Cidades

Restrições

Ônibus deveriam circular com um terço da capacidade, defende infectologista

Ministério Público Estadual tem cobrado do poder público medidas de controle no serviço de transporte

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Considerado como um dos mecanismos que mais favorecem o contágio pela Covid-19, os veículos do transporte coletivo deveriam ter a lotação restrita a pelo menos um terço da capacidade, segundo o médico infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha.  

Atualmente, os ônibus podem circular com 70% da capacidade, segundo determinado em decreto da prefeitura. Para o especialista, o ideal seria apenas 33%, tanto para veículos articulados quanto convencionais e micro-ônibus.  

Ele defende a manutenção do serviço, utilizado até mesmo pelos profissionais da saúde para chegar aos hospitais e postos onde enfrentam a pandemia cara a cara, mas concorda com o Ministério Público em pressionar o poder público a adotar medidas mais eficazes para evitar com que os usuários fiquem mais expostos à doença.

“Os ônibus são ferramentas essenciais para a população. Não podemos sequer imaginar suspendê-los, porque muitos trabalhadores de outras atividades essenciais dependem deles. A questão que se coloca é a fiscalização, que deve ser feita de forma séria, e não de brincadeira, como temos observado na prática”, afirmou o especialista.

Para o médico, a prefeitura, por intermédio da Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), deveria responder diariamente à mesma série de perguntas: quantas pessoas há dentro dos coletivos em circulação pela cidade? Qual o distanciamento dentro deles?

“É uma vergonha, é uma humilhação, é uma afronta para quem está pagando o transporte passar pelas situações às quais nós temos acompanhado diariamente. E o monitoramento praticamente é zero. São os meios de comunicação que têm denunciado as condições pelas quais os passageiros estão sendo transportados de um ponto a outro”, pontua Venâncio.

O Correio do Estado tentou contato com o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, para saber quais as medidas efetivas que a empresa está tomando para proteger tanto os motoristas quanto os usuários, mas, até o fechamento desta edição, ele não atendeu às ligações.

Para o diretor da Agetran, Janine de Lima Bruno, o órgão tem fiscalizado o cumprimento do decreto e até o momento não há previsão de alteração nas determinações previstas anteriormente.

Últimas Notícias

PRESSÃO  

Há um ano, quando a pandemia forçou as primeiras medidas contra a Covid-19 em Campo Grande, o acesso ao transporte coletivo chegou a ficar restrito apenas para profissionais da saúde e trabalhadores dos serviços considerados essenciais. Na época, as linhas tradicionais foram substituídas por rotas que levavam os passageiros dos bairros até a Praça Ary Coelho, onde faziam o transbordo, caso precisassem.

Naquela época, por 15 dias, até o comércio foi fechado durante o dia. Os motoristas só eram autorizados a deixar entrar quem apresentasse crachá ou provasse que fazia parte do grupo autorizado a acessar o serviço.

Contudo, desde que as medidas afrouxaram, a fiscalização tem sido ineficaz, pelo menos é isso que diz o Ministério Público Estadual (MPE), que tem batido de frente com o poder público, cobrando não apenas fiscalização, mas protocolos adequados para proteger os passageiros.

Em coletiva no começo desta semana, a promotora de Justiça da Saúde Filomena Aparecida Depolito Fluminhan prometeu intensificar a fiscalização do órgão sobre o transporte coletivo, depois que as equipes dela flagraram situações que oferecem riscos à população. Ela cobrou do município e do Consórcio Guaicurus a adoção de medidas de biossegurança que não foram observadas na prática. O descumprimento poderá acarretar em multa diária de R$ 10 mil por irregularidade.

“Os ônibus precisam ser desinfetados, ter álcool em gel e, principalmente, não ter aglomeração de pessoas, com risco de contaminação”, afirmou a promotora para a imprensa.

Filomena cita como exemplo o Terminal Morenão, por onde passam diariamente mais de 200 mil trabalhadores.  

“Em razão disso, ingressamos com uma ação civil pública, que teve uma liminar negada pelo juiz de 1º grau. Nós recorremos, o relator do Tribunal de Justiça, desembargador Marcelo Hazan, concedeu a liminar, determinando parcialmente que o Consórcio Guaicurus, a Agetran e o município fiscalizassem, cada um em sua esfera de competência, a execução do serviço de transporte coletivo”, pontuou.

