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Mudar a rotina pode deixar a vida mais estimulante

Mudar a rotina pode deixar a vida mais estimulante

IG

02/06/2011 - 03h00
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Você seria mais feliz se fizesse algo novo todos os dias? Acha que conseguiria? Parece mais fácil do que realmente é. Nem todo mundo consegue lidar bem com mudanças em suas rotinas. Seja por medo de algo dar errado ou por comodidade, sair da zona de conforto, onde você conhece e domina suas tarefas, requer força de vontade e uma boa dose de criatividade.

Pensando em ter um dia a dia mais estimulante, duas amigas decidiram que, todos os dias, durante um ano, fariam algo que nunca tinham feito antes. E criaram um blog para contar tudo. Serão 365 experiências, se conseguirem chegar até o final do projeto, que termina no dia 31 de dezembro deste ano.

A publicitária Steffania Paola, 27, e a fotógrafa e redatora Elisa Mendes, 27, dizem que no início foi bem fácil. “Não tive nenhum problema no primeiro mês porque tinha uma porção de coisas que eu sempre quis fazer. Coisas simples que consegui colocar em prática”, revela Steffania. Agora, passados mais de 150 dias, ficou um pouco mais difícil.

Desafio
 

O caminho encontrado para adicionar mais prazer e alegria à vida diária - fazer coisas novas todos os dias – mostrou-se um verdadeiro desafio. “Com o tempo, as ideias ficam mais escassas. Acho que o fato de ter um compromisso com o blog faz com que eu não desista”, confessa Steffania.

As novidades podem ser coisas bem simples e, ao mesmo tempo, inusitadas. Ela e a amiga, mineiras que hoje moram no Rio de Janeiro, decidiram, por exemplo, ir à praia e elogiar todas as pessoas que passavam por elas. Para Elisa, foi o melhor dia do ano até agora. “As pessoas reagem de formas distintas. Tem gente que adora e outras que ignoram.” Steffania conta que já fez até malabarismo no farol por causa do projeto do blog.

“Um dos dias em que eu mais fiquei na expectativa foi quando resolvi deixar um bilhete no banheiro da empresa onde trabalho perguntando ‘como foi seu dia?’”, lembra. Para surpresa de Steffania, duas pessoas responderam.

Para todos


A psicóloga Angelita Corrêa Scardua, mestre em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Psicologia Junguiana pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirma que não é preciso ter um blog para se animar e adicionar novidades no dia a dia. Para ela, mudar coisas simples também pode gerar prazer, e não é assim tão complicado. Uma mudança no trajeto de casa para o trabalho em busca de menos trânsito e mais qualidade de vida, escolher restaurantes que normalmente não seriam a primeira opção ou optar por comidas diferentes no restaurante de sempre com o intuito de aguçar o paladar. E daí se você descobrir que não gosta? Pode acabar descobrindo exatamente o contrário.

“Pequenas mudanças, além de trazerem prazer para nossas vidas, são um excelente exercício mental, porque o cérebro é obrigado a aprender a processar essas novas situações”, ensina.

Criatividade


Elisa acredita que qualquer pessoa é capaz de pensar em coisas inéditas. “Ter ideias não é tão difícil. O problema muitas vezes é que a produção demanda tempo e dinheiro. Então, não basta pensar em algo. Tem que ser alguma coisa que seja possível no dia a dia”, afirma Elisa.

A opinião é controversa. Nara Lemos, 24, que trabalha na área de Recursos Humanos, decidiu, junto com uma amiga, pensar em cinco novidades para cada uma. Não conseguia sair do lugar. “Descobri que é muito difícil deixar a rotina de lado. Depois de um bom tempo, finalmente conseguimos e vamos começar um curso de bordado em breve”, diz.

Capacidade de mudar


Angelita Corrêa Scardua se dedica ao estudo da felicidade há quase dez anos. Ela afirma que mudanças simples são viáveis e podem gerar satisfação, mas não a felicidade em si. “Felicidade é um estado afetivo permanente. Não é um momento. Isso é alegria e contentamento. Esses gestos que proporcionam um prazer temporário são estímulos importantes em nossas vidas.”

