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No "apagar das luzes" Prefeitura renova isenção fiscal do transporte público

No projeto de Lei apresentado, foi ressaltado que o benefício fiscal proposto é satisfatório para as empresas prestadoras de serviços de transporte coletivo de Campo Grande

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Nesta quinta-feira (19), durante a última sessão ordinária de 2024, na Câmara Municipal de Campo Grande, foi aprovado o projeto de lei complementar nº 947/24, que garante a continuidade da isenção do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) sobre a prestação de serviços de transporte coletivo.

A isenção do ISSQN feita pela prefeitura é um pedido do Consórcio Guaicurus, sob justificativa de não aumentar o preço da tarifa. A medida é prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA) e na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. 

Caso não seja concedida a indenização, o Consórcio alega necessidade de reajuste da tarifa de ônibus em Campo Grande. O projeto de lei complementar nº 947/2024 foi protocolado na quarta-feira (18) pelo Executivo de Campo Grande.

No projeto de Lei apresentado, foi ressaltado que o benefício fiscal proposto é satisfatório para as empresas prestadoras de serviços de transporte de pessoas em Campo Grande, pois minimiza os custos financeiros arcados por elas, em contrapartida a não cobrança das passagens à diversos usuários, decorrentes de ajustes com o município, acarretando uma menor majoração no preço tarifário.

A lei entra em vigor no dia 1° de janeiro de 2025 e deve seguir até o dia 31 de dezembro do próximo ano. Em 2023, a renúncia fiscal chegou a R$ 8.584.619,49, conforme dados do Portal da Transparência.

Despedida

Ainda durante a última sessão ordinária de 2024 que, passado mais um ano eleitoral, marca a despedida de verdadeiros "dinossauros" da política local e outros 11 parlamentares que não conseguiram reeleição. 

Como bem abordado ao final do período eleitoral, Dr. Loester (MDB), Valdir Gomes (PP) e João Rocha (PP) são os vereadores veteranos considerados "dinossauros" da política, já que alcançaram o feito de quatro mandatos consecutivos. 

Ao Correio do Estado, Valdir Gomes disse que se sente realizado por seus mandatos consecutivos e, neste último dia, sai da Casa de Leis de Campo Grande "sem deixar nada para trás", ressaltando o legado de seus feitos. 

"O Vovó Ziza, que eu fundei; a Vila do Idoso, que acredito que dentro ainda desse semestre nós vamos entregar, já está quase até em fase de acabamento", reforça Valdir sobre seus "carros-chefes". 

Também, Dr. Loester enxerga esse "adeus" como um momento de "missão cumprida", abrindo mão de uma possível nova candidatura no futuro e dizendo que só volta para a Casa de Leis em caso de suplência. 

"Fora disso, se acontecer, não serei candidato à reeleição. Então, realmente, está encerrado a minha vida como político. Mas eu sinto feliz, trabalhei, fiz tudo o que eu podia fazer em benefício de Campo Grande, sem jogar nada para a plateia, nunca vim em busca de aplausos", disse

Sem mágoas da vida política, que se estendeu por três mandatos de deputado e quatro como vereador, o agora ex-parlamentar de 77 anos diz também que não busca "emprego", quando questionado sobre a possibilidade de cargos junto aos executivos Municipal ou Estadual. 

Ex-presidente da Câmara Municipal, João Rocha é o terceiro entre os "dinossauros", que também se diz feliz pelo trabalho exercido como representante da população campo-grandense. 

"Acredito que fiz com dignidade, com postura, com determinação e muita responsabilidade. Acredito muito nos que foram eleitos que possam dar seguimento, estar aqui para defender o interesse do cidadão", disse. 

***Colaborou Leo Ribeiro***

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Consulta pública do Governo Federal mira concessão de hidrovia do Rio Paraguai

Período para envio de contribuições ocorre entre 26 de dezembro deste ano e 23 de fevereiro de 2025

19/12/2024 18h00

Foto: Arquivo Correio do Estado

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O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) deu o pontapé inicial para a consulta pública do projeto de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai, evento realizado nesta quinta-feira (19), em Brasília, primeira iniciativa do tipo no Brasil.

A ação visa promover a transparência e a participação social na modelagem do projeto, marco para o setor hidroviário nacional. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões.

A Hidrovia do Rio Paraguai compreende o trecho entre Corumbá e a Foz do Rio Apa, localizada no município de Porto Murtinho, e o leito do Canal do Tamengo, no trecho compreendido no município de Corumbá. A extensão total do projeto é de 600 km.

Nos primeiros cinco anos de concessão, serão realizados serviços de dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantação dos sistemas de gestão do tráfego hidroviário, incluindo Vessel Traffic Service (VTS) e River Information Service (RIS), além dos serviços de inteligência fluvial.

O período para envio de contribuições, subsídios e sugestões sobre a modelagem e os documentos da concessão será de 26 de dezembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025, enquanto o prazo contratual da concessão é de 15 anos com possibilidade de prorrogação por igual período.

Tarifa

Segundo a modelagem, foi definido que somente será feita a cobrança de tarifa para a movimentação de cargas quando a concessionária entregar os serviços previstos na primeira fase do contrato. Em relação ao transporte de passageiros e de cargas de pequeno porte não haverá cobrança de tarifa.

