Cidades

MINISTÉRIO PÚBLICO

Novo procurador-geral da República decidirá destino das operações

Novo procurador-geral da República decidirá destino das operações

Continue lendo...

O novo procurador-geral da República terá de lidar com o destino das 27 forças-tarefa mantidas atualmente pelo Ministério Público Federal no Brasil. Essa é uma das heranças que o titular do cargo - a ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro - deve receber de Raquel Dodge, caso ela não seja reconduzida para novo mandato de dois anos.

Além de regulamentar o funcionamento das forças-tarefa, o indicado terá de desfazer o nó das delações premiadas de políticos e doleiros paradas na procuradoria, enfrentar uma pauta delicada no Supremo Tribunal Federal (STF), como o caso Coaf, os que envolvem a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e gerir um orçamento, aprovado na sexta-feira, 9, de R$ 4 bilhões para 2020.

Entre as 27 forças-tarefa em funcionamento existem seis ligadas à Lava Jato em três Estados e no Distrito Federal. Nelas trabalham 65 procuradores da República. Há ainda forças-tarefa para crimes ambientais, como a Hydro, no Pará, e a que busca desde 2010 os mortos e desaparecidos durante o combate à guerrilha do Araguaia (1972-1974), na ditadura militar. 

Projeto

No primeiro caso, está no Conselho Superior da instituição um projeto feito pela Câmara do Meio Ambiente que institui grupos permanentes regionalizados de atuação especial para delitos ambientais nos moldes dos que já existem nos ministério públicos estaduais, como os Grupos de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Caso seja aprovada - com grupos regionais ou nacionais -, a experiência pode ser desdobrada para outras áreas, como o combate à corrupção e aos crimes contra a ordem econômica. A questão, segundo subprocuradores-gerais ouvidos pelo Estado, envolve um ponto crucial: quem vai indicar os integrantes de cada grupo? 

Se for o procurador-geral e o Conselho Superior - como Raquel quis no começo do ano -, o poder da cúpula da instituição crescerá. É o que diz o ex-presidente da Associação Nacional do Procuradores da República (ANPR), o procurador regional José Robalinho Cavalcanti.

Caso essa tarefa fique nas mãos dos colégios locais de procuradores, como acontece atualmente com as forças-tarefa, haveria um freio e um controle da classe em relação à distribuição desses cargos estratégicos, evitando distorções de alguns Gaecos de ministérios públicos estaduais, dizem os procuradores da República.

Também deve ser decidido se os membros dessas forças terão mandato definido, e se este poderá ser renovado, ou se, uma vez designados, passarão a contar com estabilidade - a chamada inamovibilidade -, o que os deixaria livre de pressões de cima e fora da instituição.

Reestruturar

Há quem defenda a mudança ainda dentro de um plano de reestruturação da instituição em razão da digitalização dos processos, da eficiência da atuação e da racionalidade dos recursos. "Há um problema fiscal: ele não pode mais crescer em razão da Emenda Constitucional 95 (teto de gastos). Há a questão tecnológica, em razão da digitalização dos processos, o que permite o trabalho à distância", disse Robalinho.

Para Robalinho, outra questão fundamental é a garantia da independência da instituição. "O MPF é um órgão que por independência funcional e pela lei, não é controlável pelo procurador-geral da República, seja ele quem for." Trata-se de um recado aos bolsonaristas que defendem nomear alguém afinado ideologicamente, como já declarado pelo presidente.

Com isso, dois candidatos ganharam força: os subprocuradores-gerais Paulo Gustavo Gonet Branco e Augusto Aras Nenhum deles disputou a eleição promovida pela ANPR para a formação de lista tríplice, de onde saíram os procuradores nomeados desde 2003 - o presidente não é obrigado a seguir a lista. Ambos já se encontraram com Bolsonaro. Outro candidato que corre por fora é o primeiro da lista da ANPR, o subprocurador-geral Mário Bonsaglia. Conservador, ele fez carreira na área criminal e prega maior transparência nos gastos do MPF.

Na sexta-feira, quando o Conselho Superior do MPF aprovou o orçamento de 2020, duas candidatas ao cargo participaram da sessão: a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, e a subprocuradora-geral Luiza Frischeisen, segunda colocada na lista da ANPR. Cerca de 85% dos gastos serão com despesas obrigatórias (salários, por exemplo) e 15% serão discricionárias

No mesmo dia, tomou posse o Conselho eleito pela classe e pelos subprocuradores-gerais. Por ele passam nomeações promoções. Quem assumir a PGR - mesmo que tenha perfil conservador - terá de conviver com um colegiado em que cinco dos 10 membros são ligados ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot.

Ministro

O presidente Jair Bolsonaro declarou ontem que o futuro chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) não será "alinhado" com o governo, mas comparou o próximo ocupante do cargo a um de seus ministros.

"Não é com o governo, é com o Brasil", respondeu Bolsonaro, quando questionado se o escolhido será alinhado com o governo. "É igual a meus ministros: não estão alinhados comigo. Cada ministro conhece a sua pasta. Agora, todos os que vieram trabalhar comigo sabiam que eu era contra o Estatuto do Desarmamento, o que eu pensava de tudo, sabiam disso aí."

Em entrevista publicada ontem pelo Estado, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, fez críticas à PGR ao afirmar que "se apequenou" com "questão menores". 

