Problema recorrente, principalmente durante o período chuvoso, a Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, deve passar por uma relicitação em 2022 para conclusão de dois trechos da obra que foram abandonados pela empreiteira Dreno Construções.
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, a parte que ainda falta ser feita tem previsão de R$ 25 milhões, porém, esse valor deve passar por revisão e o aumento pode ser de 30%.
Se o valor for essa o percentual de aumento, o valor deve ter um acréscimo de R$ 7,5 milhões e passar a custar R$ 32,5 milhões.
O trecho é referente aos lotes dois e três, que vão da Rua da Abolição até a Bom Sucesso e da Bom Sucesso a Rua do Aquário.
“Estamos em fase final de aprovação na Caixa Econômica Federal para a nova licitação. Temos que aprovar o trecho e atualizar o orçamento a ser destinado para esse trecho, que hoje é de R$ 25 milhões”, informou Fiorese.
A licitação que escolheu a empresa vencedora para a obra é de 2018, na época, conforme a publicação do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), a Gimma Engenharia executaria a revitalização na Ernesto Geisel entre a rua Santa Adélia e Abolição com o custo de R$ 13,1 milhões.
Esse valor sofreu uma alteração e em 2020 teve aumento de R$ 627,7 mil, com o custo final deste lote da obra passando para R$ 13,7 milhões. Esse trecho, segundo Fiorese, foi o único a ser concluído.
Já em relação aos outros dois lotes, eles chegaram a sofrer aditivos, mas, mesmo assim, o encarecimento dos materiais de construção fez com que o aumento necessário ficasse alto e a opção mais viável fosse uma relicitação.
Os dois trechos executados pela Dreno Engenharia tiveram o valor de seus dois contratos reajustados em 2019. Um deles passou dos R$ 13,4 milhões iniciais para R$ 14,8 milhões, e outro passou de R$ 21,9 milhões para R$ 24,6 milhões.
Ao todo a obra tinha previsão de custar R$ 57 milhões, dos quais R$ 47 milhões serão do governo federal e outros R$ 10 milhões vindo de contrapartida da Prefeitura de Campo Grande.
Desse valor, ainda conforme o secretário, já foram destinados cerca de R$ 32 milhões para as empreiteiras.
A previsão é de que a obra passe pela relicitação em 2022 e que seja necessário mais um ano, após o início da construção, para que a requalificação seja concluída.
OUTRO TRECHO
A prefeitura ainda espera que, além do término desses dois trechos faltantes, possa haver a abertura de certame para novos trechos de obras.
O local a ser incluso vai da Rua do Aquário até a Avenida Manoel da Costa Lima. A previsão é de que para executar essa obra sejam necessários mais R$ 60 milhões.
Esse é hoje o trecho mais problemático da avenida, com vários pontos de erosão, que invadem, inclusive, a via. Em dois pontos, a margem já desmoronou e “comeu” uma das pistas da avenida.
De acordo com Fiorese, a Sisep monitora esse trecho, para que ele não evolua e acabe invadindo mais outra faixa da avenida. Entretanto, rachaduras no asfalto deste local flagrado pela reportagem pode demonstrar o contrário.
Para que essa parte seja revitalizada, o município solicitou a bancada sul-mato-grossense em Brasília (DF) que fosse feita uma emenda para que o valor fosse destinado através do orçamento da União de 2022.
Conforme o secretário, há a possibilidade de que esse trecho seja reduzido, já que o valor é alto.
“A expectativa é de que o recurso venha ano que vem, por meio de emenda da bancada no orçamento da União."
"O projeto todo vai da Rua do Aquário a Manoel da Costa Lima, dos dois lados, mas imaginamos que o valor que será destinado não dará para todo o trecho, que custaria R$ 60 milhões."
"Então vai depender do que for disponibilizado, aí podemos abrir a licitação ainda em 2022”, contou Fiorese.
AVALIAÇÃO
Além da requalificação deste trecho, a Prefeitura de Campo Grande também tem um processo de licitação em aberto para contratar empresa que fará a avaliação de outros trechos da Ernesto Geisel onde há o paredão de concreto.
Localizados da Rua Santa Adélia até o final da avenida.
Conforme o secretário, o processo está em fase de análise das propostas.
“A empresa vencedora fará uma avaliação que vai nos dizer a situação desses paredões da Ernesto Geisel e o que deve ser feito, com estimativa de valores”, explicou.
Dois trechos desses paredões já foram abaixo nos últimos anos em Campo Grande. O primeiro caiu em 2019, em frente no cruzamento da avenida com a Rua Santa Adélia.
Já este ano uma parede localizada em frente a obra do Centro de Belas Artes, no bairro Cabreúva, também desabou com as fortes chuvas de novembro.
No primeiro trecho a obra só foi finalizada em 2021, já no trecho que caiu no mês passado os reparos já tiveram início.




