Cidades

FEMINICÍDIO

Mulher morta a facadas, em Campo Grande, pode ter sido assassinada enquanto dormia

Principal suspeito do crime morreu ao colidir a motocicleta que pilotava com uma caminhonete na mesma manhã em que mulher foi morta

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Dando continuidade às investigações do feminicídio de Cláudia Franciele Cabreira, de 28 anos, ocorrido na manhã de quarta-feira (21), no Jardim Columbia, em Campo Grande, a delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Marianne Cristine de Souza, informou que a polícia trabalha com a possibilidade de que a vítima tenha sido morta por Kaio Vinícius Maciel Gavioli, de 32 anos, enquanto dormia.

O corpo de Kaio foi encontrado depois dele colidir sua motocicleta contra uma caminhonete a caminho de Jaraguari, viagem que fez após deixar o corpo de Cláudia dentro da casa do casal na mesma manhã. Além de ter sido vítima fatal na colisão, o corpo do homem estava com 19 perfurações superficiais.

A delegada também esclareceu que o caso ainda está sendo investigado e segue várias possibilidades, mas, sabe-se que é quase improvável ter uma terceira pessoa envolvida, que possa ter matado o casal.

“Nós temos algumas linhas de investigação, mas vai ser essencial os trabalhos periciais nos dois locais e também nos corpos para determinar se a lesão dele foi feita por ele mesmo ou por um terceiro e mas há probabilidade sim de que ele tenha primeiro matado ela, tentado se matar e depois ocorreu o acidente”, esclareceu.

Ainda de acordo com a delegada, as diversas peças que compõem o crime começaram a ser montadas quando a polícia de Jaraguari iniciou os trabalhos periciais no acidente de trânsito que vitimou Kaio. Ele estava pilotando uma motocicleta quando colidiu com uma caminhonete.

A polícia então encontrou um documento de Cláudia no bolso da roupa de Kaio, junto com um molho de chaves, que foi usado mais tarde para abrir a porta da casa onde o corpo da mulher foi encontrado.

Outro fator de estranhamento foram as 19 perfurações superficiais encontradas no tórax de Kaio. A polícia trabalha com a hipótese de que os ferimentos tenham sido feitos por ele mesmo, após esfaquear Cláudia.

Enquanto o acidente era registrado no interrior de MS, em Campo Grande a polícia recebia informações de que Cláudia não havia ido trabalhar e ninguém sabia de seu paradeiro, já que não atendia o celular e sua casa estava trancada.

Quando os dados foram cruzados, o molho de chaves foi entregue aos agentes de Campo Grande. Dessa forma, a polícia entrou na residência e encontrou o corpo de Cláudia na cama do casal, com sete perfurações que, ao que tudo indica. A arma do crime foi apreendida, mas ainda não é possível afirmar que a mesma faca tenha sido usada nos dois.

De acordo com a delegada, o cenário era perturbador, com manchas, respingos e pegadas de sangue por todos os lados. No entanto, não há possibilidade de que as pegadas sejam da mulher, já que pelo modo como o corpo foi encontrado há indícios de que ela tenha sido morta enquanto dormia.

Outra evidência que reforça essa teoria é o fato de que não foram encontrados sinais de luta corporal, resistência ou defesa da parte de Cláudia. Assim, também já é descartada a possibilidade da vítima ter feito os 19 ferimentos no corpo do homem.

Marianne ainda relatou que também foram encontrados medicamentos para depressão e receitas médicas recentes com prescrição de remédios controlados. Dessa forma, as evidências apontam que o homem poderia sofrer de sérias questões de saúde mental e ter feito tudo enquanto estava em crise severa.

Dessa forma, uma das linhas mais fortes de investigação segue no sentido de que Kaio esfaqueou Cláudia e depois se feriu. Como estava perturbado pelo que tinha acabado de acontecer, ele pode ter perdido o controle da moto que pilotava ou ter se jogado contra a caminhonete na tentativa de tirar a própria vida.

A delegada ainda destacou que, ao que tudo indica, o casal não tinha histórico de brigas e agressões, sendo que nenhum boletim de ocorrência foi encontrado.

A polícia irá tomar o depoimento dos familiares e pessoas próximas ao casal nos próximos dias. A perícia tem o prazo de 10 dias para entregar para a polícia todas as evidências encontradas no local das duas mortes.

Meio Ambiente

Prefeituras de MS desprezam as mudanças climáticas, diz estudo

Estudo indica que apenas Campo Grande tem alguma política neste sentido; maioria das cidades não tem ação alguma para reverter mudanças; confira

17/12/2024 20h16

Campo Grande é a cidade que teve a melhor classificação; ainda assim, não foi a nota máxima

Campo Grande é a cidade que teve a melhor classificação; ainda assim, não foi a nota máxima Gerson Oliveira

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Estudo organizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) mostra que, quando se trata de se preocupar com as mudanças climáticas e se preparar para uma cultura de redução das emissões de carbono, 42 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul estão bem mais atrasados do que o próprio governo.

O estudo, que será divulgado nesta quarta-feira (17), servirá para orientar o papel das prefeituras de Mato Grosso do Sul na meta do governo do Estado de ser carbono neutro até 2030.

