Cidades

JULGAMENTO

Ouvido em Campo Grande, Brazão nega autoria de crime e diz que Marielle era amável

Preso em Mato Grosso do Sul, o deputado federal acusado de ser o mandante da morte de Marielle Franco depôs pela segunda vez, em audiência por videoconferência, ao Supremo Tribunal Federal

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Durante depoimento, por videoconferência, ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Penitenciária Federal em Campo Grande, o deputado federal Chiquinho Brazão negou ser o mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco. No segundo dia de oitiva, ele voltou a dizer que a parlamentar era “amável”.

No primeiro dia de audiência, na segunda-feira, ao ser questionado sobre o crime, Brazão afirmou que tinha uma “boa relação” com Marielle, descrevendo a política como uma “amiga” e uma “vereadora muito amável”.

“Fizeram uma maldade muito grande com ela. Marielle sempre foi minha amiga. Era uma vereadora muito amável e com quem a gente tinha uma boa relação. Ela [Marielle] sempre foi muito respeitosa e carinhosa”, disse Chiquinho Brazão na audiência.

As falhas técnicas que ocorreram durante o depoimento on-line estenderam a audiência para o dia seguinte. Ontem, Brazão reafirmou que tinha uma relação “muito boa” não só com Marielle, mas com todos os vereadores de esquerda. 

Quando questionado sobre sua relação com o ex-policial Ronnie Lessa, autor da delação premiada que levou à sua prisão, o deputado federal negou as acusações baseadas no depoimento do autor dos disparos que mataram a vereadora. 

Foi por meio da delação premiada de Lessa que as autoridades chegaram a Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, acusados de serem os mandantes dos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em 2018.

No depoimento, Brazão negou conhecer o policial, que também esteve detido no Presídio Federal em Campo Grande durante o andamento das investigações do processo criminal, e classificou a morte de Marielle como um “crime bárbaro”.

Nesta terça-feira, o réu contou que, quando atuava como vereador no Rio de Janeiro, mesmo participando da Comissão de Assuntos Urbanos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, nunca se interessou em receber denúncias contra facções criminosas.

“Caso de polícia eu nunca tratei. Eu nunca me interessei. A Marielle também corria desses assuntos. Tenho família que frequenta Jacarepaguá, não quero saber o que é milícia ou o que é tráfico”, afirmou durante a oitiva.

A audiência, que durou dois dias, foi realizada por videoconferência e conduzida pelo desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF. 

Chiquinho Brazão foi o primeiro interrogado a participar de audiência direto do Presídio Federal em Campo Grande, onde está preso desde março deste ano.

JULGAMENTO

Todos os réus serão ouvidos durante esta semana e passarão por julgamento posteriormente, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). 

Além dos irmãos Brazão, o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o policial militar Ronald Paulo de Alves Pereira responderão por homicídio. Já Robson Calixto Fonseca, responderá por ter ajudado a sumir com a submetralhadora MP5 usada para matar Marielle.

Os cinco se tornaram réus em junho, por meio de uma decisão unânime da Primeira Turma do STF.  Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), um dos motivos do assassinato de Marielle foi o fato de que a vereadora teria se tornado “o mais ativo símbolo da resistência” contra os interesses econômicos dos irmãos Brazão.

A fase de interrogatório faz parte da instrução penal. Depois desse processo, tanto a defesa quanto a acusação terão cinco dias para decidir se novas diligências serão solicitadas. 

PRESÍDIO FEDERAL

Brazão está preso desde março deste ano na Penitenciária Federal em Campo Grande, em função das investigações sobre a morte da vereadora. 

Dois meses após sua prisão, em maio deste ano, a defesa do deputado chegou a pedir ao ministro Alexandre de Moraes que o parlamentar fosse transferido para a Penitenciária Federal em Brasília.

Como justificativa, os advogados alegaram cerceamento de defesa, afirmando que a transferência era necessária para que o deputado pudesse se defender no processo de cassação em tramitação na Câmara dos Deputados. A PGR chegou a se manifestar contra o pedido.

No dia 14 deste mês, após outro pedido da defesa, desta vez de transferência do réu para cumprir prisão domiciliar, Moraes determinou que o deputado federal passasse por uma avaliação médica no presídio, em razão da alegação de que Brazão estaria tendo problemas cardíacos sem o tratamento médico adequado.

Saiba

Com 10 minutos de depoimento, no primeiro dia de oitiva, o deputado federal Chiquinho Brazão se emocionou ao falar sobre seus irmãos, sua história de vida e os passeios que fazia com seus netos. Domingos Brazão também depôs ontem.

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ALERTA

Procon-MS alerta para mensagens falsas usando o nome da instituição

A orientação da instituição, é para que não se clique em links desconhecidos

06/04/2025 17h30

Procon faz alerta sobre golpes utilizando nome da instituição

Procon faz alerta sobre golpes utilizando nome da instituição FOTO: Divulgação

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O Procon de Mato Grosso do Sul veio a público para alertar consumidores e fornecedores sobre golpes que estão sendo aplicados, utilizando o nome da instituição, vinculada à Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead).

Conforme o órgão, golpista estão enviando notificações por e-mail ou por aplicativos de mensagens, informando a abertura de uma denúncia ou reclamação. Em seguida, fica disponível um link para supostamente "verificar autos", conteúdo que pode causar danos ao destinatário, devendo ser denunciado e apagado.

A instituição orienta que não se clique em links desconhecidos, já que os golpistas estão utilizando essa prática para enganar as pessoas, sugerindo acesso sobre denúncias ou reclamações e redirecionando-as para páginas falsas na internet.

O Procon reforçou que, as mensagens que realmente são enviadas pela instituição, utilizam o domínio "@procon.ms.gov.br" ou o telefone fixo (67) 3316-9800.

Em caso de dúvidas, os consumidores podem recorrer ao atendimento pelo disque Procon 151 ou pelo telefone (67) 3316-9800. Também é possível denunciar a ocorrência de golpes enviando a cópia do e-mail para cartorio@procon.ms.gov.br.

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DENGUE

MS registra 2,4 mil casos de dengue em três meses

O Estado já contabiliza 7 mortes e outras 6 seguem em investigação

06/04/2025 17h00

A vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade

A vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade FOTO: Divulgação

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De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES/MS - (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), na última sexta-feira (04), de janeiro a março, Mato Grosso do Sul já registrou um total de 2.445 casos de dengue.

Ainda conforme o documento, o Estado já contabiliza sete mortes e outras seis seguem em investigação. Nos últimos 14 dias, os municípios de  Aparecida do Taboado e Figueirão foram os que registraram maior aumento nos casos confirmados.

As mortes registradas ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã e Coxim.

O boletim ainda mostrou que, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde o equivalente a 241.030 doses do imunizante contra a doença. Desse número, 201.349 já foram aplicadas no público alvo. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

Até o momento, conforme recomendação do Ministério da Saúde, a vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue.

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