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IMPOSTO

Estado publica valor dos veículos para cálculo do IPVA 2025: veja tabela

No ano passado foram lançados pouco mais de 880 mil boletos e a previsão de faturamento foi de R$ 1,2 bilhão

27/11/2024 09h56

IPVA é o segundo mais importante imposto próprio das administração estadual e incide sobre cerca de 900 mil veículos em MS

IPVA é o segundo mais importante imposto próprio das administração estadual e incide sobre cerca de 900 mil veículos em MS

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Em uma edição extra de quase 1,5 mil páginas do diário oficial, o Governo do Estado publicou nesta quarta-feira (27) a tabela de avaliação dos veículos com base na qual será feita a cobrança do IPVA do próximo ano. Conforme a publicação, a primeira parcela ou o prazo para quitação do imposto à vista vence em 31 de janeiro, assim como nos anos anteriores. 

Quem fizer o pagamento à vista terá direito a desconto de 15%. Mas, existe a possibilidade de parcelamento em até cinco vezes, sendo a data de vencimento sempre no último dia dos cinco primeiros meses do ano. 

A alíquota para veículos de passeio segue em 3%, embora a lei estadual permita até 5%. Para caminhões, ônibus e micro-ônibus, motorhome, o percentual é de 1,5% sobre o valor venal. Proprietários de motocicletas pagam 2% sobre valor definido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) 

Procurada, a secretaria de finanças não informou a previsão de faturamento do segundo mais importante imposto próprio dos cofres estaduais. Também não informou a data de entrega dos boletos de cobrança. Mas, no ano passado foram lançados 880,5 mil boletos, com previsão de R$ 1,2 bilhão em faturamento. 

Conforme dados disponíveis no site do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) relativos aos oito primeiros meses do ano, o IPVA havia rendido R$ 993 milhões aos cofres estaduais, o que representa aumento de 5,5% ante os R$ 941 milhões em igual período do ano anterior. Metade do dinheiro vai para os municípios onde estão registrados os veículos. 

Nos quatro últimos meses do ano, levando em consideração o desempenho de anos anteriores, devem entrar outros R$ 160 milhões, já que muitos contribuintes pagam em dezembro o imposto que só vence no ano seguinte. Sendo assim, a previsão 

É importante lembra que quem não pagar o imposto, o que ocorre com cerca de 10% da frota tributável,  não pode transferir e nem licenciar o veículo, correndo risco de apreensão caso passe por uma blitz de trânsito. 

Na tabela publicada nesta quarta feira existem milhares de modelos. E os valores venais, segundo a Fipe, são definidos conforme o valor de revenda. Tem modelo de carro chinês, por exemplo, que está 18% mais em conta do que há um ano. Em média, porém, os preços estão em torno de 6% mais em conta que há um ano, sem levar em consideração a inflação do período. 
 

SEM AMARELINHOS

Guarda comemora autonomia e diz que tem mais efetivo para atuar no trânsito

Guarda comemora autonomia e diz que tem mais efetivo para atuar no trânsito

27/11/2024 09h30

Com poucos amarelinhos, Agetran tirará seus agentes das ruas e guardas assumirão a fiscalização das infrações de trânsito

Com poucos amarelinhos, Agetran tirará seus agentes das ruas e guardas assumirão a fiscalização das infrações de trânsito Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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A Guarda Civil Metropolitana (GCM) vê como positiva a mudança que retira das ruas os amarelinhos e deixa sob sua responsabilidade a fiscalização de trânsito, como antecipou o Correio do Estado nesta semana. Segundo a GCM, a alteração traz mais autonomia para os membros da corporação.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande (SINDGM-CG), Hudson Bonfim, a modificação traz autonomia para os guardas que atuam em ocorrências e rondas no trânsito de Campo Grande, além de melhorar o trabalho de fiscalização que já é feito pela GCM, que tem efetivo para realizar blitze e outras ações de combate a infrações no trânsito.

“Eu vejo que esta mudança é importante para o Município de Campo Grande, porque a Guarda, além de fazer a fiscalização, também pode realizar blitze, operações, abordagens, é uma coisa mais ampla. Com os guardas na Agetran [Agência Municipal de Transporte e Trânsito], podemos fortalecer a fiscalização de trânsito com um efetivo maior”, declarou Bonfim.

