Cidades

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Número de casos de gripe suína dispara no Japão

Número de casos de gripe suína dispara no Japão

Redação

17/05/2009 - 17h59
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        Da redação 

         O número de casos da gripe suína dispara no Japão e coloca a Organização Mundial da Saúde (OMS) em alerta para uma eventual declaração de pandemia. Amanhã, o Brasil usará a abertura da Assembleia Mundial da Saúde em Genebra para apelar para que a OMS intervenha, garanta o acesso a remédios a todos os países e estabeleça um novo acordo para a transferência de informações e tecnologias relacionadas a pandemias. No fim de semana, o governo americano rejeitou um acordo. Dados da OMS apontam que a gripe suína já afetou 8,4 mil pessoas, em 39 países, com 75 mortes. A OMS não escondeu que voltou a ficar preocupada com o aumento no número de casos fora da América do Norte. Para que uma pandemia seja declarada, a entidade precisa ver surtos fora das Américas. Hoje, a entidade está em um nível de alerta pré-pandêmico, mas ainda admite que a pandemia é "iminente".
        A preocupação é de que o Japão e a Europa sejam os principais candidatos de desenvolver surtos autóctones. No fim de semana, o Japão alertou que os casos de gripe dispararam, passando de apenas cinco casos para 44. Tóquio confirmou que não se trata apenas de casos de pessoas que retornavam do México ou Estados Unidos, mas de pessoas que sequer tinha saído do país. Dezenas de casos foram registrados em adolescentes e escolas foram fechadas e eventos e festivais cancelados. "Precisamos acompanhar de perto o que ocorre no Japão", afirmou Gregory Hartl, porta-voz da OMS.
        "Não queremos prejulgar nada. Mas certamente isso é algo que teremos de seguir com interesse", disse. Imediatamente após o anúncio, pessoas passaram a usar máscaras. Outra preocupação é com o aumento dos casos na Espanha e Reino Unido, cada um com mais de cem casos. O governo russo emitiu ontem um alerta para que seus cidadãos evitem viajar para a Espanha. Hoje, o Reino Unido confirmou 14 novos casos, dos quais onze foram transmitidos dentro do próprio país.
        Mas nem o aumento no número de casos abriu a porta para um entendimento político entre governos. No centro de um embate diplomático está o controle de vírus e vacinas. O governo americano se recusou assinar um acordo que garante acesso à tecnologias e amostras de vírus por todos os países. A Casa Branca não quer nem mesmo que o tema continue na agenda diplomática nesta semana e seu objetivo é enterrar qualquer compromisso para que os países sejam obrigados a transferir tecnologia ou vacinas. Já o Brasil tenta, nos bastidores, apoios para conseguir que o debate volte à mesa de negociações. A rejeição americana está relacionada com o fato de que países emergentes estejam pressionando para garantir um compromisso legal de que todos os governos deem acesso às tecnologias para a produção de vacinas e de remédios.
        Em declarações ao Grupo Estado, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu a interferência da OMS junto aos produtores de vacinas e de remédios em todo o mundo para garantir que todos os governos tenham acesso aos produtos. "O País quer que o setor privado e as instituições públicas produtoras, ao desenvolverem vacinas, insumos diagnósticos e medicamentos contra o vírus da nova gripe, devem conceder à OMS licença voluntária para sua produção por todos países, em especial aqueles em desenvolvimento", alertou Temporão, que hoje já iniciou os encontros com o governo da Espanha. "Diante do risco de pandemia, não pode haver privilégios entre os habitantes de países, de forma distinta, no acesso a essa tecnologia. Não se questiona, aqui, o direito de patente, mas a construção de um modelo que permita o acesso ao tratamento, diagnóstico ou e medidas preventivas, como no caso da vacina", defendeu. "Isso requer que haja uma descentralização da produção, permitindo que os países executem os seus planos de contingência e atendam às necessidades de sua população", disse o ministro.
        Temporão ainda explicou que o Brasil defenderá o acesso aos benefícios das pesquisas científicas a todos os países membros da OMS. "Afinal, são informações obtidas pela organização dos diversos sistemas de públicos e analisadas por instituições credenciadas pela OMS. Assim, são dados que pertencem a toda a comunidade internacional", alertou.
        O presidente mexicano, Felipe Calderón, também declarou que quer que a vacina seja desenvolvida dentro da rede de laboratórios da OMS para garantir que não sejam patenteados e nem que os preços cobrados fiquem fora dos orçamentos dos governos mais pobres. Para o México, a vacina precisa ser um "bem público global".
        No centro do debate está, na realidade, a capacidade de países emergentes de produzir suas próprias defesas. Entidades como a Oxfam alertaram para o risco de uma falta de vacinas aos países mais pobres. O grupo alerta que metade da capacidade de produção de vacinas no mundo já estaria negociada para que seja utilizada para abastecer Europa e Estados Unidos com a vacina. De fato, o governo do Reino Unido anunciou um acordo para a compra de 90 milhões de doses da vacina que sequer ainda foi produzida. O Ministro da Saúde, Alan Johnson, fechou o acordo com a GlaxoSmithKline e com a Baxter. "O vírus tem o potencial de se transformar em uma pandemia", alertou. Segundo ele, o acordo permite que metade da população britânica tenha a vacina a partir de dezembro. Os governos dos Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha também já fecharam pré-acordos com as farmacêuticas. (informações da Agência Estado)
        

