proibido o uso do aparelho celular ou similar em sala de aula, postar em redes sociais, gravar áudio ou realizar filmagens dentro do ambiente de ensino, com prejuízos ao processo de aprendizagem e à imagem da unidade escolar, ressalvados os casos em que serão utilizados para fins pedagógicos e que tenham sido acordados com o docente e/ou equipe técnico-pedagógica”, informa a Semed, em nota.

DIFICULDADE

Entretanto, mesmo que conste nos regimentos escolares – e nas leis, no caso de outros estados –, a proibição do uso de celulares em salas de aula ou nas unidades de ensino, essa medida ainda não é algo que foi implementada de fato no País, no Estado ou na Capital.

Conforme relatou o Globo, há atualmente 20 estados que contam com leis que visam estabelecer regras para o uso desses aparelhos nas escolas. No entanto, segundo a pesquisa TIC Educação 2023, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIBR), apenas 12% das unidades de ensino declararam adotar a medida na íntegra.

O jornal carioca ainda traz um levantamento que indica que essas leis de proibição do uso de celulares em sala de aula existem desde 2004, porém, grande parte está desatualizada, com regras para o uso de MP3, aparelho que já não é utilizado atualmente, por conta das novas tecnologias.

Lucio Rodrigues Neto, diretor escolar e presidente da Associação das Instituições de Ensino Particular de Campo Grande (AIEPCG), informou que em algumas escolas particulares de Campo Grande já ocorreu a implementação da proibição de uso de celulares em salas de aula, como nos colégios Harmonia e Refferencial, e a aceitação, tanto de alunos quanto de responsáveis, foi tranquila, já que houve um diálogo antes da iniciativa ser efetivada.

No âmbito estadual, não há informações a respeito de dispositivos legais que visam a implementação da regra do uso de celulares, previsto no regimento. A assessoria da SED comenta que são as escolas que aplicam essas diretrizes, já que isso não se trata de uma lei, que prevê um mecanismo de aplicação.

A SED esclarece ainda que o regimento escolar prevê não apenas a regra do uso de celulares, mas outras medidas que também ficam a critério das escolas. Em Campo Grande, não há informação a respeito do cumprimento da regra do não uso de celulares em salas de aula.

IMPORTÂNCIA

Rodrigues Neto relata ainda que, atualmente, há somente normas internas de cada escola sobre o uso dos celulares, já que não há uma legislação estadual sobre o tema. O presidente da AIEPCG enxerga a iniciativa do governo federal como positiva, “já que está comprovado que o excesso de tecnologia faz mal para as crianças”.

Em nota ao Correio do Estado, Rodrigues Neto comenta ainda que a proibição de celulares em escolas pode trazer diversos impactos positivos, como o aumento da concentração, melhora do desempenho acadêmico, melhora das habilidades sociais, entre outros, criando um ambiente escolar mais “saudável”.

“Melhora nas habilidades sociais, a ausência de celulares incentiva a interação face a face entre os alunos, promovendo o desenvolvimento de habilidades de comunicação, empatia e resolução de conflitos”, pontua.

Rodrigues Neto acrescenta ainda que há uma redução do cyberbullying, pois com o uso de celulares limitados, há menos oportunidades para que essa prática agressiva aconteça durante o horário escolar. Para ele, isso cria um ambiente mais saudável e seguro para os alunos.

“Sem a tentação de usar o celular o tempo todo, os alunos podem se envolver mais em atividades físicas e recreativas durante o intervalo, o que contribui para um estilo de vida mais equilibrado”, alega.

Há também um maior tempo de qualidade com o aprendizado, relata Rodrigues Neto, já que a proibição de celulares elimina o hábito de consultas rápidas em redes sociais e jogos durante as aulas, o que faz com que haja um aproveitamento mais profundo do conteúdo educacional. Além disso, os alunos podem também ter um maior desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade.
 

PREVISÃO DO TEMPO

Semana começa com tempo estável, mas chuva promete dar as caras em MS

Apesar da segunda-feira (14) de sol em boa parte do Estado, quase todo o território sul-mato-grossense tem chuva prevista a partir da terça-feira (15)

13/10/2024 18h00

Campo Grande começa semana com 38 °C, mas já na quarta-feira (16), o campo-grandense pode reservar o guarda-chuva

Campo Grande começa semana com 38 °C, mas já na quarta-feira (16), o campo-grandense pode reservar o guarda-chuva Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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Mesmo que o sol predomine a partir de amanhã (14) em Mato Grosso do Sul, a chuva deve voltar a dar as caras nesses meados de outubro em boa parte do território sul-mato-grossense, com a segunda metade do mês prevendo acumulados entre 30 - 100 mm.        

É o que aponta a tendência meteorológica prevista pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), indicando a probabilidade de chuva, que já deve aparecer nesse meio de semana. 

