Cidades

CIDADE MORENA

No dia do Patrimônio, Campo Grande se divide entre restaurações e abandonos arquitetônicos

Descaracterizações e demolições irregulares são acompanhadas pela Promotoria de Justiça da Capital

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Celebrado neste 17 de agosto, o Dia Nacional do Patrimônio Histórico relembra a importância da preservação de símbolos que contam a história das cidades, que no caso de Campo Grande se divide entre restaurações e abandonos arquitetônicos. 

Como bem rememora o Ministério Público em nota sobre o tema, a data homenageia o historiador Rodrigo Melo Franco de Andrade, fundador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que desde 1937 age pela preservação de bens culturais nacionais. 

Nesse sentido, há a 26ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, que atua para defender o patrimônio histórico-cultural campo-grandense, em união de esforços para que a identidade coletiva se mantenha forte e a memória urbana seja preservada. 

Para isso, a 26ª Promotoria fica realiza o acompanhamento dos casos de demolições daqueles imóveis que são protegidos pela classificação como "Zona Especial de Interesse Cultural" (ZEIC II). 

Um desses casos era o imóvel de número 285 que ficava na Rua Vasconcelos Fernandes, casa histórica que foi demolida e, hoje, dá lugar a um terreno vazio já coberto por mato. 

Diante desse caso, por exemplo, foi instaurado inquérito civil para investigar a demolição do imóvel que é considerado de relevância histórico-cultural no PDDUA do município. 

Importante explicar que é necessário procurar informação antes de qualquer demolição, sendo que a denúncia da não preservação do patrimônio cultural pode ser feita por qualquer cidadão, em casos de descaracterizações e demolições irregulares de imóveis com valor histórico, que pode ser feita diretamente no site da ouvidoria do Ministério Público de MS ou pelo telefone 127. 

Restaurações e abandonos

Na contramão das demolições, como bem acompanhou o Correio do Estado, a restauração de uma casa de 80 anos ganhou destaque após o trabalho da arquiteta responsável, Thathyane Sangali, que descobriu que o imóvel tratava-se de uma edificação catalogada na ZEIC II. 

Nessa obra, a equipe de restauração descobriu tesouros históricos, já que as pesquisas levantaram as pessoas que moraram na casa e, com isso, as descrições da disposição original de cada cômodo - como banheiro e cozinha externos, comuns à época - e de elementos arquitetônicos considerados raros.

Do outro lado, uma casa tombada há menos de uma década por seu valor arquitetônico é alvo das ações do tempo, como publicado pelo Correio do Estado, já que ficou "esquecida" no número 1.334 da rua Antônio Maria Coelho.

Construída por um espanhol, Inácio Gomes, a casa tem características particulares do estilo eclético que, conforme o arquiteto especialista Ângelo Arruda em seu portal, é possível ser notado em diversas outras edificações campo-grandenses. 

Segundo o arquiteto, esse estilo do imóvel tombado foi implantado na década de 1920, ou seja, há mais de um século, provável período em que a Vivenda Ignácio Gomes teria sido erguida em Campo Grande. 

Em 22 de agosto de 2018, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) de Campo Grande publicava o tombamento do imóvel que inclusive possui nome de batismo:  "Vivenda Ignácio Gomes", como bem acompanhou o Correio do Estado à época. 

Esse tombamento aconteceu graças ao valor arquitetônico da construção, vindo com uma série de exigências que podem gerar inclusive multa em caso de comprovação do dano causado ao imóvel. 

E isso vale para qualquer processo de destruição, mutilação ou transformação e até mesmo reparos, pinturas e restauração, com a multa podendo alcançar o dobro do valor do dano causado. 

À época, inclusive, foi dito que o proprietário comunicasse ao município, caso não possuísse recursos para obras de conservação reclamadas e, se comprovado, o Executivo ficaria a cargo dessas tarefas. 

 

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INVESTIGAÇÃO

Conselho de Saúde aciona TCE-MS para investigar plantões fakes nas UPAs

Caso as irregularidades sejam confirmadas, o impacto financeiro pode alcançar o valor aproximado de R$ 2 milhões por mês.

15/12/2025 17h45

UPA Universitário

UPA Universitário Marcelo Victor / Correio do Estado

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O Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Campo Grande acionou o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS), por meio de uma representação, para apurar supostas irregularidades no pagamento de plantões médicos na Secretaria Municipal de Saúde (SESAU).

