Cidades

ENTREVISTA

"Na minha gestão, educação é e sempre será prioridade, pois é a base de qualquer sociedade"

A prefeita reeleita também quer reduzir o deficit habitacional e pretende atender às necessidades urgentes da população e promover a inclusão social das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade

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A prefeita reeleita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), concedeu uma entrevista exclusiva ao Correio do Estado e falou dos desafios à frente do Executivo municipal pelos próximos quatro anos. 

Ela disse que, com as equipes técnicas e ao lado da população campo-grandense, estará presente nos bairros para acompanhar de perto as obras e fiscalizar cada etapa. 

Sobre o transporte coletivo urbano, a prefeita reeleita disse que já começou a modernização do serviço com a renovação da frota e a reforma dos terminais.

“Nos próximos quatro anos, pretendemos discutir a substituição da matriz energética, com veículos movidos a energia limpa, além de pavimentar as linhas de ônibus não asfaltadas, facilitando a mobilidade e reduzindo custos”, disse.

Com relação à educação, Adriane Lopes reforçou que essa área é e sempre será prioridade na sua gestão, pois é a base de qualquer sociedade: “Em apenas dois anos, criamos 6.600 novas vagas na Educação Básica, reduzindo pela metade o deficit”. Confira a seguir.

Qual será a sua primeira ação como prefeita reeleita?

Minha prioridade será iniciar, de imediato, tudo o que planejamos para Campo Grande nos próximos quatro anos. Com as equipes técnicas e ao lado da população campo-grandense, estarei presente nos bairros, acompanhando de perto as obras e fiscalizando cada etapa.

Campo Grande está pronta para avançar ainda mais, com trabalho incansável e melhorias concretas. Nosso compromisso é com a modernização contínua da cidade e o aprimoramento dos serviços públicos, que já deram um salto significativo nos últimos dois anos e, certamente, vão impactar positivamente cada vez mais a vida dos nossos cidadãos.
 
Durante a campanha, a construção de um hospital municipal foi um tema amplamente discutido. Como isso será tratado agora?

Hoje, o Hospital Municipal de Campo Grande é uma realidade. Essa necessidade, discutida há mais de uma década, será concretizada na nossa gestão. Com a criação de 259 novos leitos, poderemos realizar 1.500 internações, 1.000 cirurgias, 2.500 atendimentos de emergência, 13.500 consultas médicas e 13.500 exames de imagem por mês. Esse complexo hospitalar aliviará a pressão sobre a saúde pública da cidade.

Além disso, fortaleceremos as parcerias com instituições conveniadas para ampliar o atendimento e atuaremos de maneira mais enérgica na prevenção, investindo na atenção primária. Vamos avançar na melhoria das estruturas das unidades de saúde e investiremos cada vez mais na tecnologia, assegurando uma saúde de qualidade para toda a população.
 
Como pretende resolver a questão do transporte coletivo urbano, tema muito discutido na campanha?

Já começamos a modernização do transporte coletivo com a renovação da frota e a reforma dos terminais. Nos próximos quatro anos, pretendemos discutir a substituição da matriz energética, com veículos movidos a energia limpa, além de pavimentar as linhas de ônibus não asfaltadas, facilitando a mobilidade e reduzindo custos.

Tecnologias como câmeras em semáforos e controladores de tráfego serão adotadas para monitoramento em tempo real, gerando eficiência no trânsito. Com alternativas sustentáveis e integração com ciclovias e calçadas padronizadas, queremos que o campo-grandense tenha um transporte público de qualidade e acessível.
 
O deficit habitacional foi outro tema de destaque. Quais são os planos para amenizar essa questão?

Reduzir o deficit habitacional é uma das minhas prioridades. Vamos atender as necessidades urgentes de habitação e promover a inclusão social das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade. Nos últimos anos, entregamos 1.940 novas moradias e regularizamos mais de 7.000 lotes, levando dignidade a milhares de famílias.