Campo Grande, por exemplo, inicia a semana com aumento na temperatura, que atinge máximas de 38 °C numa segunda e terça-feira (14 e 15) bastante encoberta de nuvens. 

Porém, já na quarta-feira (16), o campo-grandense pode reservar o guarda-chuva, pois, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (16) está previsto um dia bastante encoberto e com chuvisco, além da queda na temperatura a partir de quinta (17). 

Demais regiões

Pedro Gomes, que viu chuva desde o domingo (13), só terá a segunda-feira (14) de descanso das precipitações, quando os termômetros também sobem até a casa de 38 °C. 

Isso porque, a partir de terça-feira (15) o município ao norte de Mato Grosso do Sul, distante cerca de 305 km da Capital, deve registrar chuva até o início do próximo final de semana. 

No extremo oposto do mapa sul-mato-grossense, o município de Mundo Novo mantém o clima de muitas nuvens e observa um leve aumento na temperatura, até 33 °C na terça-feira (15), a partir de quando a chuva também promete dar as caras. 

Ao leste de Mato Grosso do Sul, Água Clara também vê os termômetros subirem a partir de amanhã (14) e só observa tendência de queda na temperatura a partir de quarta-feira (16). 

Na terça-feira (15), o município distante cerca de 192 km de Campo Grande vê fortes pancadas de chuva isolada, sendo que o clima mais encoberto e com chuvisco se mantém até quinta-feira (17). 

Por fim, a Cidade Branca, que fica no extremo-oeste de Mato Grosso do Sul, região do Pantanal, já amanhece a segunda-feira (14) encoberta e com chuviscos, porém, com termômetros que beiram a casa dos quarenta graus. 

Para a terça-feira (15) estão previstas pancadas de chuva isolada, que também se mantém até quinta-feira (17) e chegam justamente para abaixar a temperatura no município corumbaense. 

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luto

Morre o publicitário Washington Olivetto, criador do garoto Bombril

Ele ficou quase cinco meses internado no hospital Copa Star, no Rio, por complicações pulmonares

13/10/2024 17h35

DIVULGAÇÃO

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Washington Olivetto morreu neste domingo (13), às 17h15, aos 73 anos, vítima de falência múltipla de órgãos.

O publicitário ficou quase cinco meses internado no hospital Copa Star, no Rio, por complicações pulmonares.

Descendente de italianos da região da Ligúria, nasceu no bairro da Lapa, na cidade de São Paulo, e cursou comunicação e psicologia, mas não chegou a se formar.

Sua carreira começou em 1969, aos dezoito anos, como redator em uma agência de publicidade, na qual foi procurar vaga como estagiário ao ter o pneu de seu carro furado em frente à empresa.

O Corinthians, time do coração e uma paixão herdada de seu tio Armando, mereceu também sua atenção editorial. Sobre o clube, do qual foi vice-presidente de marketing e um dos fundadores do movimento Democracia Corinthiana, nos anos 1980, escreveu "Corinthians x Outros" e "Corinthians – É Preto no Branco", este com Nirlando Beirão. Em 2013, a escola de samba Gaviões da Fiel o homenageou em seu desfile de Carnaval, cujo tema foi a história da publicidade brasileira.

Percebeu na adolescência que poderia juntar a paixão pelas letras com o ato de vender. Decidiu então tentar ser publicitário. "Aprendi a ler muito cedo, com cinco anos, e sempre gostei de escrever. Tanto que queria escrever para todas as mídias, jornal, revista, rádio, televisão", contou, certa vez.

O publicitário teve uma vida repleta de prêmios, viagens, idas a botequins e galerias de arte, mas também episódios tristes e curiosos —como a doença que não era doença e lhe deu uma bagagem literária acima da média para uma criança— e o sequestro do qual foi vítima, em 2001.

Depois de 53 dias confinado em um quarto de um metro de largura por três de comprimento, sem janelas ou entrada de luz, ele foi resgatado com a ajuda de uma estudante de Medicina que suspeitou dos barulhos que vinham do quarto da casa ao lado da sua.

Ela usou o estetoscópio para ouvir o pedido de socorro pouco ortodoxo de Olivetto assim que os sequestradores saíram de casa. Havia faltado luz e a música alta e incessante se calara. Ele aproveitou o silêncio momentâneo para se fazer ser ouvido: "Chamem as rádios!", berrou, apaixonado que era por este meio de comunicação, e consciente de seu poder de alcance em minutos. Ele evita falar no assunto, mas o faz em um de seus livros.

Sua última coluna em O Globo foi publicada no dia 17/06/2024, dias depois de ele dar entrada no hospital Copa Star, em Copacabana, zona sul do Rio, de onde não saiu mais —ele passou seu aniversário de 73 anos, no último dia 29 de setembro, internado, e já num quadro grave de saúde.

* Com Folhapress

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