Cidades

ESTRATÉGIA

MS planeja vacinar 890 mil pessoas nas 3 primeiras fases do plano estadual de Imunização

Segundo o documento, profissionais da saúde, idosos e comunidades indígenas serão os primeiros grupos a serem imunizados

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O Governo de Mato Grosso do Sul divulgou neste sábado (16) um plano estadual de imunização contra a Covid-19. De acordo com o documento, o trabalho será dividido em três fases e a estimativa é que nelas sejam imunizadas 890.623 pessoas.

Segundo o documento, que contém 39 páginas, na primeira fase serão contemplados: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais, institucionalizadas (como asilos e instituições psiquiátricas), população indígena e povos e comunidades tradicionais ribeirinhas.  

Já na segunda, serão imunizadas pessoas acima dos 60 anos. Por fim, na terceira fase serão contempladas pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras).

Últimas notícias

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), na primeira fase a estimativa é imunizar 211.633; na segunda, 273.614, e na terceira, 228.049. 

Uma parcela de 177.327, que engloba pessoas acima de 80 anos, profissionais de segurança pública, educação, entre outros, não foram especificadas como prioritários pelo Ministério da Saúde.  

Porém, eles foram elencados no documento e devem ser imunizados em uma quarta fase.  

Contudo, a estimativa populacional do Ministério da Saúde no estado dos grupos prioritários é de 890.623, o que corresponde a necessidade de 1.781.246 vacinas.  

Armazenamento

A Rede de Frio Estadual dispõe atualmente de uma câmara refrigerada com volume de 100 (m³) temperatura de +2ºC à + 8ºC e outra com volume de 50 (m³) temperatura de +2ºC à + 8ºC, porém está inativa, mas segundo o documento está em processo de reparos. 

A capacidade atual de armazenamento de vacinas (rotina e campanha) é de 2.250.000 (dois milhões e duzentos e cinquenta mil) doses de vacina.  

Além disso, o plano revela que estrutura estadual conta também com 09 (nove) Núcleos Regionais de Saúde (NRS) que recebem, armazenam e distribuem os imunobiológicos para os respectivos municípios, sendo que estes também possuem câmaras refrigeradas adequadas para esse acondicionamento.  

O Estado ainda possui 597 salas de vacina distribuídas nos 79 municípios, que são capazes de acondicionar imunobiológicos – vacinas, soros e imunoglobulinas a uma temperatura de 2° a 8 °C.

Operação de Guerra

A SES já havia antecipado que o Governo se prepara para uma “operação de guerra” para imunização e distribuição das vacinas em Mato Grosso do Sul. 

A estratégia de vacinação será uma força tarefa utilizando os profissionais de saúde e forças de segurança do Estado para otimizar a distribuição e aplicação da vacina, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde de MS.  

Na oportunidade, o diretor de Saúde e assessor técnico do Corpo de Bombeiros Militar na SES, coronel Marcello Fraiha, explicou que será montada uma estratégia inédita utilizando toda estrutura à disposição. 

“Com a ajuda das forças de segurança vamos entregar as vacinas para os municípios de forma mais rápida, realizando uma estratégia de imunização nunca vista em Mato Grosso do Sul”, disse.

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Cidades

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Maioria dos casos prováveis foram entre mulheres

10/03/2025 22h00

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70% 41330/PIXABAY

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De janeiro a março deste ano, o Brasil registrou 502.317 casos prováveis de dengue. Durante o período, foram confirmadas 235 mortes pela doença, enquanto 491 óbitos permanecem em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 236,3 casos de dengue para cada 100 mil habitantes. Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. De acordo com a plataforma, 55% dos casos prováveis de dengue registrados este ano foram entre mulheres e 45%, entre homens. As faixas etárias que mais concentram casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

São Paulo lidera o ranking de estados, com 291.423 casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (57.348), Paraná (31.786) e Goiás (27.081). Em relação ao coeficiente de incidência, o Acre aparece em primeiro lugar, com 760,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (633,9), Mato Grosso (470,2) e Goiás (368,4).

Análise

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil registrou uma redução de 69,25% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024.

O levantamento corresponde às semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025.

“A queda demonstra a efetividade das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, e reforça a necessidade de esforços contínuos para manter a tendência de redução”, avaliou a pasta.

Dados do ministério indicam que, nos primeiros meses de 2024, o Brasil havia registrado 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 óbitos e 85 em análise.

Saúde

Padilha defende combate à dengue com Estados e municípios e política permanente contra doenças

Novo ministro pretende recorrer às universidades e aos centros de formação de especialistas e que pretende fortalecer a atenção primária à saúde

10/03/2025 21h00

Mosquito da dengue

Mosquito da dengue Reprodução, Fiocruz

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O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o combate à dengue deve ser feito a partir de um trabalho conjunto entre o governo federal, os Estados e os municípios. Defendeu que o enfrentamento à covid-19 sirva de aprendizado para estabelecer uma política de combate à dengue e que haja uma "política permanente de Estado para enfrentarmos novas pandemias".

"A pandemia de covid-19, a um custo muito alto, nos apontou caminhos para enfrentar possíveis surtos e endemias. Só se enfrenta o problema de saúde pública com ciência. Isso significa ter profissionais mobilizados e bem orientados, estabelecer mensagem correta para mobilização das famílias e comunidades. Unir esforços em vez alimentar conflitos políticos entre União, Estados e municípios", declarou, em seu discurso de posse nesta segunda-feira, 10.

"Essa é a nossa diretriz nas ações contra a dengue. Porque o mosquito não é do prefeito, do governador ou do presidente. Ele está dentro das casas das pessoas e dos locais de trabalho. Somente seremos bem sucedidos em reduzir os focos do mosquito, a transmissão da doença e os casos graves e óbitos se trabalharmos juntos", completou o novo ministro da Saúde.

O novo ministro da Saúde disse que pretende recorrer às universidades e aos centros de formação de especialistas e que pretende fortalecer a atenção primária à saúde. Padilha afirmou que seu único inimigo à frente do Ministério da Saúde será o "negacionismo" e que pretende "impulsionar um amplo movimento nacional pela vacinação".

Padilha defendeu, ainda, a revisão da tabela SUS, modelo de remuneração que complementa os pagamentos dos hospitais pelo Sistema Único de saúde. Disse que pretende estabelecer um novo modelo que sinalize aos Estados, municípios e à rede privada que o SUS pagará mais pelos atendimentos.

"Sei que a tabela SUS, da forma como remunera os serviços hoje, não acabará com a peregrinação do nosso povo por atendimento médico especialista. Teremos a coragem e ousadia necessárias para superar o modelo da tabela SUS, enterrá-lo de uma vez por todas e criar um novo modelo que garanta acesso à nossa população. Começaremos essa superação pelos procedimentos que mais geram tempo de espera, como as ofertas de cuidado integral propostas pela equipe da ministra Nísia", declarou.

"Queremos um novo modelo de remuneração que sinalize aos Estados, municípios e aos serviços privados que pagaremos mais e melhor para o atendimento especializado que aconteça no tempo correto. Uma tabela que poupe o tempo e reduza o tempo de espera", afirmou.

Padilha tomou posse nesta segunda-feira como novo ministro da Saúde. Ele, que já ocupou a pasta de 2011 a 2014, substitui Nísia Trindade. A Secretaria de Relações Institucionais, que era ocupada por Padilha, será comandada, a partir de agora, por Gleisi Hoffmann, que também tomou posse nesta segunda-feira. A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, estava lotada com autoridades e convidados presentes.

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