Trabalhamos também na requalificação de áreas como a Favela do Mandela, oferecendo moradia segura a famílias em situação de vulnerabilidade.

Seguiremos firmes na regularização fundiária e urbanização, ampliando o acesso à infraestrutura básica, à saúde e à educação para integrar as comunidades ao tecido urbano e proporcionar qualidade de vida. E vamos além, o meu objetivo é ampliar programas, como o aluguel social, o Recomeçar Moradia e Minha Casa, Minha Vida, garantindo o acesso a uma moradia digna a todos.
 
Como pretende solucionar o deficit de vagas nas creches públicas, que é superior a 8 mil?

Na minha gestão, educação é e sempre será prioridade, pois é a base de qualquer sociedade. Em apenas dois anos, criamos 6.600 novas vagas na Educação Básica, reduzindo pela metade o deficit. Além disso, reformamos 205 escolas municipais e construímos 105 novas salas de aula.

O compromisso para os próximos quatro anos é ambicioso: queremos zerar o deficit de vagas na Educação Infantil, construindo novas Escolas Municipais de Educação Infantil [Emeis] e ampliando a estrutura atual, garantindo acesso universal à educação para nossas crianças.
 
Quais são os planos para atrair investimentos à Capital?

Nossa meta é atrair 80 mil novas empresas e gerar 20 mil empregos nos próximos quatro anos, em parceria com o governo estadual e a iniciativa privada. Apoiamos o desenvolvimento econômico com medidas como a Lei de Liberdade Econômica e a redução do ISS para franquias, além da infraestrutura no polo empresarial, que agora conta com asfalto e saneamento após 25 anos.

Campo Grande tornou-se um dos principais polos de empreendedorismo em Mato Grosso do Sul, reduzindo o tempo médio de registro de empresas para apenas seis horas. Criamos ainda o ParkTec CG, que capacitou 2.000 empreendedores, incentivando startups e posicionando a cidade como um centro de inovação.

Estamos reformulando a Lei do Prodes para as novas realidades econômicas e vamos explorar as potencialidades da Rota Bioceânica, posicionando Campo Grande como um hub logístico e abrindo novas oportunidades para a cidade.
 
Como pretende revitalizar o comércio do centro da cidade e atrair consumidores?

Revitalizar o Centro é fundamental para o desenvolvimento econômico de Campo Grande. A Lei de Liberdade Econômica, que simplifica os processos para abertura e expansão de empresas, já está em vigor, beneficiando micro e pequenos empreendedores.

Estudamos também a criação do Programa de Incentivos Fiscais, com a redução de IPTU e ISS para comerciantes que modernizem seus estabelecimentos ou transformem imóveis em espaços de uso misto. Esse programa incentiva o comércio e a habitação, revitalizando o Centro e tornando-o um local vibrante e próspero.

Além disso, investimos em segurança, com a instalação de 112 novas câmeras, e avançamos na construção da Vila dos Idosos, um projeto habitacional de 40 apartamentos para idosos.

Estamos também investindo no resgate da cultura da região, com a abertura da primeira Casa da Cultura de Campo Grande, revitalização da Morada dos Baís e com o projeto de reestruturação da Rotunda, que compreende todo o complexo da esplanada ferroviária. Esses esforços buscam transformar o Centro em um ambiente seguro, acessível e dinâmico, onde as pessoas possam viver, trabalhar e se divertir.
 
Qual o principal desafio para esse segundo mandato?

Os desafios são conhecidos, e estamos preparados para enfrentá-los. Entre eles, as obras inacabadas que há décadas aguardam conclusão, a necessidade de zerar o deficit de vagas nas Emeis e reduzir as filas na saúde, dar moradia digna às pessoas, levar infraestrutura a bairros que por décadas ficaram esquecidos.

