Cidades

Confições degradantes

MS tem 25 fazendas na Lista Suja do trabalho escravo

Nesta edição, foram incluídas 13 cadastros, colocando MS no ranking de estados com mais novos casos no Brasil

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O Ministério do Trabalho e Emprego (MET) publicou na última segunda-feira (26) uma atualização do Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, a chamada Lista Suja. 

Em Mato Grosso do Sul, 25 empregadores fazem parte da lista, onde 13 foram incluídos nesta edição, colocando o Estado em 3º lugar entre os maiores registros de estabelecimentos adicionados à lista neste semestre. 

Confira os nomes dos empregadores e estabelecimentos do Estado no documento:

  • Airton de Araujo Gomes - Fazenda São José/Corumbá - 9 vítimas resgatadas
  • Alair Ribeiro Fernandes - Fazenda São Francisco/Bonito - 4 vítimas resgatadas
  • Alberto Junior Pellin - Fazenda Sucuri II/Caracol - 5 vítimas resgatadas
  • Altemar Estevam - Fazenda Represa/Ribas do Rio Pardo - 12 vítimas resgatadas
  • Antônio Paulo Mohamed Xavier - Fazenda Pousada do Sul/Corumbá - 5 vítimas resgatadas
  • Aparecido Christofolli - Fazenda São Cristovão I/Nova Andradina - 19 vítimas resgatadas
  • Carlos Alberto Tavares Oliva - Fazenda Rebojo/Corumbá - 4 vítimas resgatadas
  • Claudinei Leite de Queiroz - Fazendo Santo Antônio/Corumbá - 1 vítima resgatada
  • Cláudio Martinho Rojas - Fazenda Bandeirantes/Porto Murtinho - 7 vítimas resgatadas
  • Cristiano Ribeiro Xavier - Fazenda Santa Rute/Corumbá - 3 vítimas resgatadas
  • Fazenda Cerradinho LTDA - Fazenda Formoso/Bonito - 8 vítimas resgatadas
  • João Silva de Souza - Fazendo São Lourenço/Ponta Porã - 5 vítimas resgatadas
  • Kelis Bezerra da Silva LTDA - Fazenda São Joaquim/Angélica - 31 vítimas resgatadas
  • LLB Prestadora de Serviços LTDA - Fazendo Campo Alegre/Corumbá - 8 vítimas resgatadas
  • Márcio Antônio de Carvalho - Fazenda Boa Sorte/Porto Murtinho - 7 vítimas resgatadas
  • Márcio Antônio Nantes - Fazenda Vaca Branca/Nova Alvorada do Sul - 5 vítimas resgatadas
  • Moacir Duim Junior - Fazenda Carandazal/Corumbá - 4 vítimas resgatadas
  • Nilson Pereira Bento - Fazenda Invernada do Piri/Porto Murtinho - 1 vítima resgatada
  • Nilton de Araújo Gomes - Fazenda São José/Corumbá - 7 vítimas resgatadas
  • Quirino Azevedo de Oliveira - Fazenda Nossa Sra. Aparecida/Corumbá - 1 vítima resgatada
  • Sumaia Carvão Vegetal LTDA - Fazenda Piúva/Aquidauana - 9 vítimas resgatadas
  • Valdinei Aparecido Roque - Fazenda Pedra Negra/Aparecida do Taboado - 20 vítimas resgatadas
  • Vilso Gava - Chácara Sossego/Laguna Caarapã - 6 vítimas resgatadas
  • Virgilio Mettifogo - Fazenda Marreta/Dourados - 7 vítimas resgatadas
  • Wanderlei Lopes - Fazenda Guarujá/Caracol - 11 vítimas resgatadas

Ao todo, 199 trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados em Mato Grosso do Sul desde 2020. 

A nova edição traz 159 empregadores, sendo 101 pessoas físicas e 58 pessoas jurídicas, o que mostra um aumento de 20% em relação à edição passada, segundo o Governo Federal. 

