Embora faltem apenas alguns detalhes para sua conclusão, a obra para criação de um novo acesso da região central de Campo Grande às Moreninhas sofreu mais um reajuste, o terceiro, e agora o valor será 28,8% maior que o previsto inicialmente, passando de R$ 41,33 milhões para R$ 53,24 milhões.
O acréscimo, de R$ 7.355.004,97, ao qual a empreiteira Anfer passa a ter direito foi oficializado no diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (31). Além disso, a administração estadual, que está bancando a obra, estendeu em 240 dias o prazo para conclusão dos trabalhos, passando de 2 de fevereiro para 29 de setembro.
A primeira etapa desta obra, iniciada em dezembro de 2022 e que deveria ter sido concluída em julho do ano passado, está praticamente concluída desde meados de 2024. O problema é que a segunda fase ainda não tem data para sair do papel e sem esta sequência, a nova avenida (Alto da Serra) está ligando as Moreninhas a uma pastagem.
O asfalto, a drenagem, a ciclovia e até boa parte do paisagismo estão concluídos e já estão sendo utilizados pelos moradores da região. Mas, além de beneficiar os moradores da região, a obra tem o objetivo principal de oferecer uma nova via de acesso às Moreninhas e desafogar o trânsito de avenidas como, Guaicurus Costa e Silva e Guri Marques.
Isso será possível com a segunda etapa do projeto, que vai ligar o final da Avenida Alto da Serra à Rua Salomão Abdala, no bairro Itamaracá, criando conexão direta com as avenidas Guaicurus e Rita Vieira de Andrade.
O investimento previsto nesta segunda etapa é de R$ 32 milhões em pavimentação, drenagem, construção de ponte e instalação de ciclovia. Mas, esta segue somente no papel.
Em janeiro de 2023 a Agesul chegou a abrir licitação para contratação de uma empreiteira. Contudo, os trâmites foram interrompidos e a promessa feita no final de julho de 2024 era de que uma nova licitação estava prestes a ser divulgada. Até agora, porém, não existe registro de que esse processo tenha sido retomado.
Também em janeiro de 2023 a prefeitura de Campo Grande desapropriou 52 imóveis para permitir a implantação da nova avenida. As indenizações, porém, somente começaram depois que alguns proprietários recorreram à Justiça e até agora não foram concluídas. Juntas, elas somam pouco mais de R$ 10,5 milhões e até este valor a administração está bancando
FIM DA LINHA
Por enquanto, a nova avenida está ligando a região das Moreninhas a uma pastagem protegida por uma cerca de arame na qual está afixada uma placa informando que na região é proibido caçar, pescar, nadar, desmatar, jogar lixo e fazer fogo, por ser uma Área de Preservação Permanente (APP).
Porém, o local foi transformado em uma espécie de depósito de entulhos, restos de material de construção e lixo. A nova avenida termina logo depois do córrego Lageado, que recebeu uma grande ponte e para o qual foi direcionada a gigantesca estrutura de drenagem da água da chuva instalada na região.