O levantamento foi feito em 42 dos 79 municípios do Estado, mas a lista é representativa e a estimativa das autoridades estaduais e do Sebrae é que a realidade nas cidades não pesquisadas não seja muito diferente da encontrada.

O estudo, chamado “Roadmap Território Carbono Neutro”, teve o objetivo de identificar o estágio dos municípios em relação às políticas de mudanças climáticas, propor uma agenda local adequada à realidade do território e facilitar a captação de recursos para o financiamento da ação climática.

Em uma classificação que vai de A, para a cidade com as melhores práticas, até E, para a cidade com as piores práticas conforme os critérios acima, Campo Grande teve a melhor nota: B, que ainda não é a classificação máxima.

Um total de 26 das 42 cidades analisadas obteve a classificação E, e a principal causa para o péssimo desempenho desses municípios é o baixo desempenho no quesito “mudanças climáticas”, indicando que há muito pouco ou quase nada sendo feito nas cidades sobre o tema.

Os outros quesitos são “ambiente de negócios”, “governança”, “gestão territorial”, “capacidade administrativa” e “capacidade financeira”.

Um questionário foi submetido às prefeituras, e a pergunta que mais obteve respostas “não” foi: “Existe um fundo específico para as mudanças climáticas no município?”. Em 37% dos casos, a resposta foi negativa.

Em segundo lugar, aparece uma iniciativa que o governo de Mato Grosso do Sul já implementa há pelo menos três anos, que é o pagamento por serviços ambientais (PSA), agora institucionalizado, por exemplo, na Lei do Pantanal. Em 36%, a resposta das prefeituras foi “não” quando perguntadas sobre tal prática.

Também houve 36% de respostas “não” nas prefeituras quando questionadas se elas têm alguma lei específica para o enfrentamento das mudanças climáticas.

Questões ligadas à gestão dos resíduos sólidos ou à existência de um Plano Diretor lideraram as respostas afirmativas.

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Astronomia

Anéis de Saturno irão "sumir" em 2025

Fenômeno poderá ser "não visualizado" em duas oportunidades

17/12/2024 18h30

Saturno

Saturno Reprodução / NASA

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Em março de 2025, um evento astronômico fascinante ocorrerá: os icônicos anéis de Saturno parecerão desaparecer temporariamente de nossa vista.

Este fenômeno, que acontece a cada 13 a 15 anos, é resultado de um alinhamento específico entre Saturno, a Terra e o Sol.

Por que os anéis irão "sumir"?

O "desaparecimento" dos anéis de Saturno é, na verdade, uma ilusão óptica causada pela inclinação do planeta em relação à Terra. Saturno possui uma inclinação axial de 26,73 graus e leva cerca de 29,4 anos terrestres para completar uma órbita ao redor do Sol.

Durante seu trajeto orbital, a orientação dos anéis em relação à Terra muda gradualmente. A partir de março de 2025, durante o equinócio de outono em Saturno, os anéis ficarão alinhados de tal forma que serão vistos de lado a partir da Terra.

Discordâncias

No meio científico, há fontes que discordam sobre o melhor momento para observar o fenômeno.

A maioria das fontes indica que o primeiro "desaparecimento" ocorrerá em 20 de março de 2025, durante o equinócio de outono em Saturno. Neste momento, os anéis ficarão alinhados de tal forma que serão vistos de lado a partir da Terra, tornando-os praticamente invisíveis.

Já outras, mencionam um segundo evento em novembro. Especificamente, em 23 de novembro de 2025, os anéis estarão no seu ponto mais estreito do nosso ponto de vista.

É importante notar que este fenômeno não é instantâneo, mas um processo gradual. Os anéis começarão a ficar menos visíveis antes dessas datas e voltarão a ser visíveis gradualmente após esses períodos.

A discrepância nas datas ocorre porque os momentos indicados ocorrem em diferentes fases do processo de "desaparecimento". Em resumo, ambas as datas estão corretas.

Os anéis reaparecerão gradualmente após março de 2025, apenas para "desaparecerem" novamente em novembro do mesmo ano, devido à inclinação axial de Saturno. Espera-se que os anéis voltem a ser completamente visíveis por volta de 2032.

O que realmente acontecerá?

Os anéis de Saturno, apesar de sua extensão impressionante de cerca de 282.000 km de largura, são incrivelmente finos, com uma espessura variando entre 10 e 30 metros na maioria das áreas. Quando vistos de lado, eles se tornarão praticamente invisíveis para observadores na Terra.

Durante este período:

  • As sombras dos anéis se comprimirão, tornando-os mais escuros que o normal.
  • Os anéis refletirão muito pouca luz, dificultando sua visualização.
  • Eles aparecerão como uma linha fina e quase imperceptível.

Oportunidades para observação

Embora o "desaparecimento" dos anéis possa parecer uma perda para os observadores do céu, este evento oferece oportunidades únicas:

  1. Melhor visibilidade das luas de Saturno, que normalmente são ofuscadas pelo brilho dos anéis.
  2. Chance de observar as "sombras saturninas", um efeito visual que ocorre apenas alguns meses antes e depois do equinócio.
SaturnoSaturno e duas de suas luas, Jano e Mimas

É importante lembrar que este fenômeno é cíclico e natural, não representando nenhuma ameaça real aos anéis de Saturno. 

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