A previsão de tarifa, pré-leilão, é de até R$1,27 por tonelada de cargas. O critério de licitação pode ser menor tarifa, por isso, esse valor pode cair. No entanto, existe a possibilidade, durante a realização da consulta pública, de alteração no critério do certame.

“É um marco na história da infraestrutura hidroviária brasileira. Estamos falando do maior projeto de infraestrutura em desenvolvimento regional na América do Sul, que é a Hidrovia do Rio Paraguai. Ele combina desenvolvimento sustentável e eficiência logística, oferecendo ganhos significativos para toda a cadeia produtiva da região, além do desenvolvimento das empresas de navegação.”, afirmou ao Governo Federal o diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery.

Durante o evento, houve uma apresentação técnica sobre o projeto realizado pela ANTAQ. A exposição foi conduzida pelo diretor Albert Vasconcelos, relator da matéria, e pelo superintendente de Estudos e Hidrovias, Bruno Pinheiro.

Ambos detalharam os aspectos estratégicos e logísticos do empreendimento, que visa impulsionar o transporte hidroviário e integrar o agronegócio brasileiro à infraestrutura nacional.

Movimentação

Após a concessão, o transporte de cargas do Rio Paraguai está estimado entre 25 e 30 milhões de toneladas a partir de 2030, o que significa um aumento significativo de movimentação em relação ao praticado atualmente. No ano passado, a hidrovia transportou 7,95 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 72,57% em relação a 2022.

Em 2023, as hidrovias foram responsáveis por transportar mais de 157 milhões de toneladas de carga, quase 10% de todo o transporte aquaviário ocorrido no período. Esse volume de carga transportada tem um potencial ainda maior para ser desenvolvido e a busca por investimento privado nesse segmento vai ao encontro da busca por uma maior eficiência logística nacional.

Trafegabilidade

Com a concessão, a hidrovia vai contar com um calado de 3 metros quando o rio estiver cheio e de 2 metros em períodos de seca, o que vai garantir a trafegabilidade das embarcações durante todo o ano, ou pelo menos a maior parte dele.

Levando em consideração as estiagens extremas dos últimos anos, o contrato também prevê a distribuição adequada dos riscos com o concessionário com a criação da Zona de Referência Hidrológica Contratual, que consiste em avaliação estatística do comportamento hidrológico do Rio Paraguai.

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Em 12 anos, população indígena em áreas urbanas cresceu 181% em MS

De acordo com o IBGE, 26,9 mil indígenas passaram a viver em áreas urbanas no período

19/12/2024 17h00

Foto: Arquivo/ Correio do Estado

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A população indígena residente em áreas urbanas de Mato Grosso do Sul saltou de 14.894 pessoas em 2010 para 41.861 pessoas em 2022, números divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que indicam um crescimento de 181% no período. 

Em números totais, em 2010, 19,34% do total de indígenas no estado viviam em áreas urbanas, número que saltou para 35,94% em 2022, crescimento de 26.967 pessoas em 12 anos. Já a população indígena em situação rural chegou a 74.608 pessoas, ou 64,06% das pessoas indígenas do estado em 2022, crescendo 20,1% desde 2010, o equivalente a mais 12.487 pessoas indígenas.

Os dados são parte do Censo Demográfico 2022: “Indígenas – Principais características das pessoas e dos domicílios, por situação urbana e rural: Resultados do Universo”.

Em nível nacional, os maiores percentuais de indígenas em áreas urbanas em 2022 foram observados em Goiás (95,52%), Rio de Janeiro (94,59%) e Distrito Federal (91,84%). ranking no qual o Mato Grosso do Sul ficou na 20ª posição, com 35,94%.

Por outro lado, os estados com as maiores proporções de pessoas indígenas em áreas rurais em 2022 foram Mato Grosso (82,66%), Maranhão (79,54%) e Tocantins (79,05%), com Mato Grosso do Sul na 8ª posição (64,06%) de indígenas que vivem em área rural.

Todos os municípios do Estado possuem indígenas, destaque para: Campo Grande (18.434), Dourados (12.054) e Amambai (9.988). As menores quantidades de pessoas indígenas foram registradas em Alcinópolis (7), Taquarussu e Pedro Gomes, ambos com três indígenas. 

Terra indígena

De acordo com o IBGE, os municípios do Estado com maior proporção de pessoas indígenas em Terras Indígenas (TI) foram Japorã (98,24%), Tacuru (96,10%) e Dois Irmãos do Buriti (95,40%). Na contramão, os municípios com menor proporção de pessoas indígenas em TI ficaram com Maracaju (35,21%), Corumbá (25,0%) e Bodoquena (16,64%). 

Alfabetização

De acordo com o Censo Demográfico de 2022, em Mato Grosso do Sul, do total de 80.248 pessoas indígenas com 15 anos ou mais de idade, 70.345 pessoas eram alfabetizadas, taxa de alfabetização de 87,6%.

No entanto, ao levar em consideração a divisão rural e urbana, a taxa de alfabetização da população urbana indígena de MS era 91,8%, enquanto na zona rural caia para 84,9%. 

No geral, o que os números mostram é que as taxas de alfabetização para aqueles que se identificam como indígenas são mais baixas do que as da população em geral no estado, dado que a taxa total de alfabetização no estado (94,61%) e a daqueles que se identificam como indígenas (87,66%).

Em domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos um morador indígena, MS mostrou que 64,5% possuíam acesso à rede geral de distribuição, poço, fonte, nascente ou mina encanada até o domicílio.

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