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REVITALIZAÇÃO

Saúde pública: o que acontecerá com a população de rua da antiga rodoviária?

Situação de população que habita entorno da antiga rodoviária deve ser encarada como questão de saúde pública, diz coordenadora da Cufa

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Com obras de revitalização da parte pública do Terminal Rodoviário Heitor Eduardo Laburu – antiga rodoviária de Campo Grande prestes a começar, torna-se importante entender o que acontece com a população de rua que fica no entorno do local. A prefeitura informa ter um planejamento para oferecer reabilitação, entretanto, o problema ainda é complexo. Entenda.

No dia 1º de julho ocorreu a solenidade de assinatura da ordem de serviço para a liberação do início de obras da revitalização, evento que contou com a presença de diversos representantes da prefeitura.

A revitalização inclui reforma das dependências pertencentes ao patrimônio público da antiga rodoviária.

Desse modo, espera-se promover no local o retorno de atividades comerciais que, no passado, já foram intensas no mesmo prédio. Inclusive, a Guarda Municipal e a Fundação Social do Trabalho (Funsat) vão ser instaladas nas dependências da rodoviária.

Além de buscar promover o aquecimento do comércio local, as obras contam com objetivo de revitalizar todo o entorno.

Como destacado pela prefeita Adriane Lopes, a revitalização deve ser entregue até o aniversário da cidade, em 2023, devendo gerar mais crescimento na região.

“Em um curto espaço de tempo teremos de volta a Campo Grande esse espaço para ser reutilizado de uma forma otimista”, destaca.

Entre um dos usos que fazem parte desse futuro otimista não se inclui a permanência da população de rua que, atualmente, habita as redondezas da antiga rodoviária.

Como destacado pela coordenadora da Central Única das Favelas (Cufa), Letícia Polidorio, o problema relacionado às pessoas em situação de rua é uma questão muito mais de saúde pública do que de segurança.

“A preocupação maior deveria ser com a saúde dessas pessoas e não ficar colocando como segurança pública”, disse.

Ela completa explicando que há perguntas fundamentais para se fazer. “Por que essas pessoas chegaram nesse lugar? O que fizeram elas chegarem até aí? O que essas pessoas estão passando para estar em situação de rua ou serem usuários de drogas”, destaca Letícia.

Logo, ela frisa a importância de pensar na saúde dessas pessoas, que, em sua maioria, enfrentam principalmente problemas de saúde mental.

Atualmente, o atendimento para essas pessoas costuma ser enfrentado, muitas vezes, como uma questão de segurança pública.

“Fala-se muito da segurança do lugar, da redondeza, do espaço ali, mas esquecem de falar que as pessoas estão doentes, né? Que elas precisam de atendimento médico. A gente precisa ter um hospital que consiga atender essas pessoas e desintoxicar elas, inserir elas na sociedade de novo”, ressalta a coordenadora da Cufa.

Entre um dos problemas relacionados ao atendimento realizado pela prefeitura está o fato de que, quando os moradores não aceitam ajuda, eles continuam abandonados.

Desse modo, a prefeitura se isenta da responsabilidade, alegando que eles não podem obrigar a pessoa a aceitar ajuda.

Entretanto, no caso do espaço da antiga rodoviária, essas pessoas não poderão permanecer ali, podendo gerar um novo problema, a migração das mesmas para as periferias de Campo Grande.

“É muito fácil simplesmente tirar eles ali das redondezas e aí eles vão começar a migrar para a periferia, que é da onde eles saíram”, disse Letícia.

Assistência Social  

Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), eles oferecem para a população em situação de rua o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS).

Esse serviço visa realizar a abordagem para identificar a incidência de indivíduos ou famílias que têm seus direitos violados e que utilizam espaços públicos como meio de moradia e/ou de sobrevivência.

Desse modo, a Assistência Social diz se comprometer com ações e serviços que são realizados de forma planejada e contínua em praças, estradas e em locais com grande circulação de pessoas, incluindo as imediações da antiga rodoviária.

