Não se trata do Chico Maia, jovem presidente da Acrisul, meu amigo, cidadão impoluto e de caráter irretorquível, mas, reportome ao Rio São Francisco, que após a descoberta de Pedro Alvarez Cabral, o navegador Américo Vespúcio chegou a sua foz, que desaguava no mar. Em que data ocorreu esse acontecimento? A data, era 04 de outubro de 1501, dia de São Francisco, santo em cuja homenagem os navegadores europeus batizaram o rio. Entretanto, para as diversas nações indígenas que habitavam aquela região, aquelas águas, tinham um nome antigo: Opará, que significa algo como “rio-mar”. Duas décadas depois de seu descobrimento, em 1552, o primeiro donatário da capitania de Pernambuco, o português Duarte Coelho, funda a cidade de Penedo, em Alagoas, povoado esse que, em 1637 foi invadido pelos holandeses, por causa de sua localização estratégica, na foz do São Francisco. Pois bem, caro leitor (a), as nossas férias de verão aconteceram em Maceió (AL). Diversas foram as localidades oferecidas pela empresa de turismo, como Porto de Galinhas, Maragogi, Praia do Francês, Praia do Gunga e outras. Porém, a localidade que se apresentou espetacular foi a visita à FOZ DO S. FRANCISCO. Vejam, que um rio de mais de 8.000 km de extensão, que nasce na Serra da Canastra, em São Roque (MG), nele, navegamos apenas 14 km e, mesmo assim, ficamos deslumbrados. A embarcação saiu da cidade de Piaçabuçu, na margem esquerda, cidade de 17.000 habitantes, com 60% de sua população formada por pescadores. Então, de Piaçabuçu até a foz, é que dão os 14 km, onde vamos encontrar as DUNAS DO S. FRANCISCO e a lagoa chamada CHUPA PÉ, lendária pelo “rejuvenescimento de cinco anos” que ela proporciona a quem nela mergulhar. É interessante ressaltar, que o mar já adentrou o “Chico”, segundo pesquisa da Capitania dos Portos de Alagoas, a partir de sua foz, nada menos do que 10 km, tornando esse trecho salobrado ...Tanto que os pescadores de Piaçabuçu, nessa área de invasão do mar, encontram apenas peixes da água salgada, como a tainha, robalo e o cação. O peixe surubim que antes dominava esse trecho de água doce, agora só é pescado a 80 km, rio abaixo. Coma já sabemos, o Rio São Francisco, hoje, é palanque da pré-candidata Dilma Rousseff, que aposta no PAC (Programa de Aceleramento do Crescimento) para fortalecer a sua campanha à Presidência. No eixo Social e Urbano, a joia é a transposição do São Francisco, que levará água de forma perene ao Sertão Nordestino. Acontece que, na voz do nordestino Anderson Gonçalves Ramos, residente na Rua Professora Olívia Guedes n. 45, em Piaçabuçu, dirigindo-se ao grupo de turistas, afirmou que a transposição do SF, beneficiará na sua maior parte, os latifundiários, com a irrigação para a cultura de camarões em cativeiro, uvas, laranjas, abacaxi, produtos de exportação garantida. A grande e boa verdade é a constatação do governo defender o PAC, mais como bandeira eleitoral, do que em fazer com que suas obras avancem de forma programada. Desse modo, as ações do PAC seguem em velocidade mais lenta que a propaganda.