Os desafios são enormes, mas nós sabemos como fazer. Nos últimos dois anos, conseguimos avanços expressivos, levando os indicadores de excelência nos serviços públicos a níveis superiores, reconhecidos nacionalmente. Esse trabalho já chegou às pessoas e, no próximo mandato, asseguro ao povo campo-grandense que essa transformação continuará.

Aos que me confiaram seu voto, reafirmo meu compromisso de fazer muito mais por nossa cidade, com trabalho sério, pés no chão e em busca de resultados, consolidando Campo Grande cada vez mais como a capital das oportunidades.

Perfil

Adriane Lopes

Nascida em Grandes Rios (PR), ela é filha de Antônio Ferreira Barbosa e Gisleni Garcia Barbosa. Casada com o deputado estadual Lídio Lopes, tem dois filhos, Matheus e Bruno. Adriane Lopes é formada em Direito e Teologia e pós-graduada em Administração Pública e Gerência de Cidades.

Assumiu a Prefeitura de Campo Grande no dia 4 de abril de 2022. Antes, foi vice-prefeita em duas gestões, de 2017 a 2022.

 

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Educação

Enade: inscritos devem responder questionários até 23h59 de hoje

Exame teórico será aplicado neste domingo

23/11/2024 20h00

Estudante com prova do Enade

Estudante com prova do Enade Foto: UFT/Divulgação

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Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2024 das Licenciaturas neste domingo (24) devem responder ao Questionário do Estudante até as 23h59 (horário de Brasília) deste sábado (23).

A prova teórica será aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para 283.550 inscritos.

O questionário do Estudante coleta informações que permitam caracterizar o perfil dos estudantes e o contexto de sua formação acadêmica, consideradas pelo Inep como relevantes para a compreensão dos resultados teóricos e práticos dos estudantes no Enade e para subsidiar os processos de avaliação dos cursos de graduação.

O preenchimento completo do Questionário do Estudante é um dos itens que caracteriza a efetiva participação do estudante no exame.

Anualmente, a inscrição no Enade é obrigatória para todos os estudantes de cursos de licenciatura habilitados à avaliação teórica ou à avaliação prática, vinculados às áreas avaliadas, conforme o edital.

A partir desta edição, o exame passa a ter dois tipos de avaliação: a teórica, tradicionalmente realizada, e a nova prova prática dos estudantes de graduações direcionadas à docência.

Cada uma das avaliações terá um cronograma específico.

Áreas de conhecimento avaliadas

O exame das licenciaturas será aplicado em cursos de 17 áreas de conhecimento diferentes. A edição de 2024 avaliará licenciaturas das áreas de artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

O exame terá foco na avaliação dos cursos que formam professores para a educação básica. O Inep informa que o objetivo é aprimorar as avaliações e a formação de docentes no Brasil.

Aplicação da prova
Para saber o local de aplicação da prova, bem como obter informação sobre atendimento especializado e tratamento pelo nome social, quando for o caso, o participante deve acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição, disponível no Sistema Enade, com CPF . O acesso ao documento só é liberado após o preenchimento do Questionário do Estudante.

Neste domingo, os portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. O início da aplicação será às 13h30, com encerramento às 18h para os participantes regulares. Os estudantes que solicitaram tempo adicional e tiveram o pedido aprovado pelo Inep terão mais uma hora para finalizar a prova.

Orientações para o Enade 2024

Neste domingo, o participante deverá comparecer ao local das provas com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, Cartão de Confirmação de Inscrição e documento de identidade original com foto válido.

Antes da participação na prova, é importante que o inscrito guarde, no envelope porta-objetos, o telefone celular e quaisquer outros aparelhos eletrônicos desligados, além de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, gorro ou similares), e material de papelaria (caneta de material não transparente, lápis, réguas e borracha, entre outros).

Também não é permitido ficar com celulares e quaisquer outros aparelhos eletrônicos descritos no edital ou fone de ouvido.

O envelope porta-objetos deve ser mantido, durante todo o período de prova, debaixo da carteira, lacrado e identificado.