Sejusp e MJSP

Polícia descobre centenas de quilos de maconha em carro atolado; vídeo

Ação policial integra trabalhos do programa "Protetor das Fronteiras e Divisas", fruto de parceria entre a Secretaria de Estado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública

15/12/2025 12h09

Pesadas, as substâncias somaram 320 quilos de entorpecentes

Pesadas, as substâncias somaram 320 quilos de entorpecentes Reprodução/DOF

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Distante cerca de 313 quilômetros da Capital de Mato Grosso do Sul, agentes do Departamento de Operações da Fronteira (DOF) localizaram no domingo (14) centenas de quilos de entorpecentes, descobertos após um carro roubado ser localizado atolado no município próximo à região da fronteira com o Paraguai,

Conforme repassado pelo DOF, essa apreensão em questão foi feita no município de Ponta Porã, que fronteiriço em faixa de terra com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero (PJC). 

Pelas imagens é possível notar que o trecho está longe de ser uma via oficial, tratando-se de uma estrada não pavimentada e cercada de vegetação em ambos os lados, sem qualquer sinal próximo de populares e sem sinal de presença humana para além de cercas feitas com estaca e arame farpado na região.

Segundo narrado pelos agentes do Departamento de Operações de Fronteira, os militares patrulhavam uma estrada vicinal próximo ao perímetro urbano de Ponta Porã, quando avistaram um veículo atolado. 

Realizadas diligências, nenhum suspeito pôde ser localizado nas proximidades em que o carro foi encontrado, com a verificação da originalidade dos componentes do veículo (chassi, motor), na chamada "checagem aos agregados", foi possível verificar que tratava-se de um automóvel produto de roubo. 

Essa ação policial, cabe destacar, integra os trabalhos do programa fruto de parceria entre a Secretaria de Estado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (Sejusp e MJSP), batizado de "Protetor das Fronteiras e Divisas". 

Recentemente, ao fim de outubro, o Paraguai e também a Argentina optaram por reforçar a segurança em suas respectivas fronteiras, o que o próprio governador de MS, Eduardo Riedel, viu como "positivo" e bom para Mato Grosso do Sul. 

"A gente aqui tem uma atuação permanente na fronteira. O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) anda os mais de 1,6 mil quilômetros de fronteira do nosso Estado, de barco, de helicóptero, de carro, a pé, do jeito que for, e faz uma das maiores apreensões de drogas anuais nesse país. São mais de 500 toneladas por ano, de armas e apreensões", lembrou o governador a respeito. 

Apreensão

Ao se depararem, de forma suspeita, com um Renault Duster abandonado atolado, os policiais puderam constatar após uma vistoria minuciosa que haviam rastros próximo ao veículo. 

Seguindo o rastro deixado, que passava por pelo menos duas cercas de arame farpado, os policiais puderam localizar o carregamento fracionado em tabletes e transportado em um grande saco branco. Confira: 

Recentemente, ao fim de outubro, o Paraguai e também a Argentina optaram por reforçar a segurança em suas respectivas fronteiras, o que o próprio governador de MS, Eduardo Riedel, viu como "positivo" e bom para Mato Grosso do Sul. 

"A gente aqui tem uma atuação permanente na fronteira. O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) anda os mais de 1,6 mil quilômetros de fronteira do nosso Estado, de barco, de helicóptero, de carro, a pé, do jeito que for, e faz uma das maiores apreensões de drogas anuais nesse país. São mais de 500 toneladas, por ano, de armas e apreensões", lembrou o governador a respeito. 

Pesadas, as substâncias somaram 320 quilos de entorpecentes, de uma substância análoga à maconha, em um carregamento precificado pelas forças policiais em aproximadamente R$740 mil. 

Todo esse carregamento e o veículo roubado, foram posteriormente encaminhados até a unidade da Delegacia da Polícia Civil do município de Ponta Porã.

 

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jogo de cartas marcadas

TCE exige e Governo de MS volta a suspender licitação da jogatina

Leilão da Lotesul estava prevista para esta segunda-feira (15), mas o Tribunal de Contas viu "persistência de inconsistências" e cobrou explicações

15/12/2025 11h50

Pedido de esclarecimentos ao Governo do Estado foi feito na sexta-feira pelo conselheiro Márcio Monteiro ao Governo do Estado

Pedido de esclarecimentos ao Governo do Estado foi feito na sexta-feira pelo conselheiro Márcio Monteiro ao Governo do Estado

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Após pedido de explicações do Tribunal de Contas do Estado, a Secretaria de Fazenda de Mato Grosso do Sul suspendeu, pela segunda vez, a licitação que pretende terceirizar por até 30 anos a exploração de loterias em Mato Grosso do Sul. 

