A onça-pintada Aracy teve mais um registro ensinando o filhote Mocoha a nadar no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Miranda, município localizado a 207 quilômetros de Campo Grande.
O vídeo foi feito pela fotógrafa e embaixadora da Girls Who Click, Carolina Prange. Na publicação feita no Instagram, ela destacou as duas ninhadas de Aracy em um intervalo de um ano e meio.
No primeiro vídeo, a onça apareceu nadando com o filhote Maracatu, em 2024. O mais recente foi publicado neste domingo (13) e mostra o maior felino da América Latina ao lado de Mocoha, no mesmo local onde ensinou o outro filhote.
“Eu tive uma sensação de déjà-vu quando vi a cena este ano, lembrando que havia presenciado a mesma mãe ensinando seu outro filhote a nadar naquele mesmo lugar. Como é incrível poder acompanhar essas onças no dia a dia e ver a família crescer e as tradições se manterem”, escreveu Carolina.
Aracy foi resgatada com dois meses de vida em 2015, passou por reabilitação e sua reintrodução na natureza foi um sucesso. Desde então, ela tem sido monitorada pela ONG Onçafari.
Resiliência
Em junho deste ano, a onça-pintada Miranda, que carrega o nome do município onde foi resgatada das queimadas no Pantanal sul-mato-grossense, foi flagrada por armadilhas fotográficas passeando com o filhote. Uma imagem que emocionou por tudo que o animal sofreu com as queimadas.
O resgate ocorreu no dia 15 de agosto de 2024, na região do Passo do Lontra, no município de Miranda, que está localizado a 203 km de Campo Grande.
A onça foi encontrada com queimaduras graves nas patas e, após o resgate, recebeu tratamento no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), onde se recuperou e foi solta na natureza.
Filhote da onça Miranda / Repdrodução OnçafariFilhote
A surpresa ocorreu um ano depois, quando ela apareceu nas imagens captadas por armadilhas fotográficas pela equipe do projeto Onçafari, no dia 21 de junho. O trabalho somente ocorreu por ela estar usando um colar de rastreamento GPS/VHF.
Com o monitoramento do padrão de deslocamento de Miranda na região, os pesquisadores conseguiram traçar os locais de toca que o animal costuma usar, o que facilitou a instalação das armadilhas.
Cabe ressaltar que o colar de rastreamento é fruto de uma parceria entre o Onçafari e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Além da localização, o equipamento enviou dados que apontam que a onça está em excelente estado físico e comportamental.


Divulgação Polícia Civil


