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Novo acesso às Moreninhas gera boom imobiliário e comercial

Empresários relatam maior procura por habitações e até pontos de comércio na região dos acessos que estão sendo construídos nas Moreninhas

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As obras do novo acesso aos bairros Moreninha I, II e III ainda não foram concluídas, no entanto, já movimentam os setores comercial e habitacional na região. Empresários relatam uma procura maior por pontos de comércio e visam lançamentos de condomínios no bairro e nos entornos, principalmente onde as novas vias vão passar. 

A empreiteira Tecol é uma das interessadas nos bairros, que estão com novos empreendimentos planejados e alguns em execução em virtude do novo acesso. O gerente comercial e de vendas da empresa, Henry Barcelos Feolin, comenta que nos próximos 30 dias será anunciado um novo condomínio de apartamentos nas Moreninhas. 

A empresa já tem um condomínio construído há cerca de cinco anos no bairro e, segundo o gerente comercial, o interesse nas Moreninhas veio após o anúncio de um shopping no local. Os terrenos foram comprados em frente ao local do futuro empreendimento comercial, que nunca saiu do papel. 

Por conta da demora da construção do shopping e da nova ligação, anunciada há anos, a empresa terminou apenas um condomínio, mas, com a retomada das obras, eles vão voltar para o bairro e pretendem construir 448 apartamentos nos próximos quatro anos. 

Além das Moreninhas I e II, a Tecol também está com um empreendimento na Avenida Rita Vieira, que foi ampliada para ser um dos acessos ao bairro. 

“Temos essa obra e mais 600 unidades a serem lançadas na região nos próximos cinco anos, porque a região vai se desenvolvendo, vai mudando”, comentou Henry a respeito dos impactos que o novo acesso causa não só nas Moreninhas, mas também no entorno das obras. 

Os dois condomínios lançados este ano devem ser entregues em 2025, e a empreiteira também está com mais um projeto além desses, em virtude do aquecimento da abertura do novo acesso. Um dos impactos relatados sobre as novas vias nas Moreninhas é o surgimento de bairros, como o Paraíso do Lageado, que fica próximo ao Kartódromo Ayrton Senna, onde vai passar um dos acessos ao bairro. 

Já Fernando Catalano, que é gerente da imobiliária Formato, relata que notou uma grande procura pelos bairros. Ele comenta que recebe de cinco a seis ligações por dia de pessoas que querem saber dos imóveis nas Moreninhas, porém, não vê efetividade no negócio. 

“A princípio, eu tenho notado que não é nem uma influência do projeto. Em alguns bairros mais populares, mais afastados, não tão no centro, tem alguma procura, mas a gente acredita que é muita consulta e efetivamente pouco negócio. Então, não tem se refletido em conversão comercial, como a gente chama”, comentou o gerente. 

Mesmo com as divergências entre a procura e o contrato em si, Catalano afirma que houve um aumento na busca por imóveis na região este ano e acredita que não só as Moreninhas serão valorizadas com a chegada do novo acesso, mas também os bairros próximos, como o Rita Vieira. 

A corretora de imóveis Andrya Gomes comenta que já vendeu mais de 40 casas e apartamentos nos bairros e tem, atualmente, todas as unidades de aluguel ocupadas, afirmando que é um local com muita procura de compra e aluguel. 

“O bairro possui infraestrutura e cresceu muito, aqui nas Moreninhas ganhou-se o status de cidade. Temos um amplo comércio, postos de saúde, escolas e praças, UPA, bancos, parque, supermercados, atacadistas. A região é completa e dispensa viagens para o centro da Capital”, comenta a corretora. 

Mesmo com tanta gente procurando moradia nos bairros, ainda há quem saia do local por conta da falta de acesso. É o caso da comerciante Adriely Barbieri, que manteve sua casa nas Moreninhas, mas atualmente mora em outro bairro porque o emprego do seu marido e a escola de sua filha ficam fora de lá. 

“Só tem uma entrada, e aí no horário de pico é uma fila para entrar. Você demora até 20 minutos para entrar. Se você for sair, por exemplo, para buscar a criança na escola, que não estuda aqui dentro, como é o caso da minha filha, você tem que sair bem antes, porque o acesso é muito ruim”, comenta a comerciante, que saiu das Moreninhas há seis meses. 

A loja de roupas de Adriely continua nas Moreninhas. Ela notou que houve um aumento não só de novos empreendimentos, mas também de vendas. Segundo Adriely, atualmente, há uma dificuldade para encontrar pontos de comércio disponíveis. “Parece que ampliou o bairro”, diz. 

OBRAS 

O projeto de acesso aos bairros Moreninha I e II é antigo. Em 2021, o então titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, comentou ao Correio do Estado que a obra deveria começar até outubro e durar em torno de 18 meses, sendo entregue no início deste ano. 