Conforme a previsão, as propostas seriam abertas nesta segunda-feira (15). Porém, uma publicação do diário oficial do TCE revela que na última sexta-feira o conselheiro Márcio Monteiro exigiu explicações e mandou que os secretários de Fazenda, Flávio Cesar, e de  Administração, Frederico Felini, fossem intimados por contato telefônico e por e-mail para que suspedessem o certame. 

Após denúncias de que se tratava de um jogo de cartas marcadas, o certame já havia sido suspenso em abril deste ano. Um dos autores das denúncias foi Jamil Name Filho, que está no presídio federal de Mossoró, onde cumpre pena de quase 70 anos por dois assassinatos, extorção e formação de quadrilha. 

Depois da primeira suspensão, a administração estadual fez alterações no edital e reabriu o certame. Mas, segundo o conselheiro Márcio Monteiro, as inconsistência persistem e por isso ele voltou a interferir no caso. 

"Com a republicação do edital, determinei o encaminhamento dos autos à Divisão de Fiscalização de Contratações Públicas para a realização de nova análise do certame. Em atendimento a essa determinação, a referida Divisão, em conjunto com o auditor especialista em tecnologia, apresentou novas manifestações técnicas, nas quais se concluiu pela persistência de inconsistências no instrumento convocatório", diz o despacho do conselheiro publicado nesta segunda-feira (15) .

"A análise especializada afirma que inexiste nos autos estudo técnico-comparativo de soluções disponíveis no mercado, não havendo documento que comprove a avaliação de fornecedores distintos, arquiteturas alternativas ou diferentes níveis de maturidade tecnológica. Da mesma forma, aduz que persiste a exigência de capacidade mínima de 15 milhões de transações por ano e de 40 transações por segundo (TPS)", continua o conselheiro. 

Em abril, quando da primeira suspensão do certame, o mesmo conselheiro afirmou que “os denunciantes alegam que o edital de licitação impugnado contém indícios de direcionamento do certame, em virtude de condições incomuns e injustificadas”. 

Além disso, esclareceu o conselheiro, os autores do pedido de impugnação entendem que “diversos itens do termo de referência que comprometam a competitividade e/ou viabilidade econômica da licitação tanto para os concorrentes quanto para o próprio Estado de Mato Grosso do Sul”. 

Em abril, o pregão chegou a ser aberto e recebeu três propostas. Uma se dispôs a devolver 16,17% do faturamento ao governo estadual, que era o valor mínimo exigido no edital. As outras duas ofereceram devolução maior, de 17,2% e de 21,57% daquilo que faturarem. 

No certame que seria aberto agora, o percentual mínimo de repasses é de 14,33% A disputa pelo controle da jogatina no Estado envolve as famílias Name e Razuk, que historicamente controlaram o jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. Além, disso, uma empresa paranaense tenta entrar em Mato Grosso do Sul.

NEGÓCIO BILIONÁRIO

Conforme estimativas, a empresa que vencer a licitação para comandar a Loteria Estadual de Mato Grosso do Sul (Lotesul) poderá ter um faturamento anual de até R$ 1,4 bilhão, segundo estimativa macro feito pelo próprio Governo do Estado.

Apesar de no edital de licitação constar que a estimativa da receita média anual de remuneração da plataforma é de R$ 51,4 milhões, no termo de referência feito pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), organizadora do certame, o valor que a ferramenta pode chegar é muito maior.

“O faturamento anual com a exploração das modalidades lotéricas pode alcançar até 0,85% do PIB [Produto Interno Bruto] estadual. Contudo, tal patamar depende de fatores que vão desde a assertividade do produto até o apetite do mercado consumidor ao longo do tempo”, diz trecho do documento.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB de Mato Grosso do Sul em 2022 foi de R$ 166,8 bilhões. A fatia de 0,85%, portanto, significa uma receita de R$ 1,417 bilhão.

Neste ano, a estimativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) é ainda mais animadora: de que o PIB chegue a R$ 227,8 bilhões. Se isso ocorrer, o ganho chegará perto dos R$ 2 bilhões ao ano.

Em março, o  edital de licitação recebeu dois pedidos de impugnação, um sendo do empresário Jamil Name Filho, o Jamilzinho, e outro da empresa Criativa Technology, de Dourados. A Criativa, conforme investigação do Ministério Público, estava a serviço do deputado Neno Razuk (PL).

INTRUSA

Uma das empresas que estaria interessada em comandar a Loteria do Estado de Mato Grosso do Sul (Lotesul), a Pay Brokers – a qual tem sede em Curitiba (PR) e já é responsável pela loteria daquele estado – tem entre as empresas parceiras a Blaze, que chegou a ser investigada por estelionato. A plataforma tem entre os seus jogos o Fortune Tiger (o “jogo do tigrinho”), que levou influenciadores digitais para a prisão em 2023, e o Crash – ambos no estilo de um cassino.

Segundo fontes do Correio do Estado, a empresa do Paraná seria a “favorita” a vencer a disputa e os supostos direcionamento que levaram à suspensão do TCE seriam para favorecê-la. Entre as três propostas aceitas, uma seria dela. 

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