“Conforme o artigo 5º da Constituição Federal, há liberdade de escolha desse usuário que terá o direito a optar pela condução ao serviço especializado ou à recondução familiar.  Assim sendo, cabe ao usuário aceitar a oferta do serviço”, informou a SAS em nota.

A SAS explica que possui, ainda, parceria com a Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU), na qual realiza encaminhamentos para 11 comunidades terapêuticas, vinculadas à pasta.

Atualmente, essas comunidades dispõem de 300 vagas para tratamento da dependência química.

“O serviço busca a resolução do problema e o encaminhamento da pessoa/família à rede de serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas por meio de atendimento psico-jurídico-social no Centro POP”, disse a SAS em nota.

“Nos casos que necessitam de reabilitação e atendimento em saúde, a abordagem tenta sensibilizar o usuário para que este seja conduzido até uma unidade de saúde e/ou Comunidade Terapêutica”, finaliza.

A SAS ressalta, inclusive, que computa apenas o número de atendimentos que realiza nas unidades de acolhimento. Logo, não há um registro do número de pessoas que precisam de atendimento e que habitam nas ruas da Capital.

Revitalização  

Além das obras de reforma da antiga rodoviária, é previsto que o nome do local seja alterado, o qual ainda será definido de forma conjunta com os condôminos que possuem salas no local.

Para a subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, a obra é importante e vai incluir mais 5 mil metros de requalificação, onde órgãos públicos devem atuar.

Toda a obra vai contar com investimento avaliado em cerca de R$ 16,5 milhões. Desse modo, estão sendo aplicados R$ 15,3 milhões em recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional, obtidos por meio de emenda da bancada federal. Já a prefeitura deu uma contrapartida de R$ 1,2 milhão.

Segundo a prefeita Adriane Lopes, o projeto faz parte de um plano de desenvolvimento econômico para Campo Grande.

“Eu e as nossas equipes estamos programando o futuro dessa cidade. Trazer não só vida para esse espaço, mas trazer empresários que vão estar aqui novamente trabalhando, gerando emprego, renda e fazendo com que a economia do nosso município cresça mais ainda e seja pujante”, disse na coletiva da ordem de serviço.

 

Cidades

Consórcio paga parte dos atrasados, mas motoristas confirmam greve a partir de segunda

Sem acordo com o Consórcio Guaicurus, a greve está prevista para segunda-feira (15), segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande

13/12/2025 11h23

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com o Consórcio Guaicurus tendo atendido “em partes” à reivindicação definida em assembleia, a greve dos motoristas de ônibus deve iniciar nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.

Em conversa com o Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano da Capital (STTCU-CG), Demétrios Feiras, informou que os trabalhadores receberam, na sexta-feira (15), somente 50% do salário referente ao mês de novembro.

“O Consórcio Guaicurus, no final da tarde, depositou 50% do valor dos salários, referente ao mês de novembro, que era para ser pago no quinto dia útil do mês de dezembro. Foi a única coisa que o Consórcio pagou”, informou Demétrios.

Durante assembleia, a categoria reivindicou o pagamento do salário integral, do adiantamento, da segunda parcela do décimo terceiro e do vale (adiantamento salarial). No entanto, houve apenas o depósito de 50%, e a paralisação segue confirmada.

Segundo o presidente do STTCU-CG, não está prevista, para este fim de semana, qualquer tentativa de negociação com a empresa responsável pelo transporte coletivo na Cidade Morena.

Com isso, Demétrios reforçou que os ônibus só retornarão às ruas quando o Consórcio efetuar o pagamento do que ficou definido pela classe.

“E a gente só volta a trabalhar com o pagamento desses três vencimentos. Caso contrário, continua parado na terça, na quarta, até que o Consórcio efetue esses pagamentos”, pontuou Demétrios.

A justificativa para não realizar o pagamento, conforme explicou Demétrios, é a falta de dinheiro em caixa. Como adiantou o Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus alega um “rombo” em dívidas de R$ 15,2 milhões, sendo que desse valor R$ 8,2 milhões são referentes aos salários dos funcionários.