Questionado sobre a declaração, Bolsonaro falou que Oliveira é seu irmão. Ele concordou com o ministro quando este disse que a escolha do PGR será a mais importante do mandato. "Lógico, é igual a casamento, né?", disse o presidente.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) afirmou que o ministro Jorge Oliveira extrapolou suas atribuições ao fazer as críticas à PGR. "Cabe à presidência avaliar o desempenho de seus próprios integrantes", disse. "Ainda que seja da competência da presidência fazer a indicação do procurador, as declarações foram um passo além da curva. Não contribuem para a harmonia das instituições."

A deputada Alice Portugal (PC do B-BA) classificou as críticas de Oliveira como um sintoma de "autoritarismo". "O Ministério Público foi criado para ser o fiscal da lei. A instituição merece o respeito e, sobretudo, é indispensável que respeitemos sua autonomia. Ela é fundamental." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

 

Campo Grande

Avenidas viram "rio" e homem surfa na chuva; veja vídeo

"Surfista" foi flagrado em meio à enxurrada no Jardim Centenário

18/03/2025 17h30

"Surfista" foi localizado na Avenida Campestre Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O temporal que caiu em Campo Grande na tarde desta terça-feira (18) causou vários estragos, principalmente relacionados a alagamentos, com ruas virando "rios" e água entrando em casas e comércios.

A situação, no entanto, também causou cenas inusitadas, como um homem se arriscando para surfar na "enxurrada".

Em decorrência das fortes chuvas, um homem foi flagrado "surfando" em cima do que parece ser um saco de sementes, na Avenida Campestre, Jardim Centenário. A  Avenida Guaicurus também ficou submersa. 

 "Surfista" foi localizado na Avenida Campestre

Enquanto filmava, o homem que se protegia da chuva aproveitou a ocasião para brincar com a situação do "surfista". "Olha aí, vocês não tem um caiaque (risos)", disse. Instantes depois, aproveitou o momento para alertar o aventureiro sobre o perigo das chuvas. "Lá embaixo (a chuva) tá forte", disse. 

De acordo com o meteorologista Natalio Abrahão, choveu cerca de 45 mm apenas na Avenida Guaicurus, trecho com enchentes e inundações. Regiões nos bairros Pioneiros e Universitário também ficaram alagadas.

Assine o Correio do Estado 

Partiu IF

Cursinho do IFMS oferece bolsa de R$ 200 para estudantes em MS

Com mais de 400 vagas, o cursinho é uma oportunidade para estudantes do 9º ano que querem ingressar na instituição; saiba como participar

18/03/2025 17h00

Divulgação/IFMS

Continue Lendo...

O curso preparatório "Partiu IF" do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) está com 480 vagas para estudantes do 9º ano que querem ingressar na instituição.

O programa do Ministério da Educação (MEC) é voltado para capacitar estudantes em situação de vulnerabilidade social, para que ingressem na rede federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Os estudantes que tiverem frequência mínima de 75% nas aulas receberão ajuda de custo de R$ 200 por mês.

Processo de seleção

No Partiu IF, os estudantes selecionados vão participar da preparação para o Exame de Seleção 2026, que é a prova para ingressar no ensino técnico integrado no primeiro semestre de 2026.

Ao todo, são 480 vagas que serão divididas em 12 campi nos seguintes municípios:

  • Aquidauana: 40 vagas;
  • Campo Grande: 40 vagas;
  • Corumbá: 40 vagas;
  • Coxim: 40 vagas;
  • Dourados: 40 vagas;
  • Jardim: 40 vagas;
  • Ladário: 40 vagas;
  • Naviraí: 40 vagas;
  • Nova Andradina: 40 vagas;
  • Ponta Porã: 40 vagas;
  • Três Lagoas: 40 vagas.

Algumas vagas serão voltadas para os seguintes recortes:

  • Estudantes pertencentes a famílias com renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo;
  • Autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas;
  • Pessoas com Deficiência (PCD).

Quem pode participar?

Alunos matriculados no 9º ano que estudaram todo o ensino fundamental em escola pública.

Cabe ressaltar que o estudante precisa ter até 17 anos completos na data da matrícula, que está prevista para ocorrer em abril.

Carga horária

No total, serão 320 horas do cursinho, que será ministrado entre os meses de abril e novembro, no período vespertino.

Serão oferecidas as seguintes matérias:

  • Língua Portuguesa;
  • Matemática;
  • Ciências da Natureza;
  • Práticas Suplementares.

Uma parte da carga horária de cada disciplina será na modalidade presencial, e o restante será para o atendimento ao estudante.

Metade da carga horária de cada disciplina será ofertada presencialmente, e o restante será de atendimento ao estudante.

Inscrições

O prazo para se inscrever vai até 27 de março e é totalmente gratuito. Basta acessar a Página do Candidato da Central da Seleção clicando aqui.

Ao final, é preciso anexar os seguintes documentos digitalizados em formato PDF e arquivo único:

  • Fotocópia do RG (frente e verso) ou certidão de nascimento e CPF;
  • Comprovante de residência;
  • Declaração de matrícula em escola pública assinada e carimbada pela instituição, com o turno e o ano em que o aluno está matriculado e que o candidato cursou todos os anos do ensino fundamental em escola pública (Anexo I);
  • Autodeclaração de cor/raça (Anexo II) ou Autodeclaração Étnica Indígena (Anexo III) e Declaração de Pertencimento Étnico Indígena (Anexo IV) ou Declaração de Pertencimento Étnico Quilombola (Anexo V) ou Laudo Médico (para PCD);
  • Folha resumo do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) atualizado (2024), para aqueles que precisam comprovar renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo.

O candidato que não tiver acesso à internet pode ir até a Central de Relacionamento (Cerel) do campus do IFMS para fazer a inscrição. Para consultar o endereço de cada unidade basta clicar aqui.

Confira o edital
 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).