Será que alguém que fez um trabalho de uma forma durante toda a vida consegue se adaptar a mudanças? De acordo com a psicóloga clínica Cristiane Marcelino, é possível. “Sempre conseguimos mudar. Mas o interessado nisso precisa ter consciência de que essa nova condição é necessária em sua vida”, explica. Ela diz que o ser humano costuma repetir padrões que lhes foram apresentados e que a quebra destes, em muitos casos, pode ser benéfica.

Grande parte da decisão de mudar vem da motivação diante da vida. A psicóloga Angelita Corrêa Scardua afirma que felicidade não é sinônimo de acomodação. “Felicidade não significa que tudo está bem e, por isso, a pessoa não vai mudar nada. Significa que você consegue ver o lado positivo das cosias. As pessoas felizes também sofrem, mas mesmo nas situações difíceis conseguem ver o melhor e tomar outro rumo. Felicidade é uma forma de encarar a vida”, afirma.

ANUÁRIO 2024

Acidentes em rodovias mataram uma pessoa a cada 2 dias em MS

Anuário da PRF aponta que 1.940 pessoas ficaram feridas e 182 morreram nas BRs do Estado no ano passado

17/04/2025 18h00

BR-163 é a rodovia do Estado com maior número de mortes em acidentes

BR-163 é a rodovia do Estado com maior número de mortes em acidentes Marcelo Victor/ Correio do Estado

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No ano passado, 182 pessoas morreram e 1.940 ficaram feridas em acidentes registrados nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul, segundo dados do Anuário da Polícia Rodoviária Federal, divulgados nesta quinta-feira (17). Com relação aos óbitos, em média, houve uma morte a cada dois dias.

De janeiro a dezembro de 2024, foram 1.803 acidentes. Dentre os feridos, 1.393 tiveram ferimentos leves e 547 foram graves.

O tipo de veículo em que os acidentes mais resultaram em mortes foram os de passeio. Na sequência, aparecem caminhões, motos e ônibus.

No Estado, são 4.109,2 quilômetros de rodovias federais, segundo a PRF, e a maioria dos acidentes aconteceram na BR-163, conhecida como rodovia da morte.

Infrações

A PRF também flagrou imprudência nas estradas em 2024, quando 228. 602 autos de infrações foram emitidos em Mato Grosso do Sul.

Dentre as condutas mais observadas no Estado estão o excesso de velocidade (125.630), as ultrapassagens indevidas (14.578) e o não uso do cinto de segurança (6.003).

Com relação a embriaguez ao volante, foram constatados 517 casos, além de 1.585 motoristas que se recusaram a fazer o teste de alcoolemia.

A BR-163 também foi a rodovia do Estado que concentrou a maioria dos flagrantes de infrações, com 143.349.

No ano, foram 835.165 pessoas fiscalizadas, 854.465 veículos e realizados 172.671 testes de alcoolemia.

A BR-101, no Rio de Janeiro (1.174.194), a BR-116, em São Paulo (883.880), e a BR-101, no Espírito Santo (695.947), lideram as estatísticas de infrações. 

Brasil

Em todo o Brasil, o levantamento revela que 6.160 pessoas morreram e 84.526 ficaram feridas em meio a 73.156 acidentes.

As unidades federativas que se destacaram negativamente foram Minas Gerais, com 794 mortes e 11.756 feridos em cerca de 9,3 mil acidentes de trânsito, seguida pelo Paraná, com 607 mortes e 8.456 feridos em cerca de 7,6 mil sinistros. Já em Santa Catarina foram 415 mortes e 8.381 feridos nos mais de 9,5 mil acidentes no decorrer do ano.

Com relação ao tipo de acidente, o anuário não traz dados regionalizados, mas, em todo o País, colisões traseiras lideram as estatísticas, seguidas por saída de pista e tombamento.

As estradas com mais ocorrências de acidentes foram as BRs-101, 116 e a 381.