De acordo com o SINDGM-CG, no Núcleo de Fiscalização de Trânsito da GCM trabalham em torno de 60 guardas, porém, outros 56 que têm o curso de agente de trânsito e atuam em outros setores poderão, a partir da mudança, ter mais autonomia na fiscalização de tráfego, quando for necessário.

Hudson Bonfim também defende que haja um aumento de efetivo dos agentes de trânsito na GCM. 
“Nos deparamos com muitas situações de irregularidades nas ocorrências, nas quais o guarda, tendo a competência para isso, poderia flagrar e autuar a infração de trânsito”, disse Bonfim.

“Se alguém cometer um ato de infração de trânsito durante uma ronda da Guarda, como empinar uma moto, por exemplo, os guardas podem abordar porque ele cometeu um crime de trânsito, mas para autuar na infração precisa do agente. Sem a capacitação de agente de trânsito, o serviço fica incompleto”, exemplificou o guarda municipal.

Segundo a apuração da reportagem, o trabalho de fiscalização de trânsito, que já é realizado pela GCM, passará a ser feito sob gerência da Agetran, com a retirada dos amarelinhos das ruas. 

É previsto que esta mudança seja efetivada na primeira semana de dezembro, podendo ser revista ou alterada quando um novo concurso público para agentes de trânsito for aberto pela Prefeitura de Campo Grande.

Ampliação de efetivo

Vale destacar que o trabalho de agente de trânsito será atribuído aos guardas municipais e policiais militares que foram capacitados pelo curso de atualização de agentes de trânsito, que é oferecido pelo Conselho Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Cetran-MS), com o objetivo de fornecer os conhecimentos necessários para que os agentes de segurança possam exercer as atividades inerentes à função de agente de autoridade de trânsito no âmbito de suas áreas de atuação.

A Agetran tem em torno de 20 agentes de trânsito que trabalham na fiscalização do tráfego de veículos, um número inferior ao efetivo específico da Guarda Civil Metropolitana para trânsito, que pode ser ampliado com a modificação do trabalho dos agentes de trânsito.

Para renovar e aumentar o efetivo de amarelinhos, é necessário que a Prefeitura de Campo Grande abra novos concursos públicos, fato que não ocorre há 14 anos para esta categoria.

Já no caso dos guardas municipais, o aumento do efetivo é mais simples e rápido: o guarda realiza o curso de agente de autoridade de trânsito, que é disponibilizado pelo Cetran-MS, torna-se capacitado para atuar na fiscalização de trânsito e, assim, pode inibir atos infracionários nas ruas.

“Nós fazemos este trabalho mais amplo que vai além das notificações de trânsito. A Guarda vem fazendo trabalho de conscientização, de palestras nas escolas, de políticas públicas de prevenção no trânsito e em períodos em que aumentam os acidentes, fazemos o trabalho completo”, afirmou Hudson Bonfim.

*Saiba
Adicional pelo trabalho no trânsito

Os guardas municipais de Campo Grande capacitados para a fiscalização de trânsito têm direito a receber um adicional pela função exercida, uma gratificação no valor de 40% do seu salário-base.

Para os servidores que recebem o salário médio de primeira classe, que é de
R$ 3 mil, o vencimento pode chegar a R$ 4,2 mil.

Amarelinhos

Matéria publicada na quarta-feira pelo Correio do Estado apontou que a Agetran vai retirar os amarelinhos das ruas, deixando o trabalho de fiscalização do trânsito a cargo da GCM.

Conforme informações apuradas pelo Correio do Estado, os motivos da mudança podem estar atrelados ao pequeno efetivo de agentes de trânsito que trabalham na Agetran, os quais atuam em diversas funções, que envolvem, além da fiscalização de trânsito, até a auditoria fiscal do transporte.

A mudança deve realocar os amarelinhos, que fiscalizam o trânsito de Campo Grande desde 1999, para funções administrativas, de coordenação e capacitação de novos agentes, deixando a fiscalização das ruas para a Guarda Civil Metropolitana, o Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran) e o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), que têm convênio com a Agetran e podem atuar nessa função

 

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