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Município de MS abre enquete para criar novo portal de entrada no coração do Pantanal

Com oito questões no total, população pode desde expôr "o aspecto que mais te incomoda" e até mesmo indicar a vontade de que estrutura seja erguida em outro local

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Depois de ver parte da estrutura do pórtico receptivo localizado principal acesso à BR-262, na Avenida Gaturama, ser abalroado e parcialmente destruído por uma carreta de minério, o município de Corumbá abriu agora uma enquete para criação do novo portal de entrada no coração do Pantanal.

Aberto para toda a população em geral, sejam moradores de Corumbá e Ladário, trabalhadores da região, turistas ou etc, a pesquisa está disponível no Portal Enquetes de Corumbá (CLICANDO AQUI), podendo ser acessada por qualquer dispositivo, computador, tablet ou celular.

Ao todo, foram compiladas oito questões que devem pautar os gestores locais sobre a nova edificação a ser construída conforme as opiniões da população, após o bitrem com miérios da LHG atingir o pórtico de entrada de Corumbá no último dia 19. 

Já a primeira pergunta da enquete levanta a opinião da população em geral, se é a favor ou contra a construção de um novo portal receptivo da cidade, questionando inclusive se essa edificação futura deverá fazer referência à Ladário devido à proximidade geográfica entre os municípios.

Nesses casos é possível identificar, se for o caso, que não possui opinião formada sobre uma nova construção e se a questão da dupla referência se aplicaria ou não. 

Além disso, o município busca saber exatamente o que desagrada a população sobre o monumento que está prestes a ser trocado. Ou seja, questão é possível assinalar várias opções sobre "o aspecto que mais te incomoda", podendo citar: 

  • A estrutura viária e o fluxo de tráfego na entrada
  • O estilo arquitetônico e a estética atual
  • A iluminação no local
  • A segurança no local. 

Localizado no Coração do Pantanal, a Cidade Branca de Corumbá ainda busca saber, por exemplo, se a população considera que o novo portal deve contemplar também elementos da fauna, flora e cultura local. 

Há até mesmo a possibilidade de indicar ao município de Corumbá a opinião sobre a localização, já que o Executivo pondera inclusive construir o portal em um local diferente do atual se essa for a vontade da população. 

Portal de Corumbá

Entre os pontos que o Executivo espera impactar, e que a população pode sinalizar suas expectativas sobre, estão a possibilidade de uma melhoria no tráfego e segurança do local, um design mais moderno e esteticamente agradável, etc. 

Fica clara a possibilidade de edificar um monumento em Corumbá que traga uma melhor representação da identidade cultural e natural da cidade e região, além de aplicar novas funcionalidades, como um centro de informações turísticas, pondera o município.

Há uma semana (em 21 de outubro) o prefeito corumbaense, Dr. Gabriel Alves de Oliveira (PSB), reuniu-se com representantes responsáveis e garantiu já ter um projeto cadastrado junto ao sistema do Governo Federal para captação de recursos. 

Segundo ele, essa reunião com representantes da mineradora LHG e da empresa terceirizada responsável pelo caminhão definiu as responsabilidades das partes, onde estiveram presentes: 

  • Fábio Barbosa (gerente de Logística da LHG),
  • Kelver Lino (coordenador de Meio Ambiente da LHG),
  • Cecílio Neto (responsável pela empresa terceirizada de transporte de cargas),
  • Nilson dos Santos Pedroso (secretário de Governo e Gestão Estratégica),
  • Jossiely Godoi da Silva (sec. Infraestrutura e Serviços Públicos),
  • Josileia Marques (adjunta de Governo e Gestão Estratégica),
  • Roberto Lins (procurador-geral),
  • Silvanei Barbosa Coelho (superintendente da Defesa Civil) e
  • Ricardo Cândia (superintendente de Serviços Públicos).

Importante frisar que, a colisão que destruiu a estrutura não deixou nenhuma pessoa ferida, gerando apenas danos materiais, com os próprios avaliadores da Defesa Civil apontando a necessidade de demolição um dia após o acidente,  diante do perigo de queda e desabamento de partes da estrutura. 

Nas palavras do prefeito de Corumbá, um novo "moderno" acesso deve garantir uma estrutura mais segura, melhoria para o tráfego local, além da possibilidade de valorização da identidade regional de Corumbá aos olhos logo de quem chega na Cidade Branca. 

 

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Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremeçar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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Cidades

TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

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Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

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