De acordo com a Auditoria Fiscal do Trabalho, os casos registrados ocorreram entre 2020 e 2025, trazendo um total de 1530 trabalhadores resgatados das condições. 

Compondo o ranking de maiores inclusões, aparecem os estados de Minas Gerais, com 33 novos empregadores, São Paulo, com 19; Mato Grosso do Sul, com 13; e Bahia, com 12. 

Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraíba aparecem com oito casos cada. Pará, Rio Grande do Sul e Distrito Federal tiveram sete inclusões cada. Paraná e Goiás registraram cinco novos casos cada.

As atividades econômicas que mais registraram casos foram a criação de bovinos para corte (20 casos), serviços domésticos (15 casos), cultivo de café (9 casos) e construção civil (8 casos). 

Lista suja

Criada em 2003, a “Lista Suja” foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020 como uma medida de transparência ativa, já que é direito de todo cidadão o acesso à informação e dever dos órgãos públicos a divulgação de informações de interesse coletivo ou geral. 

Publicada semestralmente, a lista tem como objetivo dar transparência aos resultados das ações fiscais de combate ao trabalho escravo, que envolvem a atuação da Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT), Polícia Federal (PF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e, eventualmente, outras forças policiais.

A inclusão só ocorre após a conclusão de processos administrativos e os nomes permanecem publicados por dois anos. Nesta atualização divulgada nesta semana, foram excluídos 184 empregadores que já haviam completado esse período. 
 

80 milhões

Adriane diz que culpa de enchentes é falta de dinheiro do Governo Federal

Prefeita afirmou que Campo Grande não tem recursos próprios para arcar com obra de R$80 milhões para drenagem na Av. Rachid Neder, projeto que não foi aprovado pelo PAC

13/11/2025 17h52

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, afirmou na manhã de hoje que as inundações que aconteceram, de forma específica, na Avenida Rachid Neder na Capital, em razão das fortes chuvas que caíram durante a noite, são consequência da falta de envio de recursos do Governo Federal à cidade. 

Segundo Adriane, as obras de drenagem e contenção na região do São Francisco, especificamente na Avenida Ernesto Geisel, trariam uma "resposta rápida" para Campo Grande. 

"Essa é a obra que traria uma resposta rápida para a cidade. Infelizmente não tivemos aprovação no PAC, o Governo Federal não recepcionou o projeto que estava pronto, então nós estamos em busca de recursos. Essa obra da Rua Corguinho é uma obra de grande relevância que reduziria os impactos da chuva na Rachid Neder", pontuou a prefeita.

Em 2024, a Prefeitura Municipal do município elaborou projetos de infraestrutura para solicitar recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

No mês de julho do mesmo ano, foram destinados R$150 milhões para Campo Grande, com destaque para o projeto de recuperação e adequação de drenagem e manejo de águas fluviais/Prevenção a desastres no Fundo de Vale do Rio Anhanduizinho. 

No entanto, de acordo com Adriane, o projeto que contemplava a restruturação da Avenida Mascarenha de Moraes, não foi contemplado no Plano. 

"Não houve nenhuma justificativa plausivel para que não fosse aprovado porque o projeto estava pronto e é de grande relevância para a cidade Mas, também, de grande valor de investimento. Campo grande precisa de aporte e de recursos. Sem esses recursos, não é possível fazer uma uma obra de emergência, que traz resposta para a resposta. 

Segundo a prefeita, a obra para trabalhar a drenagem e conter outros alagamentos, após décadas de problemas na região está orçada em R$80 milhões. 

"Nossa equipe tem o planejamento, mas precisamos de recursos. Recursos próprios para esse investimento, Campo Grande hoje não tem, por isso estamos buscando a parceria do governo federal e estadual". 

O impacto das chuvas sobre a região do São Francisco, especialmente no cruzamento da Ernesto Geisel, Mascarenha de Moraes e Rachid Neder, tem contribuído para o desgaste e impermeabilização do asfalto.  

