Cidades

DE CG PARA BC

Operação prende três por envolvimento em quadrilha de 'placas falsas'

Dono de empresa estampadora está entre os presos e apreensões renderam desde carros adulterados até 300 kg de maconha retirado de circulação

Continue lendo...

Cerca de nove meses após o início das investigações, a Polícia Civil prendeu três indivíduos hoje (25), acusados de envolvimento em esquema criminoso especializado no estampamento de placas falsas. 

Essa operação foi deflagrada pelas delegacias especializadas de repressão a roubos e Furtos de Veículos (DEFURV) e a Banco, Assaltos e Sequestros (GARRAS), cumprindo seis mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. 

A Polícia Civil convocou coletiva com o delegado Guilherme Sarian nesta terça-feira (25), na sede da Defurv, marcada para às 14h desta terça-feira (25), onde serão repassadas informações dos mandados cumpridos em: 

  • Campo Grande/MS e 
  • Balneário Camboriú/SC

Entenda

Segundo exposto inicialmente pela PCMS em nota, a estampadora envolvida no esquema criminoso era conveniada ao Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul, mas apresentou indícios de que estaria estampando placas falsas. 

Os nove meses de investigação apontou indícios do estampamento de placas falsas, sem autorização do órgão de trânsito, fixadas em carros e motocicletas que, por sua vez, seriam produtos dos mais diversos crimes, como furto, roubo e adulteração.

Após essa etapa, o Judiciário deferiu a representação policial e determinou a prisão preventiva de quatro indivíduos, com apenas três localizados, além das buscas e apreensões feitas nas residências dos envolvidos e na sede da empresa estampadora. 

Entre os presos hoje (25) aparece o proprietário da empresa, sendo que na apreensão de documentos os agentes apreenderam junto três veículos adulterados na sede da estampadora.

A polícia ainda lista que, durante cumprimento dos mandados, um carro adulterado com placa falsa foi achado na casa de um dos alvos, junto de aproximadamente de 300 kg de maconha. 
**(Com assessoria)

 

Assine o Correio do Estado

 

SEMED

Ex-secretária de educação é condenada por compra irregular de livros

Irregularidade aconteceu há uma década, na gestão de Gilmar Olarte, e atualmente Ângela Maria gere pasta da educação em Três Lagoas

27/03/2025 09h05

Responsáveis pela compra ilegal receberam pena de detenção, que varia de cinco a seis anos, além de pagamento de multas em atendimento ao recurso do Ministério Público.

Responsáveis pela compra ilegal receberam pena de detenção, que varia de cinco a seis anos, além de pagamento de multas em atendimento ao recurso do Ministério Público. Arquivo/Correio do Estado/Valdenir Rezende/ReproduçãoSemec

Continue Lendo...

Ângela Maria de Brito, ex-secretária de Educação de Campo Grande, recebeu a maior sentença entre os três condenados por envolvimento em esquema de compra de livros sem licitação há mais de uma década na Capital. 

Conforme o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a decisão de 2º grau obtida junto à 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado "reformou a sentença de primeiro anterior". 

Esse acórdão, segundo o MPMS em nota, veio à público em 20 de março e trouxe a condenação de seis pessoas, sendo a ex-secretária de Educação a que recebeu a maior pena pelas compras de livros paradidáticos sem licitação, o que favorecia uma gráfica específica.

A ex-secretária recebeu sentença de 6 anos e 3 meses de detenção, além de penalizada ao pagamento de 26 dias-multa.

Entre os 10 réus totais envolvidos nesse esquema estava o dono da Gráfica Alvorada, que morreu em 2021 enquanto o processo ainda estava em andamento.  

Entenda

Gilmar Antunes Olarte foi prefeito de Campo Grande entre março de 2014 e agosto de 2015, após a ação de  Impeachment de Alcides Bernal, com oito compras diretas da Secretaria Municipal de Educação (Semed) que foram feitas à época sem respeitar a "lei das licitações" sendo a denúncia estopim do desmanche desse esquema. 

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) ficou encarregado das investigações, apontando que os procedimentos de dispensa de licitação, a chamada inexigibilidade, foi conduzida de forma irregular e ressaltou um prejuízo significativo aos cofres públicos. 

Houve comprovação de que as compras foram feitas sem justificativa plausível, segundo o Ministério Público, e "em quantidade superior à necessária para abastecer as bibliotecas das escolas municipais". 