No entanto, apenas uma parte foi feita, sendo o prolongamento da Avenida Rita Vieira até a Avenida Guaicurus, que se tornou a Avenida Salomão Abdala, que atualmente está totalmente construída e conta com faixa de ciclovia. 

A Avenida Salomão Abdala será interligada à Rua Alto da Serra até chegar às Moreninhas. Essa “segunda etapa” já está em andamento e tem cerca de 20% das obras concluídas. 

Já no bairro, uma nova via foi aberta, adjacente à Rua Ipamerim, entre a Avenida Alto da Serra e a Rua Crispim Moura, e faz parte das intervenções do novo acesso às Moreninhas. 
O custo total das obras é de R$ 41,3 milhões e a previsão de entrega é até julho de 2024. 

SAIBA

A Agesul também informa que a próxima etapa do acesso às Moreninhas está em fase de projeto e desapropriações e prevê cerca de 3.300 metros de ciclovia.

insatisfação

Negociação salarial nao evolui e policiais civis param nesta quinta-feira (19)

Paralisação será de 24 horas e somente atendimentos mergenciais serão feitos nas delegacias de todo o Estado, segundo o sindicato da categoria

18/09/2024 23h38

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

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Em protesto ao que chamam de descumprimento de promessas de melhorias salariais, os policiais civis de Mato Grosso do Sul promovem nesta quinta-feira (19) uma paralisação de 24 horas nos atendimentos das delegacias, iniciando às 8 horas e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). 

As mobilizações do sindicato da categoria, o Sinpol, começaram ainda em agosto e têm o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. Eles reivindicam melhorias que garantiriam reajustes da ordem de 69% em seus vencimentos. 

A categoria afirma ter o 19º pior salário do País e reivinca aumento no salário inicial de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil. Além disso, exige o pagamento de auxílio saúde semelhante ao que que está sendo pago aos delegados, da ordem de R$ 2 mil mensais. 

Conforme a direção do Sinpol, a paralisação não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garante que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes serão atendidos.

"O Sinpol conclama todos os policiais civis, filiados ou não, a se unirem ao movimento, demonstrando a força da categoria e a necessidade de uma resposta urgente do governo", afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.

Está prevista uma manifestação da categoria a partir das 07:30 horas em frente à Depac Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro, na Rua Padre João Crippa. 
 
Além dos reajuses salariais, a categoria exige novas contratações, pois alega déficit de  900 profissionais para os cargos de investigadores e escrivães. 
Atualmente, o Estado possui 1,6 mil profissionais, entre escrivães e investigadores. Conforme a categoria, o necessário para atender a demanda seria de 2,5 mil trabalhadores.

Cidades

Oito em cada dez municípios têm risco alto ou muito alto para sarampo

Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016

18/09/2024 21h00

Agência Brasil

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Ao menos 4.587 municípios foram classificados como em alto risco para sarampo, enquanto 225 foram categorizados como em risco muito alto, totalizando 86% das cidades em todo o país com risco elevado para a doença. Há ainda 751 municípios listados com risco médio e apenas quatro com baixo risco. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.

Ao comentar o cenário, a coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, lembrou que o Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016, mas perdeu o status em 2019 após voltar a registrar a circulação do vírus por um período superior a 12 meses. “Em 2022, o Brasil estava endêmico para sarampo e, em 2023, passou para o status de país pendente de reverificação”, explicou. 

Segundo Flávia, em maio deste ano, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas esteve no país e fez uma série de recomendações, incluindo ampliar a sensibilidade na definição de casos suspeitos de sarampo. A entidade pede que o país apresente o número de amostras recebidas de pacientes com febre e exantema e quais foram os diagnósticos de descarte.

De acordo com a coordenadora, a comissão destacou que, embora a cobertura vacinal tenha melhorado tanto para o sarampo quanto para a rubéola, por meio da tríplice viral, em alguns estados o progresso foi mínimo ou mesmo negativo. A situação no Rio de Janeiro, no Amapá, no Pará e em Roraima foi classificada pela entidade como muito preocupante para a manutenção da eliminação do sarampo e da rubéola no país. 

Também foi recomendado que o Brasil padronize um fluxograma de resposta rápida a casos suspeitos, tomando como base o caso recente de sarampo detectado no Rio Grande do Sul, importado do Paquistão. Por fim, a comissão sugere articular junto ao Ministério do Esporte e ligas esportivas a vacinação de atletas brasileiros, a exemplo do que foi feito previamente aos Jogos Olímpicos de Paris este ano. 

“Foi feita ainda a recomendação de buscas ativas integradas de casos de sarampo e rubéola com poliomielite e paralisia flácida em menores de 15 anos”, disse Flávia, ao citar que as ações servem para fortalecer a vigilância a nível municipal. 

Em junho deste ano, o país completou dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com isso, o país espera retomar a certificação de 'livre de sarampo'

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