Nenhuma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 Mobilidade Urbana saiu do papel em Campo Grande. Há dois anos a Capital possui R$ 181 milhões em verbas do Governo Federal paradas na Caixa Econômica Federal. O problema começou no atraso de envio de projetos em 2012, na época da administração de Nelsinho Trad, estendeu-se no ano passado durante a gestão de Alcides Bernal e só deve começar a ser solucionado no primeiro trimestre do ano que vem, quando as obras devem ser licitadas. No pacote está prevista a construção de quatro terminais de ônibus nos bairros Parati, Tiradentes, São Francisco e na Avenida dos Cafezais, a reforma de outros oito, a criação de quatro corredores exclusivos para ônibus, do viaduto na rotatória na Avenida Gury Marques e a implantação do Centro de Controle Operacional (CCO), que prevê aumento de até 20% na velocidade média dos ônibus.
A segunda etapa do PAC, que contemplou obras de mobilidade, foi lançada em 2011 e a aprovação dos projetos enviados pela prefeitura de Campo Grande ao Governo Federal saiu no ano seguinte. Há dois anos, as obras são assunto de discurso dos dois prefeitos que estiveram à frente da administração e do atual, mas até agora nenhuma das obras saiu do papel. A maior crise envolvendo o programa aconteceu no ano passado, quando a verba quase foi perdida depois de demora no envio de projetos básicos. A assinatura efetiva dos financiamentos só aconteceu em abril desse ano, um mês depois de Gilmar Olarte assumir o comando da cidade.
A reportagem, de Alyni Mary Dias, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.