“A PRF atendeu 12.778 sinistros na BR-101, sendo 4.375 deles em Santa Catarina. Já na BR-116 houve 11.478 casos, a maior parte, 3.478, em trechos que cortam São Paulo. Em terceiro lugar está a BR-381, com 3.469 sinistross. Desse total, 2.793 aconteceram em Minas Gerais”, detalhou a PRF.

Cerca de 35,3 mil ocorrências foram em pistas simples, resultando em 4.291 mortes. Foi observado também que os acidentes ocorreram em maior número entre as sextas-feiras e os domingos entre 17h e 19h.

ACESSIBILIDADE

Mato Grosso do Sul é o estado com maior arborização e acessibilidade, aponta IBGE

A pesquisa entrevistou 2.397.255 moradores de um total de 2.757.013

17/04/2025 17h11

MS é o estado mais arborizado do Brasil

MS é o estado mais arborizado do Brasil Foto: Gerson Oliveira / Arquivo

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Mato Grosso do Sul é o estado com maior acessibilidade do País, quando se trata de vias urbanas com rampas para cadeirantes, e também a unidade da federação mais arborizada, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com relação a acessibilidade, o censo aponta que os municípios de MS com maior destaque em número de rampas são: Alcinópolis, com 69,39%, seguido por Paraíso das Águas (62,59%) e Nova Andradina (58,98%). Na contramão, vêm Miranda (5,66%), Jateí (5,79%) e Bela Vista (6,91%).

Ainda conforme o levantamento, mesmo sendo o líder no ranking, em média ainda há três em cada cinco moradores que não tem acesso a este item de acessibilidade.

Atrás de Mato Grosso do Sul, vem o Paraná, com 37,33% e Distrito Federal, com 30,42%. Os menores valores foram vistos no Amazonas, com 5,61% e Pernambuco, com 6,19%.

Arborização

Além disso, Mato Grosso do Sul continua ocupando o primeiro lugar no país em arborização urbana, segundo os dados da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada no Censo Demográfico 2022. O levantamento mostrou ainda que 92,44% dos moradores do Estado vivem em vias com arborização, o que representa o equivalente a 2.216.098 pessoas. Isso é o maior percentual entre todas as Unidades da Federação.

O estado também se destaca pela densidade de árvores nas vias públicas. Do total de moradores contabilizados, 1.413.865 (58,98%) vivem em ruas com cinco ou mais árvores, enquanto 360.764 (15,05%) residem em vias com uma ou duas árvores, e 441.469 (18,42%) vivem em locais com três ou quatro árvores.

Os números reforçam a liderança de Mato Grosso do Sul em arborização urbana, posição que o estado já ocupava em 2010, quando apresentava o maior índice do país, com 95,56% da população vivendo em vias arborizadas.

Entre os municípios sul-mato-grossenses, os maiores percentuais de moradores em vias com arborização são encontrados em Bataguassu (99,15%), Iguatemi (98,23%), Mundo Novo (97,85%), Nova Andradina (97,60%) e Aquidauana (97,60%).

No ranking das capitais, Campo Grande também lidera, com 91,39% de seus moradores vivendo em vias arborizadas. Em seguida aparecem Goiânia (89,64%), Palmas (88,70%), Curitiba (85,24%) e Brasília (84,19%).

No interior do Estado, Chapadão do Sul apresentou o maior percentual de vias pavimentadas, sendo 99,96%. Em MS eram 78,77% os moradores que viviam em vias pavimentadas em 2022, totalizando 1.888.310 pessoas, enquanto 507.247 viviam em vias não pavimentadas (21,16%).

Além de Chapadão do Sul, o município que apresenta mais vias pavimentadas é Laguna Carapã, com 99,73%. Já entre os que apresentaram as menores porcentagens foram Nioaque (42,08%) e Bela Vista (29,89%).

A pesquisa divulgada contempla grande parte da população do estado, tendo investigado o entorno de 2.397.255 moradores, de um total de 2.757.013 residentes no estado em 2022.

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