Através do documento, o qual a reportagem do Correio do Estado teve acesso, estima que, caso as irregularidades sejam confirmadas, o impacto financeiro possa alcançar o valor aproximado de R$ 2 milhões por mês. Uma denúncia anônima recebida pelo CMS, em meio às investigações das irregularidades, aponta que as fraudes ocorrem desde 2020.

A mesa diretora requer:

a) O recebimento da presente representação;
b) A instauração de procedimento de fiscalização e auditoria pelo TCE/MS;
c) A apuração da regularidade dos pagamentos de plantões realizados pela SESAU aos profissionais;
d) A análise retroativa dos pagamentos, inclusive a partir do exercício de 2020, conforme narrado na denúncia anônima;
e) A adoção das medidas corretivas e sancionatórias cabíveis, caso confirmadas irregularidades.

Denúncias

Em junho deste ano, veículos de notícias já abordavam sobre a possibilidade de haver uma "máfia dos plantões fake em Campo Grande", o que contribuiu para a ampliação da apuração conduzida pelo Conselho de Saúde.

A denúncia inicial aponta que médicos na função de diretor técnico em unidades de urgência e emergência estariam recebendo, mensalmente, o quantitativo de 14 plantões, sem a necessidade de cumprimento efetivo dessas escalas, limitando-se, em tese, à assinatura dos respectivos registros, como forma de complementação remuneratória e compensação financeira pelo exercício do cargo.

No documento também mostra que o Conselho recebeu uma segunda denúncia, posteriormente, no e-mail do órgão, onde citava nomes de outros profissionais, médicos e enfermeiros, com atuação em funções de gestão, lotados na Sesau.  Além disso, relata que as práticas irregulares estariam ocorrendo de forma continuada desde o ano de 2020.

Ofícios ignorados

A mesa diretora do Conselho passou a adotar providências formais, expedindo sucessivos ofícios à Sesau, solicitando esclarecimentos objetivos e documentação comprobatória acerca dos critérios de controle de frequência, fiscalização do efetivo cumprimento dos plantões e regularidade dos pagamentos realizados.

"Em resposta às solicitações deste Conselho, a Sesau encaminhou manifestações de caráter genérico, limitando-se a informar que os esclarecimentos constariam em manifestação da área técnica, sem apresentar documentos individualizados, registros de frequência, relatórios de auditoria interna ou comprovação objetiva do efetivo exercício dos plantões pagos, não sendo suficientes, até o momento, para afastar os indícios de irregularidades apontados", diz a representação do Conselho.

Após as respostas iniciais encaminhadas pela Sesau, esta deixou de apresentar novas manifestações aos reiterados ofícios expedidos pelo Conselho Municipal de Saúde.

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Cidades

Rachid Neder é interditada para obra no cruzamento com a rua Arthur Jorge

Rotatória ganhará semáforos para maior segurança no trânsito

15/12/2025 17h30

Divulgação

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A partir desta terça-feira (16), a rotatória do cruzamento da Av. Rachid Neder com a Rua Arthur Jorge, ficará temporariamente interditada para uma obra de adequação e reorganização do fluxo viário. 

A intervenção tem como principal objetivo reforçar a segurança viária e melhorar a fluidez do tráfego em um dos pontos mais importantes de interligação entre a região Central e a região do Segredo.

Segundo a Agência Municipal de Trânsito (Agetran), o cruzamento registra grande volume de veículos ao longo do dia, sendo utilizado diariamente por moradores, trabalhadores e condutores que se deslocam entre diferentes regiões da cidade.

Para melhorar o trânsito da região, estudos técnicos apontaram a necessidade de adequações na rotatória, visando organizar melhor os fluxos, reduzir conflitos de tráfego e proporcionar deslocamentos mais seguros e eficientes.

O projeto também prevê a instalação de semáforos no local, como medida complementar para reforçar a segurança viária e melhorar ainda mais a mobilidade e a fluidez do tráfego.

Equipes da Agetran atuarão com sinalização viária adequada e orientação aos condutores durante todo o período de interdição, para minimizar transtornos e garantir a segurança de todos os usuários da via.

A Agência pede que os motoristas redobrem a atenção ao trafegar pela região, respeitem a sinalização provisória e, se possível, utilizem rotas alternativas.

Não foi informado prazo para término das obras e fim da interdição.

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