A peça de acusação apontou que não houve estudo prévio comparativo, o que evidencia o direcionamento de compras em benefício da Gráfica Alvorada. 

Os responsáveis pela compra ilegal receberam pena de detenção, que varia de cinco a seis anos, além de pagamento de multas em atendimento ao recurso do Ministério Público. 

Atualmente, a professora Ângela Maria de Brito ocupa o cargo de Secretária Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) no município de Três Lagoas, longe cerca de 326 km de Campo Grande. 
**(Com informações da assessoria)

 

Assine o Correio do Estado

DIÁRIO MUNICIPAL

Previdência municipal consome 5,7% do Orçamento anual de Campo Grande

Para tapar rombo, prefeitura destinou R$ 74,5 milhões ao IMPCG em 2024, além dos R$ 297,7 milhões de gasto patronal

27/03/2025 09h00

Previdência de Campo Grande tem rombo de R$ 125,5 milhões

Previdência de Campo Grande tem rombo de R$ 125,5 milhões Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

Balanço orçamentário do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), divulgado ontem no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), mostrou que a prefeitura da Capital gasta por ano cerca de 5,7% do seu Orçamento para manter em funcionamento a previdência municipal.

De acordo com os números apresentados, por ano são gastos R$ 297,7 milhões apenas com gastos patronais, encargo obrigatório pago pelo empregador para custear seus funcionários além do salário. 

Além desse valor, a prefeitura teve de desembolsar R$ 74,5 milhões para compensar o rombo no IMPCG, que, em 2024, chegou a R$ 125,5 milhões, montante que se refere à diferença entre as receitas, que somaram R$ 515,3 milhões, e as despesas, que alcançaram R$ 640,8 milhões.

Com isso, os aportes chegaram a R$ 372,3 milhões no ano passado, valor que correspondeu a 5,7% do Orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

Para se ter uma ideia, o valor investido por ano para pagamento e manutenção da previdência municipal equivale a um mês de salário do funcionalismo público, que hoje é de R$ 260,7 milhões mensais.

A receita de R$ 515,3 milhões é resultado das contribuições dos cerca de 28 mil servidores da ativa (14%) e da contribuição patronal (28%) da prefeitura).

Entretanto, o que pesa no IMPCG é o pagamento aos cerca de 7 mil aposentados e pensionistas, que custaram R$ 640,8 milhões no ano passado.

ROMBO

Previdência de Campo Grande tem rombo de R$ 125,5 milhões

O rombo na previdência só tem aumentado, tendo disparado 515% nos últimos dois anos. Em 2022, o déficit na previdência municipal foi de R$ 20,4 milhões. No ano seguinte, saltou para R$ 89,8 milhões, e, no ano passado, alcançou R$ 125,5 milhões.

No período, o faturamento ficou praticamente estagnado. Há dois anos, a receita foi de R$ 514,1 milhões. No ano passado, entraram R$ 515,3 milhões.

Além do aporte de R$ 74,5 milhões feitos pelo município, a prefeitura também realizou outras manobras para conseguir “manter de pé”, a previdência municipal. Uma delas foi o consignado da folha.

As explicações para essa estagnação na receita são o aumento no número de aposentados, que passam a contribuir com um valor menor, e, principalmente, o congelamento no salário da maior parte dos servidores ao longo dos últimos três anos.

Porém, a principal causa do rombo é o grande número de servidores contratados sem concurso. Dos cerca de 8 mil professores, por exemplo, em torno de 3 mil são temporários, conforme o professor Gilvano Bronzoni, presidente da Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP).

Tanto a contribuição previdenciária dos trabalhadores temporários quanto a contribuição patronal vai para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), explica o presidente da ACP. No caso dos médicos, que, em sua grande maioria, também são temporários, ocorre a mesma situação.

Em resumo, segundo Gilvano Bronzoni, a falta de reajuste salarial e a falta de concurso para preencher as vagas em aberto são as principais explicações para o rombo no IMPCG.

ESTADO

No caso de Mato Grosso do Sul, matéria do Correio do Estado mostrou que, no ano passado, houve um rombo de R$ 1,8 bilhão em seu Regime Próprio de Previdência Social, setor do governo que é responsável pelo pagamento das aposentadorias e pensões.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).