Enade

Realizado anualmente pelo Inep, o Enade é um dos componentes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O exame avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para formação geral e profissional, bem como o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

Decisão

Caixa demite ex-vice-presidente por assédio sexual e moral

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União

23/11/2024 18h00

Agência bancária da Caixa Econômica Federal

Agência bancária da Caixa Econômica Federal Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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Por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Caixa Econômica Federal demitiu, por justa causa, o ex-vice-presidente Antônio Carlos Ferreira de Sousa. Funcionário de carreira do banco, ele estava afastado do cargo desde julho de 2022, quando sugiram denúncias de assédio sexual e moral durante a presidência de Pedro Guimarães, que comandou o banco entre 2019 e 2022.

A CGU publicou na sexta-feira (22) a portaria do desligamento no Diário Oficial da União. Durante a gestão de Guimarães, Sousa foi vice-presidente de Estratégia de Pessoas e de Logística e Operações.

Além da demissão, o ex-vice-presidente está impedido de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança no Poder Executivo Federal por 8 anos. Desde a divulgação das denúncias, Sousa estava afastado do cargo, mas continuava a trabalhar na Caixa.

Na época da divulgação das acusações de assédio moral e sexual por Pedro Guimarães, que pediu demissão em junho de 2022, a Caixa criou um canal interno de denúncias. Com base nos relatos recebidos no Contato Seguro da Caixa, o banco investigou os casos e constatou várias ocorrências de assédio por parte de Sousa.

Em nota, a Caixa afirma que não tolera nenhum tipo de assédio por parte de dirigentes ou empregados. O banco também informou ter começado a investigar os casos por meio da corregedoria interna e que o processo seguiu as regras de administração pública.

“Com a finalização das investigações feitas dentro dos ritos da governança, o banco enviou o relatório conclusivo à Controladoria-Geral da União (CGU) em outubro de 2023. O ex-dirigente já estava afastado do cargo desde julho de 2022. Com a ciência da decisão da CGU, a Caixa iniciará as providências devidas para o cumprimento”, informou a assessoria de imprensa do banco.

Histórico
Em junho de 2022, surgiram denúncias em série de casos de assédio sexual e moral durante a gestão de Pedro Guimarães na Caixa. Imediatamente após a divulgação dos relatos, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho passaram a investigar os casos. Além do então presidente, vice-presidentes e diretores foram acusados.

Guimarães pediu demissão no dia seguinte à publicação das denúncias, e outros vice-presidentes do banco renunciaram em seguida.

Desdobramentos

Em março de 2023, Guimarães virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias da Caixa. A ação tramita sob sigilo, e a defesa do executivo nega as acusações.

Em uma outra ação, movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Caixa foi condenada a pagar R$ 3,5 milhões de indenização por um evento no interior de São Paulo em que Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões em estilo militar.

Acordos

Em abril do ano passado, a Caixa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal para pagar uma indenização de R$ 10 milhões para encerrar a denúncia das funcionárias. Em janeiro deste ano, o banco assinou um termo de ajuste de conduta (TAC), que concedeu vantagens em processos internos de seleção a funcionários que sofreram perseguição na gestão de Guimarães.

O banco foi condenado em outros processos em São Paulo, no Amazonas e no Distrito Federal. Somadas as condenações e os TAC, o banco até agora desembolsou cerca de R$ 14 milhões em indenizações, que poderiam ser mais altas se não houvesse acordo. Sem eles, a instituição financeira teria de pagar multa de até R$ 300 milhões. No ano passado, a Caixa informou que cobraria de Pedro Guimarães, na Justiça, o dinheiro das indenizações.

Em março deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma “censura ética” a Guimarães. Aplicada a autoridades que deixaram o cargo, a penalidade prevê apenas advertência. A ação contra Guimarães na Justiça Federal ainda está na fase de audiências.

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