Por conta disso, a concessionária pediu que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ainda maior.

Entenda

No dia 5, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte coletivo de Campo Grande, anunciou que a situação financeira estaria insustentável para a continuidade da operação, motivada por supostos atrasos nos repasses por parte do poder público.

Além das dificuldades relacionadas a questões operacionais, como combustíveis, manutenção da frota e encargos, o consórcio também enfrenta negociações com a classe de funcionários, principalmente os motoristas.

Motoristas do Consórcio Guaicurus realizaram assembleia geral, na madrugada desta quinta-feira (11) e optaram pela paralisação. Eles reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – efetuaram o depósito de 50%
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou Felipe Machado e Naiara Camargo

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EXAME UFMS

PASSE UFMS: triênio 2023-2025 tem terceira e última etapa amanhã

Oportunidade de ingressar na Universidade Federal para quem vem do ensino médio tem mais de 18 mil inscritos em prova que acontece nesse domingo (14)

13/12/2025 11h10

Sede da UFMS em Campo Grande

Sede da UFMS em Campo Grande Marcelo Victor / Correio do Estado

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Programa de Avaliação Seriada Seletiva, o Passe, acontece no próximo domingo (14). Neste ano, a prova para ingressar na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul tem aproximadamente 18 mil inscritos em todo o Estado.

Com característica específica voltada para alunos que estão no Ensino Médio (EM), o "Passe UFMS" é um modelo de prova que avalia o estudante desde o seu primeiro ano da última etapa da escola.

De forma cumulativa, o aluno deve se inscrever e realizar a prova durante o triênio que encerrará sua fase escolar. Então, no último ano do ensino médio, durante a inscrição da avaliação, é possível escolher o curso que deseja ingressar.

Com a soma dos pontos ao longo das três etapas, a classificação para entrar na Universidade Federal do Estado é baseada na média adquirida. A pontuação de cada uma das tapas tem pesos diferentes na somatória para formar a média geral, sendo a 3ª com maior peso.

  • Neste ano, alunos que completaram o 1º ano do ensino médio irão realizar a primeira etapa do triênio 2025-2027.
     
  • Alunos que no ano de 2025 terminaram o 2º ano do ensino médio irão realizar a segunda etapa do triênio 2024-2026.
     
  • Por fim, os que encerraram o ensino médio e saíram do 3º ano, irão realizar a terceira e última etapa do triênio 2023-2025, para no ano que vem ingressar na universidade.

As provas acontecem das 08h às 13h, no horário de Mato Grosso do Sul nas cidades de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Com 60 questões contemplando as quatro áreas de conhecimento, a pontuação máxima total é de 120 pontos. Cada pergunta equivale a 2 pontos, o que totaliza 30 pontos em cada área, sendo elas:

  • 15 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Ciências Humanas e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Matemática e suas Tecnologias - 30 pontos;

Cada fase aborda conteúdos que seguem a proposta curricular do respectivo ano. Além disso, as três etapas incluem uma redação dissertativo-argumentativa que soma a pontuação de cada fase e à média final ao terceiro ano.

Recomendações

A Fapec, banca responsável pela organização e realização da prova, divulgou o edital com horário e ensalamento de cada aluno, e recomenda que o candidato chegue com 30 minutos de antecedência do horário de fechamento dos portões.

Para fazer o exame é necessário ter em mãos um documento original de identificação com foto, além de o ensalamento anotado para facilitar. 

Confira o ensalamento de cada etapa nos links abaixo:

1ª etapa triênio 2025-2027: https://ingresso.ufms.br/files/2025/11/Edital_prograd_480.pdf;
2ª etapa triênio 2024-2026: https://ingresso.ufms.br/files/2025/11/Edital_prograd_483.pdf;
3ª etapa triênio 2023-2025: https://ingresso.ufms.br/files/2025/11/edital_prograd_486.pdf.

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