Reafirmando sua intenção de se candidatar à Presidência em 2018, o ex-presidente Lula disse que povo não precisa dele para retomar as políticas de seu governo.
Em discurso na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, zona norte do Rio, o ex-presidente voltou a se comparar a Tiradentes e disse que "o que existe é a força das ideias".
"Eles [adversários políticos] pensam que é o Lula que é importante. O Lula é uma peça de uma máquina chamada povo brasileiro. Esse povo já tem consciência. O povo não precisa do Lula. O erro deles é achar que existe um ser humano insubistituível", afirmou o petista, durante a plenária que encerrou congresso da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Condenado a 9 anos e 6 meses pelo juiz Sergio Moro, ele pode ficar inelegível caso a sentença seja confirmada pela segunda instância até o pleito do ano que vem. Ele voltou a criticar a força tarefa da Operação Lava Jato -a quem se referiu como "um partido político".
"O problema deles não é o Lula. O Lula renasce no seu filho. O problema é enfrentar as milhões de pessoas como o Lula", afirmou ele.
Sem citar os antigos aliados Sérgio Cabral (PMDB), preso desde novembro, e Luiz Fernando Pezão (PMDB), que comandam o Estado desde 2007, Lula criticou a situação financeira fluminense.
"O Rio de Janeiro é o que mais sofre com a crise resultado do golpe feito nesse país", afirmou ele, referência ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ele também criticou aqueles que apoiaram o impeachment mas, agora, não se manifestaram contra o presidente Michel Temer, denunciado por corrupção passiva.
"Muitos coxinhas que fizeram manifestação não estão batendo panela. Estão batendo cabeça porque não sabem o que fazer com o país", disse.
Lula voltou a atacar a imprensa, em especial a Rede Globo. Reafirmou que, se eleito em 2018, irá fazer a "regulação dos meios de comunicação".
"Quero ver o William Bonner pedindo desculpas ao presidente Lula", disse o petista.