"A cidade vai crescendo, vai impermeabilizando, vai criando asfalto, calçada, isso vai dificultando a drenagem nas regiões. Essa drenagem tinha um impacto quando foi construída, mas com o desenvolvimento da região, esse impacto mudou. 

Monitoramento

Campo Grande possui 16 pontos críticos que são "monitorados a todo tempo, especialmente em períodos de chuva". O acumulado de chuva entre a noite de ontem e a manhã de hoje já havia chegado a 110 milímetros na cidade em 12 horas.

"É um impacto muito grande pra cidade em curto espaço de tempo. Temos equipe a postos, preparados, mas nunca sabemos qual o volume que vai ter de chuva. As mudanças climáticas estão afetando diversas cidades e em Campo Grande não é diferente", afirmou a prefeita. 

PAC

A Casa Civil da Presidência da República divulgou, no dia 15 de outubro, uma nova lista de projetos incluídos no Novo PAC. Ao todo, 24 projetos de Mato Grosso do Sul terão recursos para obras e aquisição de bens e serviços. 

Em Campo Grande, foram incluídos empreendimentos para Equipamentos para Expansão da Radioterapia no SUS e para Creche/Escola de Educação Infantil, fora os R$150 milhões emprestados no ano passado. 

Ao todo, Campo Grande tem R$ 730.785.668,67 em projetos com investimentos do programa federal.

Chuvas

No início da tarde de hoje, mais 41,2 milímetros de chuva caíram em Campo Grande em um intervalo de duas horas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia. A temperatura despencou 6,5ºC, saindo de 27,9°C para 21,4°C.

Mais uma vez, a avenida Rachid Neder se transformou em rio, juntamente com a avenida Ernesto Geisel. 

O alagamento deixou mãe e filha presas dentro de um veículo no meio da enxurrada. De acordo com as informações, o carro ficou parado cerca de 10 minutos no meio das águas enquanto as mulheres aguardavam o resgate. 

Segundo observadores da situação, o carro chegou a ser levado por poucos metros pela força da correnteza. O veículo foi retirado por um trator. 

Segundo o Climatempo, durante as próximas horas ainda podem cair cerca de 12,66 milímetros se estendendo até a madrugada.

Mato Grosso do Sul segue em alerta de perigo para tempestades até a manhã do próximo sábado (14), abrangendo todos os municípios do Estado. Há risco de grandes volumes de chuva, fortes rajadas de vento (até 100 km/h) e possível queda de granizo. 

Em caso de perigo, contate a Defesa Civil pelo número 199.
 

Audiência pública

Câmara vai discutir por que Campo Grande voltou a ter favelas

Capital de MS, há duas décadas "zerou" favelas, agora tem 62 comunidades

13/11/2025 17h22

Vereador Landmark Rios

Vereador Landmark Rios Gerson Oliveira

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Por iniciativa do vereador Landmark Rios (PT), a Câmara dos Vereadores de Campo Grande promove nesta sexta-feira, a partir das 8h30min, a Audiência Pública sobre Regularização de Favelas. A iniciativa também foi promovida com a deputada estadual Gleice Jane (PT). 

No evento, Landmark pretende discutir a situação de 62 comunidades da periferia de Campo Grande, resultantes de ocupações irregulares, de áreas públicas (a maioria) e privadas. O objetivo é buscar saídas para investimento em habitação e regularização fundiária. 

Devem participar do evento representantes das agências municipal (Amhasf) e estadual (Agehab), além de representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pela área habitacional no governo federal. 

“É algo muito grave o que está ocorrendo, porque há pouco mais de 10 anos não tínhamos favelas em Campo Grande, tínhamos zerado, e agora, elas voltaram a se proliferar. Além de entender o problema, é preciso resolvê-lo, encontrar caminhos para isso”, disse Landmark Rios em entrevista ao Correio do Estado. 

Também participarão do evento lideranças de movimentos sociais, como por exempo integantes locais da Central Única das Favelas (Cufa). 

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